PF: em 10 anos, 90% dos crimes serão pela Internet
Marina MelloDireto de Brasília
Nos próximos dez anos, 90% dos crimes cometidos em todo o mundo serão feitos pela Internet. A previsão é do chefe de Perícia da Informação da Polícia Federal, Paulo Quintiliano. Segundo estudo realizado por ele, quase todos os criminosos vão buscar a web na hora de cometerem delitos por acreditarem que a rede é um meio mais "seguro".
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"O assalto a mão armada já se tornou démodé. Pela rede os criminosos acreditam que vão conseguir resultados melhores, mais rápidos e a riscos bem menores", analisa. O especialista explica que, futuramente, pela Internet, serão praticados todos os tipos de crimes, desde pedofilia, passando por delitos fazendários, assaltos a banco até crimes contra o meio ambiente.
Além disso, Quintiliano acredita que, um pouco mais a frente, em 2020, boa parte dos criminosos fará parte da geração da Internet. Diante deste quadro, o especialista defende um trabalho intenso de reciclagem dentro da PF para que, em breve, todos os policiais saibam lidar com crimes praticados por meio de computadores.
"A PF tem que trabalhar como uma unidade única de repressão a crimes cibernéticos. Qualquer policial federal, de qualquer área, terá que saber investigar o crime dentro e fora da rede", afirma. Segundo ele, um agente especialiazado em combater o tráfico de drogas atualmente, por exemplo, terá que saber como combater o tráfico também pela web no futuro.
Por esta razão, ele defende que todos passem por uma espécie de reciclagem para aprender a utilizar os equipamentos que a polícia brasileira possui e que, segundo ele, em nada ficam a dever para outras polícias do mundo que já atuam nesse tipo de combate.
Delegacias especializadasAtualmente, dentro da Polícia Federal, se discute um projeto de criar em cada Estado do País uma delegacia especializada no combate a crimes cibernéticos.
De acordo com Quintiliano, em breve, esse tipo de delegacia deverá se tornar uma realidade. Antes disso, será oficializada dentro da corporação uma unidade específica para tratar o assunto. A PF conta com 150 homens treinados para combater o crime cibernético, mas ainda não foi criada de maneira formal uma unidade responsável.
A criação de delegacias próprias para este tipo de crime, no entanto, não é vista por Quintiliano como a solução ideal. "Esta seria uma solução pontual, para resolver os problemas de agora. Mas, para o futuro, não seria o ideal pois, no fim das contas, todos os crimes teriam que passar por essa delegacia especializada", analisa ele levando em conta a sua previsão de que quase todos os crimes serão feitos pelo espaço cibernético nos próximos dez anos.
Redação Terra
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