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ARTE É VIDA

ARTE É VIDA
"Que haja ternura no lirismo da poesia da vida. Que haja coragem em nossos passos para seguirmos em meio à aridez dos sonhos desfeitos. Que haja força para reconstruirmos os alicerces dos sonhos eternizados na verdade de nosso coração. Que nesta senda nos seja permitido estar em aliança com nossos Irmãos de Luz e que sejamos a personificação do Amor."

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Aqui em 'Arte é Vida', você é o principal personagem deste roteiro de músicas, de paz e amor. Obrigada pela sua presença, é valiosa para mim, se quiser, deixe sua mensagem em meu livro de visitas, abraços, Sandra

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Sandra Waihrich Tatit

Sandra Waihrich Tatit
"Que haja ternura no lirismo da poesia da vida. Que haja coragem em nossos passos para seguirmos em meio à aridez dos sonhos desfeitos. Que haja força para reconstruirmos os alicerces dos sonhos eternizados na verdade de nosso coração. Que nesta senda nos seja permitido estar em aliança com nossos Irmãos de Luz e que sejamos a personificação do Amor."

BIOGRAFIA I

Sandra Waihrich Tatit
Aniversário: 11 de Fevereiro
Signo astrológico: Aquário
Atividades: Direito , Literatura , Música e Educação
Profissão: Advogada
Local: Júlio de Castilhos : Rio Grande do Sul : Brasil
Clip de áudio
Quem sou eu
NASCI EM JÚLIO DE CASTILHOS, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL.
MÃE DE TRÊS FILHOS, RUBENS, RUSSAIKA E ANGELA. FILHA DE RUBENS CULAU TATIT E CLÉLIA WAIHRICH TATIT.
SOU ADVOGADA, CURSEI DIREITO NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL.
CULTIVO A ARTE COMO UMA LIBERTAÇÃO, PIANO, VIOLÃO, CANTO E LITERATURA.
INTEGREI O CORAL DA UNIVERSIDADE.
LIVRO DE ARTE PUBLICADO, "UMA NOVA DIMENSÃO DA ARTE NA EDUCAÇÃO".
CURSEI PÓS GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO LATU SENSU.
VEJO A ARTE COMO UMA LIBERTAÇÃO DO SER HUMANO, UMA TERAPIA QUE AMENIZA OS SOFRIMENTOS DO COTIDIANO.
A MÚSICA É A HARMONIA DO HOMEM, A LINGUAGEM DO UNIVERSO.
INTERPRETO PIANO E VIOLÃO, APRECIO CANTAR.
POSSUO COMPOSIÇÕES MUSICAIS, PARA PIANO E VIOLÃO.
NA EUROPA, CONHECI UM POUCO DA HISTÓRIA DA ARTE, ESPECIALMENTE NA ITÁLIA.
DIZ GANDHI, "PRECISAMOS SER AS MUDANÇAS QUE QUEREMOS VER NO MUNDO".
SOU DO SIGNO DE AQUÁRIO, ACREDITO NA ASTROLOGIA E SUA INFLUÊNCIA EM NOSSA VIDA E PERSONALIDADE.
PRETENDO ESCREVER AQUI NO BLOG, SOBRE DIVERSOS TEMAS E POESIAS, TAMBÉM PUBLICAR TEXTOS RELEVANTES DE OUTROS AUTORES.
ESCREVO POEMAS, É UMA FORMA DE DAR MAIS LEVEZA À VIDA. PREGO A ARTE COMO UMA UMA VIDA DENTRO DA PRÓPRIA VIDA QUE SE ETERNIZA PELO ESPÍRITO, UMA LINGUAGEM UNIVERSAL.
UM TRIBUTO A CAMÕES NESTA FRASE ,"CESSA TUDO QUANTO A MUSA CANTA QUANDO UM PODER MAIS ALTO SE AGIGANTA."
Interesses:
ARTE E MÚSICA
DIREITO E EDUCAÇÃO .
Filme favorito
"FREUD ALÉM DA ALMA".
Música favorita
A CLÁSSICA " SONATA AO LUAR " DE BEETHOVEN.
Livros favoritos
" O PROFETA " DE GIBRAN KHALIL GIBRAN . GOSTO MUITO DE LITERATURA ORIENTAL. "OS HETERÔNIMOS" DE FERNANDO PESSOA (Poeta Português). OS POEMAS DE NOSSO POETA OLAVO BILAC
ME FASCINAM
COMO "A VIA LÁCTEA E BENEDITICE". CECÍLIA MEIRELES E LYA LUFT
MINHAS GRANDES MUSAS DA POESIA . "O ATENEU" DE RAUL POMPÉIA . A "DIVINA COMÉDIA" DE DANTE ALIGHIERI
"DON QUIXOTE DE LA MANCHA"
DE MIGUEL DE CERVANTES. QUERO RENDER UM TRIBUTO À MAGISTRAL LITERATURA DE CAMÕES EM " OS LUSÍADAS . "

SEJAM BEM VINDOS AMIGOS!


Arte é Vida e Educação

"Que haja ternura no lirismo da poesia da vida. Que haja coragem em nossos passos para seguirmos em

"Que haja ternura no lirismo da poesia da vida. Que haja coragem em nossos passos para seguirmos em

BIOGRAFIA II

Sobre Mim
Advogada
Universidade Federal de
Santa Maria

Brazil

Artes
Música-Piano-Violão
Literatura

ARTE É VIDA
A Arte é Linguagem Universal

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Advogada
Produtora Rural
Agropecuária - Agronegócios
Arte-Música - Piano Violão e Literatura
Aprecio as pessoas transparentes e verdadeiras. As relações humanas me cativam, direito, justiça e paz
são minhas trajetórias de vida, ajudar o ser humano o máximo que me seja permitido, sentindo a beleza de minha vocação e o apelo do mundo atual à disponibilidade de minhas energias. Meu primeiro livro publicado 'Uma Nova Dimensão da Arte na Educação'. Na Europa conheci a História da Arte. Na Itália, França. Espanha, Alemanha, Holanda, Bélgica, Áustria e Suiça. Cursos e estudos na área artística e 'História da Arte'.
Sou membro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Estado do Rio Grande do Sul.
Cursei a Escola Superior do Ministério Público e Pós Graduação em Educação Latu Sensu, minha tese foi sobre a Arte e a sua Dimensão no Ensino. Possuo composições musicais de minha autoria, música e letra.
Também alguns vídeos, os quais se encontram no youtube. Mensagens que circulam na internet, formatadas e sonorizadas. Músicas gravadas em seleção e editadas, para sites ou audiência .
Sou funcionária pública do Estado do Rio Grande do Sul.
Brasil.
Creio na Educação como a forma de melhorar o mundo e o ser humano, a Arte na Educação, como uma libertação e incentivo à aprendizagem mais eficiente. Na Arte Terapia, como forma de cura e amenização de conflitos existenciais. Na música, como a Linguagem Universal. Arte Pura como uma vida dentro da própria vida, se eternizando pelo Espírito.
Os artistas são as antenas da raça humana, eles auscultam e pressentem o porvir. Arte é Vida.
Sou mãe de três filhos, Rubens, Russaika e Angela.

'Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita.Tem o peso de uma lembrança.Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros'.
Clarice Lispector

UMA INTENSA LUZ ATRAVESSA O SILÊNCIO DA VOZ QUE CALA...

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ARTE É INSPIRAÇÃO E EMOÇÃO

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DIVINA MÚSICA

Divina Música!
Filha da Alma e do Amor.
Cálice da amargura
E do Amor.
Sonho do coração humano,
Fruto da tristeza.
Flor da alegria, fragrância
E desabrochar dos sentimentos.
Linguagem dos amantes,
Confidenciadora de segredos.
Mãe das lágrimas do amor oculto.
Inspiradora de poetas, de compositores
E dos grandes realizadores.
Unidade de pensamento dentro dos fragmentos
Das palavras.
Criadora do amor que se origina da beleza.
Vinho do coração
Que exulta num mundo de sonhos.
Encorajadora dos guerreiros,
Fortalecedora das almas.
Oceano de perdão e mar de ternura.
Ó música.
Em tuas profundezas
Depositamos nossos corações e almas.
Tu nos ensinaste a ver com os ouvidos
E a ouvir com os corações.

Gibran

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UMA INTENSA LUZ ATRAVESSA O SILÊNCIO DA VOZ QUE CALA

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A OBRA DE ARTE É O EFÊMERO QUE SE TORNA IMORTAL

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A música é a linguagem dos espíritos. Khalil Gibran

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Na dimensão daquilo que pensamos ou sentimos não há lugar ou tempo definidos ...

ARTE É VIDA

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Wednesday, April 30, 2008

Ludwig van Beethoven __ Fúria ataca "Napoleão da Música"

Ludwig van Beethoven
Fúria ataca "Napoleão da música"Colaboração para a Folha Online "Atingi tal grau de perfeição que me encontro acima de qualquer crítica", escreveu certa vez Ludwig van Beethoven. Difícil discordar. Afinal, é consenso dizer que Beethoven está para o mundo da música assim como Shakespeare está para o da literatura e Michelangelo para o das artes. Mas, além da confissão de uma justificada auto-suficiência de seu autor, a frase também expressa uma das características mais marcantes da personalidade do compositor alemão, que definia a si próprio, sem laivos de falsa modéstia, como o "Napoleão da música": Beethoven era dono de um comportamento intempestivo e gênio forte que por vezes provocava acessos de violência física.Conta-se por exemplo que, um dia, em 1806, hospedado no castelo do príncipe Lichnowsky, um antigo protetor a quem dedicara sua Sinfonia nº 2, Beethoven recebeu o pedido de tocar para alguns oficiais de Napoleão. Em meio a um de seus já conhecidos surtos de ira, o compositor recusou-se terminantemente a sentar ao piano. Como resposta, o anfitrião, presume-se que em tom de brincadeira, ameaçou prendê-lo. Beethoven levou a advertência a sério. Voltou imediatamente para Viena, e, chegando lá, espatifou um busto de Lichnowsky.Esse e outros episódios pitorescos da vida de Beethoven sempre foram um prato cheio para os muitos autores que se debruçaram sobre sua biografia. Filho de um pai alcoólatra, que o obrigava a levantar de madrugada da cama para tocar piano, o pequeno Beethoven teria motivos suficientes para ter evitado o caminho de uma carreira musical. O pai, Johann, músico medíocre e frustrado, sempre batia nele entre uma bebedeira e outra, forçando-o a estudar música durante horas seguidas -- queria vê-lo transformado em um novo Mozart.Aos 13 anos, Beethoven viu-se na obrigação de abandonar a escola para sustentar a casa, uma vez que seu pai decidira trocar de vez o trabalho pelo álcool. O garoto arranjou vários empregos, todos ligados à música, desde organista de teatro a professor. Até que caiu nas graças de um nobre, o conde Ferdinand Ernst von Waldstein, que resolveu investir na carreira daquele jovem talentoso e de modos rudes, enviando-o para a civilizada Viena, primeiro como aluno de Mozart e, depois, de Haydn. Mozart não se impressionou muito com os dons do novo pupilo. Já Haydn, afetuoso mas pouco rigoroso, ganhou de Beethoven o apelido de "Papai Haydn" e teve grande influência sobre o compositor.Mesmo com seu estilo pouco cortês, Beethoven e seu piano começavam a circular com desenvoltura pelos salões aristocráticos de Viena quando, em 1796, o compositor começou a sentir os primeiros sintomas de uma surdez progressiva. Para qualquer músico, mesmo para Beethoven, um princípio de surdez pareceria um obstáculo intransponível. "Era-me impossível dizer às pessoas: 'fale mais alto, grite, porque sou surdo'. Como eu podia confessar uma deficiência do sentido que em mim deveria ser mais perfeito que nos outros, um sentido que eu antes possuía na mais alta perfeição?", escreveu numa carta de despedida aos irmãos na qual sugeria que, desesperançoso da vida, iria cometer suicídio.Contudo, em vez de se matar, Beethoven preferiu --como ele próprio observou-- "agarrar o destino pela garganta". Começava ali o que os biógrafos consideram a segunda das três fases da vida e da produção de Beethoven. Mesmo com o agravamento da doença, ele compõe algumas de suas mais belas obras, como a Sinfonia nº 3 ("Eroica") e a Sinfonia nº 6 ("Pastoral"), esta última um de seus trabalhos mais populares até hoje. "Parecia-me impossível deixar o mundo antes de ter dado a ele tudo o que ainda germinava em mim", explicou.Pouco antes, já havia composto a bela Sonata ao luar, dedicada à charmosa Giulietta Guicciardi, de apenas 17 anos, uma das muitas paixões do compositor que, aliás, ficaria conhecido por seus inúmeros casos de amor malsucedidos. Em um deles, vivido com a cantora Magdalena Willman, Beethoven viu seu pedido de casamento rejeitado sob a justificativa de que ele era mal-educado. Tornou-se, então, um solteirão convicto. "Beethoven casou-se com sua música", sugere o biógrafo Lewis Lockwood.Na última década de vida, Beethoven ficou completamente surdo. Gastava as noites pelas tavernas, vestia-se como um maltrapilho, arranjava brigas com vizinhos. Os pulmões estavam em frangalhos, o fígado dissolvia-se no álcool, o reumatismo e as dores de cabeça o atormentavam dia e noite, a surdez se fazia acompanhar de moléstias oculares. Mesmo assim, continuava a compor obras-primas. Diz-se que a falta de audição havia libertado o compositor de todas as convenções musicais, possibilitando-lhe criar uma música abstrata e completamente inovadora.Três anos antes de morrer, Beethoven assistiu a seu derradeiro e maior triunfo: foi efusivamente aplaudido durante a execução de sua Nona sinfonia. O sucesso animou-o a escrever o que seria sua décima sinfonia. Porém, não houve tempo para tanto. Ludwig van Beethoven morreu de cirrose hepática em 26 de março de 1827, após contrair pneumonia, numa tarde de tempestade sobre Viena.

DIREITO CIVIL __ BREVE ESTUDO SOBRE O DANO MORAL

Breve estudo sobre dano moral

Fazendo uso das palavras de Planiol, patrimônio não significa riqueza. Nele se computam obrigações e todos os bens de ordem material e moral, entre estes o direito à vida, à honra, à liberdade e à boa fama.Como chegar ao dano moral e à obrigação de indenizar?Através do estudo do ato ilícito, que é aquele praticado em descompasso com o ordenamento jurídico.A prática de ato ilícito deve ser punida e desestimulada.Toda lesão a qualquer direito traz como conseqüência a obrigação de indenizar.A responsabilidade civil enfatiza o dever de indenizar sempre que os elementos caracterizadores do ato ilícito estiverem presentes.A teoria da responsabilidade civil está construída sobre a reparação do dano. Tal princípio emerge do art. 159, do Código Civil Brasileiro: “aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência violar direito ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano”.É oportuno trazer à reflexão as ponderações de CAIO MÁRIO DA SILVA PEREIRA: “para a determinação da existência do dano, como elemento objetivo da responsabilidade civil, é indispensável que haja ofensa a um bem jurídico”.O dano é tratado em sentido amplo, ilimitado, irrestrito.DANO MORAL - O VALOR DE SUA REPARAÇÃOO dano moral advém da dor e a dor não tem preço. Sua reparação seria enriquecimento ilícito e vexatório, na opinião dos mais retrógrados.Modernamente, verificamos que o dano moral não corresponde à dor, mas ressalta efeitos maléficos marcados pela dor, pelo sofrimento. São a apatia, a morbidez mental, que tomam conta do ofendido. Surgem o padecimento íntimo, a humilhação, a vergonha, o constrangimento de quem é ofendido em sua honra ou dignidade, o vexame e a repercussão social por um crédito negado.Para que se amenize esse estado de melancolia, de desânimo, há de se proporcionar os meios adequados para a recuperação da vítima.Quais são esses meios? Passeios, divertimentos, ocupações, cursos, a que CUNHA GONÇALVES chamou de “sucedâneos”, que devem ser pagos pelo ofensor ao ofendido.Não se está pagando a dor nem se lhe atribuindo um preço e sim aplacando o sofrimento da vítima, fazendo com que ela se distraia, se ocupe e assim supere a sua crise de melancolia.AUGUSTO ZENUN considerou impróprio o vocábulo “sucedâneo”, denominando os meios adequados para a recuperação do ofendido de “derivativos”.Derivativo significa ocupação ou divertimento com que se procura fugir a estados melancólicos.O derivativo não representa a dor, mas os meios para combater os males oriundos da dor (tristeza, apatia, tensão nervosa).Condenar o ofensor por danos morais implica reparar o necessário para que se propicie os meios de retirar o ofendido do estado melancólico a que fora levado.Questiona-se agora a dor.A dor não é generalizada, é personalíssima, varia de pessoa a pessoa (uns sentem-na menos, outros em maior profundidade). Uns são mais fortes, outros mais suscetíveis ao sofrimento.Há pessoas que dispensam os derivativos: são os estóicos, os de coração empedernido.Na avaliação do dano moral, o juiz deve medir o grau de seqüela produzido, que diverge de pessoa a pessoa. A humilhação, a vergonha, as situações vexatórias, a posição social do ofendido, o cargo por ele exercido e a repercussão negativa em suas atividades devem somar-se nos laudos avaliatórios para que o juiz saiba dosar com justiça a condenação do ofensor. Há ofensor que age com premeditação, usando de má-fé, unicamente para prejudicar, para arranhar a honra e a boa fama do ofendido. Neste caso, a condenação deve atingir somas mais altas.Bisando CAIO MÁRIO DA SILVA PEREIRA: “o fundamento da reparabilidade pelo dano moral está em que, a par do patrimônio em sentido técnico, o indivíduo é titular de direitos integrantes de sua personalidade, não podendo a ordem jurídica conformar-se em que sejam impunemente atingidos”.Costumam os julgadores atentar para a repercussão do dano na vida do ofendido e para a possibilidade econômica do ofensor.A Constituição Federal, em seu art. 5°, incisos V e X, prevê a indenização por dano moral como proteção a direitos individuais, o que já haviam feito o Código Brasileiro de Telecomunicações, a Lei de Imprensa e a Lei dos Direitos Autorais, especificamente.IVES GANDRA MARTINS considera relevantes alguns aspectos, os quais devem ser analisados pelos julgadores: extensão do dano; situação patrimonial e imagem do lesado; situação patrimonial do ofensor; intenção do autor do dano.Toda vez que houver ataque à honra, à dignidade, à reputação de uma pessoa, deverá estar presente a reparação pelo dano moral.Há os que acham que a reparação pelo dano moral vem associada à reparação pelo dano material. O que se valora é a repercussão da lesão sofrida.Contribui para aumentar o valor da indenização o elemento intencional do autor do dano. DANO MORAL NO TEMPO E NO ESPAÇO Código de Hamurabi, art. 127 : “se um homem livre estender um dedo contra uma sacerdotisa ou contra a esposa de um outro e não comprovou, arrastarão ele diante do Juiz e raspar-lhe-ão a metade do seu cabelo”. Aí está uma pena de reparação por dano moral.Lei das XII Tábuas - 2 - “se alguém causa um dano premeditadamente, que o repare”.Alcorão V - “O adúltero não poderá casar-se senão com uma adúltera”.Na Antiga Roma: a cada ofensa moral correspondia uma reparação em dinheiro aplicada pelo Juiz. Quantia essa que desse para aliviar ou minorar o dano.No Direito Canônico: inúmeros casos de dano moral e respectivas reparações, principalmente na promessa de casamento.Na Bíblia: “se um homem encontrar uma donzela virgem, que não tem esposo, e tomando-a à força a desonrar, e a causa for levada a juízo, o que a desonrou dará ao pai da donzela cinqüenta ciclos de prata, tê-la-á por mulher, porque a humilhou, não poderá repudiá-la em todos os dias de sua vida”. IHERING dizia que é ilimitada a reparação do dano moral e afirmava: “o homem tanto pode ser lesado no que é, como no que tem”.Lesado no que é - diz respeito aos bens intangíveis, aos bens morais (nome, fama, dignidade, honradez). Lesado no que tem - relaciona-se aos bens tangíveis, materiais.Àquela época já se falava em reparação por dano moral e também ficava a critério do juiz.DANO MORAL NO BRASILNo Brasil, a reparação por dano moral vem caminhando firme com sentenças e acórdãos respeitáveis favorecendo-a.Quando o art. 159 do Código Civil Brasileiro determina ...“fica obrigado a reparar o dano”, o faz em sentido amplo, ilimitado, irrestrito.A reparação civil é feita através da restituição das coisas ao estado anterior e mediante a reparação pecuniária.A ofensa por dano moral não pode ser reparada senão pecuniariamente.O Ministro do STJ CARLOS A. MENEZES assim se manifestou: “não há falar em prova do dano moral e sim prova do fato que gerou a dor, o sofrimento, sentimentos íntimos que o ensejam”. PONTES DE MIRANDA foi fervoroso adepto da reparação por dano moral: os padecimentos morais devem participar da estimação do prejuízo. O desgaste dos nervos, a moléstia da tristeza projetam-se no físico, são danos de fundo moral e conseqüências econômicas.
Fonte auxiliar de pesquisa internet : Sonia Maria Teixeira da Silva
Advogada e consultora jurídica

Tuesday, April 29, 2008

A DOR E O PRAZER

No coração há dois quartos
Moram alí
Sem se ver
Num a Dor no outro o Prazer
Quando o Prazer acorda
Em seu quarto
Cheio de ardor
No seu adormece a Dor
Cuidado Prazer
Cautela
Não vá a Dor acordar

Sandra Waihrich Tatit

Meus Poemas de Improviso

www.aquariussandra.blogspot.com

OUSADIA __ Arte e Formatação : Mônica Neves __ Autora : Adelia Mateus

OUSADIA...

Adelia Mateus

Deixo de lado os tabus,
declarando meus desejos
numa pura magia
que envolve meu ser...
Me desnudo de corpo e alma
para sentir o prazer do amor,
envolvente...audacioso...
dando basta ao silêncio,
procurando amor e carinho.
Hoje serei mais ousada...
Quero desejos ardentes,
abraço arrojado,
beijo melado...
Entregar-me ao prazer,
olhando nos olhos,
sem pudor,
sem medo de ser feliz!

Arte e formatação Mônica Neves

A POESIA NO COTIDIANO, É NECESSÁRIA EM NOSSA ARTE DE VIVER , EM NOSSA VIDA , NOS ELEVANDO À PLENITUDE DO SER EM APERFEIÇOAMENTO E EVOLUÇÃO

O FEMININO RESGATADO
A POESIA NO COTIDIANO
A dimensão poética do feminino, que dá sentido à vida, não é exclusividade da mulher: ela faz parte da evolução de todo ser humano.
“O que falta ao nosso mundo é a conexão anímica.” A afirmação, de Carl Gustav Jung, poderia ser complementada por outra, de Roger Garaudy: “Viver, antes de mais nada, é participar do fluxo e da pulsação orgânica do mundo”.A conexão anímica citada por Jung e a qualidade de vida proposta por Garaudy estão estreitamente vinculadas ao que chamamos de feminino no ser humano: um potencial interno a ser trabalhado tanto no homem como na mulher, feito de valores hoje considerados supérfluos, superficiais, pouco utéis para a luta pela sobrevivência básica e por isso relegados a um segundo plano.Entre esses valores estão a estética, a intuição, a poesia, o raciocínio e o pensamento não lineares, os sentimentos, a sincronicidade, os sonhos... Abrir-se para o feminino, portanto, é entrar em um mundo de mistério e encantamento — uma vivência poética que dá cor, entusiasmo e significado à vida.De acordo com Erich Neumann, um dos seguidores de Jung, a civilização ocidental vive uma crise motivada pelo excesso de valorização do masculino, representado pelo arquétipo do Pai, que leva à inflação espiritual do ego.O reequilíbrio pode ser obtido aproximando-nos do inconsciente, representado pelo feminino, não só através do arquétipo da Grande Mãe, mas de todas as qualidades simbólicas do feminino pertinentes aos vários ciclos evolutivos da consciência.Outro grande perigo da atualidade citado por Neumann é a desvalorização das forças transpessoais. Tudo o que não pode ser compreendido e analisado pelo ego não é encarado com respeito, mas simplesmente reduzido, como algo sem importância ou ilusório. Anulado, reprimido ou ignorado, o mistério perde sua força. Assim, o universo perde seu caráter assustador, mas, sem o mistério sagrado que transcende o ego, a vida torna-se mecânica e sem sentido.A vivência do feminino não torna menos árdua a luta pelos objetivos e metas propostas pelo mundo atual. Mas pode transformá-la em uma aventura corajosa e criativa, com surpresas agradáveis, mesmo através das dificuldades.Pela sua própria condição biológica, a mulher está naturalmente mais próxima do feminino. Ao contrário do que se poderia pensar, essa proximidade às vezes dificulta o desenvolvimento desse potencial, porque o coloca muito próximo de um nível de atuação inconsciente. Tanto quanto o homem, a mulher deve se esforçar conscientemente para diferenciar e desenvolver os valores pertencentes ao feminino.O potencial feminino passa por um desenvolvimento simbólico ao longo da vida. Para estudar melhor as possibilidades que se abrem em cada fase evolutiva, vamos nos reportar ao referencial que propõe o analista junguiano Carlos Byington: fase matriarcal, patriarcal, de alteridade e cósmica.
Fase 1 matriarcal — Aqui, o feminino encontra-se em seu próprio elemento, pois o arquétipo dominante é o da Grande Mãe. Devemos observar, porém, que além das valores conhecidos, pertinentes ao aspecto maternal do símbolo, há outras características do feminino igualmente importantes.Neste estágio psíquico, a consciência não se encontra ainda completamente destacada do inconsciente; é permeada pelo seu fluxo, tornando-se difusa e periódica. Essa condição favorece muito a inspiração criativa, a intuição, qualidades que emergem de modo misterioso, não influenciáveis pela vontade do ego. Convém lembrar que o inconsciente é que é criativo, não o consciente. Portanto, maior abertura e proximidade do inconsciente favorecem a expressão criativa, em todos os níveis, seja ela artística, científica, ou uma busca de novas atitudes. Outra qualidade do feminino à disposição de homens e mulheres é a consciência do tempo lunar, que enfatiza a qualidade, e não a quantidade de tempo. Com o desenvolvimento desse potencial, podemos abrir-nos para a apreciação do momento mais favorável à execução de determinadas açõees ou objetivos. O tempo solar seria o pólo masculino, o que enfatiza a pontualidade e a exatidão da ordem cronológica temporal. A compreensão relacionada com o feminino não se dá por um ato do intelecto. É o coração, e não a cabeça a sede da consciência matriarcal. No entanto, como as percepções estão conectadas com o ego, não podem ser consideradas inconscientes. A compreensão acontece por uma abertura afetiva a um novo conteúdo que, assimilado pela totalidade da pessoa, provoca uma alteração global — e não apenas intelectual — da personalidade.O feminino, com seu caráter restaurador (pois enfatiza a quietude, a tranqüilidade, o mistério), está ligado às qualidades noturnas. A força regeneradora do inconsciente atua em segredo e permite que nos aproximemos dessa dimensão, às vezes assustadora, da escuridão, através da suavidade da feminino. Para desabrochar com segurança, o crescimento, a regeneração, a transformação, precisam das qualidades femininas do silêncio, da paciência, da receptividade.

Monday, April 28, 2008

'ONTEM' __ POEMA DE AUTORIA DA POETISA 'MADZIA SALAZAR' __ SANTA MARIA , RIO GRANDE DO SUL , BRASIL

Ontem as luzes se apagaram
Destroços e cacos jorraram
Coração partido se iludiu
Em andanças mil...
Entre amores desencapados
O destino assim desenhou a
Dança da solidão!
A rua chorou e o inverno chegou
A criança partiu e não voltou
Tudo ontem...
Hoje as luzes fertilizaram
Os pares se encontraram
A rua limpou a lama do ontem
O coração bateu forte
A criança nasceu no céu!
Hoje as flores brotaram!
A chuva choveu amores do ontem
Amanhã quem sabe o sol voltará
Pintar arco-íris de amores
Na tela do hoje!

MADZIA SALAZAR
Santa Maria . Rio Grande do Sul . Brasil

GRUPO DE ESTUDO DE ARTE,FILOSOFIA E PSICANÁLISE__FRAGMENTOS DO TEXTO:O SUPEREGO PÓS MODERNO,de Slavoj Zizek

Fragmentos do texto: O superego pós-moderno, de Slavoj Zizek.
Em “Os Homens são de Marte, As Mulheres São e Vênus” (1992), John Gray propõe uma versão vulgarizada da psicanálise narrativista-desconstrucionista. Já que, em última análise, “somos” as histórias que contamos a nosso próprio respeito, a solução do impasse psicológico reside, propõe Gray, em reescrever de maneira “positiva” a narrativa de nosso passado. O que ele tem em mente não é apenas a terapia cognitiva padronizada de transformar as falsas “crenças negativas” que temos a nosso próprio respeito na afirmação de que somos amados pelas outras pessoas e capazes de alcançar realizações criativas, mas um procedimento pseudofreudiano mais “radical” de regressar ao palco da ferida traumática primordial.
Gray aceita a noção de uma experiência traumática na primeira infância que deixa uma marca permanente no desenvolvimento posterior do sujeito, mas lhe confere uma versão ou um desenvolvimento patológico. O que ele propõe é que, depois de regredir até sua cena traumática original – logo, confrontá-la -, o sujeito, sob a orientação do terapeuta, “reescreve” a cena, esse quadro fantasmático máximo de sua subjetividade, como parte de uma narrativa mais benigna e produtiva. Digamos, por exemplo, que a cena traumática primordial que existe em seu inconsciente e que deforma e inibe sua atitude criativa seja a de seu pai gritando: “Você não passa de um inútil! Eu o desprezo! Você nunca vai fazer nada de bom!”. Você terá que reescrever a cena, de modo que seu pai benevolente sorria e diga: “Você é ótimo! Confio plenamente em você”. (Desse modo, a solução, para o Homem Lobo, teria sido regredir para o “coitus a tergo” de seus pais e depois reescrever a cena de modo que o que visse fosse apenas seus pais deitados na cama, seu pai folheando o jornal e sua mãe lendo um romance).
Pode parecer ridículo, mas existe uma versão amplamente aceita e politicamente correta desse procedimento no qual as minorias étnicas, sexuais e outras reescrevem seu passado num tom mais positivo e auto-afirmativo...
Imagine-se o Decálogo sendo reescrito nessa linha. Um dos mandamentos é severo demais? Só precisamos regredir até o monte Sinai e reescrevê-lo. Adultério: sem problemas, desde que seja sincero e promova a meta de auto-realização profunda. O que desaparece não é o fato em si, nu e cru, mas a realidade de um encontro traumático, cujo papel organizador na economia psíquica do sujeito resiste a sua reescritura simbólica.
Em nossa sociedade liberal-permissiva pós-política, os direitos humanos podem ser vistos como expressão do direito de violar os Dez Mandamentos. O direito à privacidade é, em efeito, o direito de cometer adultério em segredo, sem ser observado ou investigado. O direito de buscar a felicidade e possuir propriedade privada é, com efeito, o direito de roubar (explorar os outros). A liberdade de imprensa e de expressão é o direito de mentir.
É claro que os direitos humanos não toleram diretamente a violação dos Dez Mandamentos, mas preservam uma “zona cinzenta” marginal que está fora do alcance do poder religioso ou secular. Dentro dessa área escura posso violar os Mandamentos e, se o Poder me flagrar de calças abaixadas e tentar impedir meu ato de violação, posso acusá-lo de infringir meus direitos humanos fundamentais.
É impossível o Poder impedir o mau uso dos direitos humanos sem, ao mesmo tempo pressionar sobre sua aplicação correta. Lacan chama a atenção para a resistência ao uso de detectores de mentiras nas investigações criminais – como se tal verificação “objetiva” direta de alguma maneira infringisse o direito que tem o sujeito à privacidade de seus pensamentos. Uma tensão semelhante entre direitos e proibições determina a sedução heterossexual em nossos tempos politicamente corretos. Ou, para dizer a mesma coisa em outras palavras, não existe sedução que não possa, em algum momento, ser interpretada (e representada) como assédio ou molestamento, já que sempre haverá um momento em que é preciso se expor, demonstrando o interesse que se sente pelo outro. Mas é claro que sedução não equivale a assédio incorreto, do começo ao fim.
Quando você faz uma proposta a uma pessoa, se expõe ao Outro (a parceira potencial), e a reação dela é que vai determinar se o que você acaba de fazer foi assédio ou uma sedução bem-sucedida. Não há meios de saber de antemão qual será sua reação. Essa máxima é ainda mais válida em nossos tempos politicamente corretos; as proibições impostas pela correção política são regras que serão violadas, de uma maneira ou outra, no processo de sedução.
Embora a psicanálise seja uma das vítimas da “reflexivização”, ela também pode nos ajudar a compreender as implicações desta. Ela não lamenta a desintegração da antiga estabilidade, nem situa a causa das neuroses modernas em seu desaparecimento. Dessa maneira, nos obriga a reencontrar nossas raízes na sabedoria tradicional ou num autoconhecimento mais profundo. Ela tampouco é apenas mais uma versão do moderno conhecimento reflexivo que nos ensina a conhecer os segredos de nossa vida psíquica. A psicanálise propriamente dita trata das conseqüências inesperadas da desintegração das estruturas que tradicionalmente regeram e regem a vida da libido. Por que o declínio da autoridade paterna e dos papéis sociais e sexuais fixos gera novas culpas e ansiedades, em lugar de abrir a nossa frente um admirável mundo novo no qual poderíamos sentir prazer na remodelação e mudança de nossas identidades múltiplas? ... Caderno Mais – Folha de São Paulo

Sunday, April 27, 2008

Sorri , embora tenhas dentro da alma a dor que o mundo desconhece , sorri que o teu sorriso será prece que te aliviará te dando calma ...

UMA BOA SEMANA A TODOS VOCÊS , SOU GRATA PELAS QUERIDAS VISITAS E MENSAGENS NO MEU LIVRO , UM ABRAÇO !

Quando ouvires o gargalhar irônico do destino a zombar das tuas desilusões , não desanimes pois , por mais escura que te for a noite , uma ourora há de surgir !

AMOR SEM IDADE __ Fernando Reis Costa , escritor e poeta __ Coimbra , Portugal

Amor sem idade!
Eu sei que p’ra ninguém é novidade
Que não existe idade para amar,
Quando, no coração, só tem lugar
A pessoa que se ama de verdade!
Quando nos chega a dor e a saudade
Por vermos quem se ama nos faltar…
Logo o coração se fica a palpitar
Por esse amor, sem prazo nem idade!
Enquanto eu viver amar-te-ei,
Sem que os meus cabelos, já grisalhos,
E os anos que vivi queira apagar.
O nosso amor é forte, bem o sei!...
Os tempos já passados são migalhos
E só a morte nos pode separar.

Fernando Reis Costa - 2008

SE NÃO HOUVER AMANHÃ

Se Não Houver Amanhã

Sabe, eu que costumava deixar muitas coisas para amanhã, resolvi lhe dizer, hoje, o quanto você é importante para mim, porque quando acordei pela manhã, uma pergunta ressoava na acústica de minha alma: “e se não houver amanhã?” Então hoje eu quero me deter um pouco mais ao seu lado, ouvir suas idéias com mais atenção, observar seus gestos mais singelos, decorar o tom da sua voz, seu jeito de andar, de correr, de abraçar. Porque... se não houver amanhã... eu quero saber qual é sua comida preferida, a música que você mais gosta, a sua cor predileta... Hoje eu vou observar seu olhar, descobrir seus desejos, seus anseios, seus sonhos mais secretos e tentar realizá-los. Porque, se não houver amanhã... Eu quero ter gravado em minha retina o seu sorriso, seu jeito de ser, suas manias... Hoje eu quero fazer uma prece ao seu lado, descobrir com você essa magia que lhe traz tanta serenidade, quero subir aos céus com você, pelos fios invisíveis da oração. Hoje eu vou me sentar com você na relva macia, ouvir a melodia dos pássaros e sentir a brisa acariciando meu rosto, colado ao seu, em silêncio... E sem pressa. Hoje eu vou lhe pedir por favor, agradecer, me desculpar, pedir perdão, se for necessário. Sabe, eu sempre deixei todas essas coisas para amanhã, mas o amanhã é apenas uma promessa... o hoje é presente. Assim, se não houver amanhã eu quero descobrir hoje qual é a flor que você mais gosta e lhe ofertar um belo ramalhete. Quero conhecer seus receios, lhe aconchegar em meus braços e lhe transmitir confiança... Hoje, quando você for se afastar de mim, vou segurar suas mãos e pedir para que fique um pouco mais ao meu lado. Sabe, eu sempre costumo deixar as palavras gentis para dizer amanhã, carinhos para fazer amanhã, muita atenção para prestar amanhã, mas o amanhã talvez não nos encontre juntos. Eu sei que muitas pessoas sofrem quando um ser amado embarca no trem da vida e parte sem que tenham chance de dizer o que sentem, e sei também que isso é motivo de muito remorso e sofrimento. Por isso eu não quero deixar nada para amanhã, pois se o amanhã chegar e não nos encontrar juntos, você saberá tudo o que sinto por você e saberei também o que você sente por mim. Nada ficará pendente... Quero registrar na minha alma cada gesto seu. Quero gravar em meu ser, para sempre, o seu sorriso, pois se a vida nos levar por caminhos diferentes eu terei você comigo, mesmo estando temporariamente separados. Sabe, eu não sei se o amanhã chegará para nós, mas sei que hoje, hoje eu posso dizer a você o quanto você é importante para mim. Seja você meu filho, minha filha, meu esposo ou esposa, um amigo talvez, você vai saber hoje, o quanto é importante para mim... Porque, se não houver amanhã...
Amanhã o sol será o mesmo mensageiro da luz, mas as circunstâncias, pessoas e coisas, poderão estar diferentes. Hoje significa o seu momento de agir, semear, investir suas possibilidades afetivas em favor daqueles que convivem com você. Hoje é o melhor período de tempo na direção do tempo sem fim...
Equipe de Redação do Momento Espírita.

Saturday, April 26, 2008

BERTOLT BRECHT UMA BREVE BIOGRAFIA


Bertolt Brecht (Augsburg, 10 de Fevereiro de 1898 — Berlim, 14 de Agosto de 1956) foi um influente dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX
Bertolt Brecht – Uma Breve Biografia (1898-1956)

Brecht é uma época. Uma época tumultuosa de rebeldia e de protesto. Refletem-se, em suas obras, os problemas fundamentais do mundo atual: a luta pela emancipação social da humanidade. Brecht tem plena consciência do que pretende fazer. Usa o materialismo dialético da maneira mais sábia para a revolução estética que se dispôs a promover na poesia e no teatro.

O teatro épico e didático caracteriza-se, em Brecht, pelo cunho narrativo e descritivo cujo tema é apresentar os acontecimentos sociais em seu processo dialético: Diverte e faz pensar. Não se limita a explicar o mundo, pois se dispõe a modificá-lo. É um teatro que atua, ao mesmo tempo, como ciência e como arte.

A alienação do homem, para Brecht, não se manifesta como produto da intuição artística. Brecht ocupa-se dela de maneira consciente e proposital. Mas não basta compreendê-la e focalizá-la. O essencial não é a alienação em si, mas o esforço histórico para a desalienação do homem.

O papel do autor dramático não se reduz a reproduzir, em sua obra, a sociedade de seu tempo. O principal objetivo, quer pelo conteúdo, quer pela forma, e exercer uma função transformadora, que atue revolucionariamente sobre o 'ambiente social.

GALILEU

Brecht, que passou pelo expressionismo, não ancorou o seu barco em nenhum dos portos das escolas literárias. Apesar de ligado ao Partido Comunista, não se subordinou ao realismo socialista. Ao contrário, opôs-se a ele com ardente tenacidade. Daí a repulsa das autoridades soviéticas pelas suas peças teatrais que foram proibidas de serem representadas na Rússia de Stalin.

Muito embora Brecht não se tivesse pronunciado abertamente contra os processos de Moscou, em virtude da pressão que sofreu, no ocidente, sob o pretexto de que o combate a Stalin significava o fortalecimento de Hitler e do nazismo, foi com profundo horror que ele acompanhou os trágicos acontecimentos que levaram os principais dirigentes da revolução russa, companheiros de Lênin, a confessar, antes serem fuzilados, uma série de crimes hediondos que jamais cometeram.

Foram estas falsas confissões, segundo Isaac Deutscher, que levaram Brecht a escrever Galileu Galilei, talvez a mais importante de suas obras dramáticas. Há muito de Kamenev, de Zinoviev e de Bukharin no genial astrônomo que, vítima da Inquisição, atirado no cárcere, diante dos instrumentos de tortura, se viu na contingência de renegar as próprias idéias.

A incompatibilidade de Brecht com o regime stalinista era tão aguda que, ao exilar-se da Alemanha de Hitler, preferiu asilar-se nos Estados Unidos, onde se sentiu mais seguro.

BRECHT E SHAKESPEARE

É muito comum comparar-se Brecht a Shakespeare. O motivo da associação entre um e outro é o paralelismo histórico dos períodos em que eles viveram. Shakespeare surgiu no Renascimento, na decadência do regime feudal, e alvorecer da burguesia, Brecht apareceu na fase crepuscular da burguesia, em plena ascensão do movimento operário. Ambos viveram em períodos congêneres de transição social.

Em certos aspectos, Brecht é uma chave para Shakespeare. Shakespeare, em quase todas as suas obras, passava da poesia para a prosa e da prosa para a poesia. Acreditavam os estudiosos de sua obra que a razão desta simultaneidade estava na premência do tempo. Shakespeare não chegava a pôr em versos, do começo ao fim, a peça que escrevia porque tinha de aprontá-la o mais rápido possível, dentro de prazos marcados, para levá-la ao palco. A pressa o impedia de dar o arremate final. Deixava sempre para completá-la mais tarde, quando dispusesse de tempo. A forma definitiva ficava adiada para um futuro incerto. Nunca, porém, chegou a hora de executar o que pretendera.

Este modo de ver exige uma revisão. Brecht empregava também, simultaneamente, em suas peças teatrais, a prosa e a poesia sem que estivesse disposto a dar-lhes, no futuro, uma forma diferente, pondo-as todas em versos.
O erro de julgamento quanto ao uso do verso e da prosa por Shakespeare, em sua obra dramática, está na velha tendência de compará-lo a Corneille, Racine e Molière, que não misturavam a prosa com a poesia. Shakespeare, mais espontâneo do que os clássicos franceses, mais plástico, mais livre, não se apagava, como aqueles, à pureza da forma. Passava do verso para a prosa quando julgava que certas idéias ficariam melhor expressas em prosa do que em versos. De grande importância, para ele, era o efeito no palco, o lado puramente teatral que deveriam estar acima da métrica e da estilística. Não havia necessidade de manter-se só a prosa ou só a poesia. Preferia jogar com uma e com outra como julgasse mais adequado. Esta independência tornava mais fácil o jogo das palavras e dos diálogos. Não prejudicava a estrutura da obra dramática. Só contribuía para valorizá-la. Brecht chegou às mesmas conclusões de Shakespeare quatro séculos depois. E da maneira tão indicada, tão aceitável e tão proveitosa.

ARTE E CIÊNCIA

As realizações práticas, de Brecht, nó teatro, foram acompanhadas de suas conclusões no terreno da estética: Não se tratava de tentativas empíricas, mas da aplicação de uma teoria que considerava científica. Daí seus estudos sobre uma arte dramática não aristotélica, sem submissão ou obediência às regras secularmente estabelecidas.

Brecht colocou-se à margem de todo o esquematismo das escolas literárias: Aceitando a concepção de Hegel de que há nos fenômenos artísticos uma realidade superior a uma existência mais verdadeira em comparação com a realidade habitual, chegou a Marx com a extraordinária independência de seu gênio poético e teatral. Como Shakespeare, ele soube usar, na época atual, o heróico e o lírico, o dramático e o cômico, o grave e o ridículo, dando à sua obra um sentido universal.

Brecht confessa que, embora a arte e a ciência atuem de modos diferentes, não lhe era possível subsistir como artista sem servir-se da ciência. "Do que necessitamos de fato - escreve Brecht - é de uma arte que domine a natureza, necessitamos de uma realidade moldada pela arte e de uma arte natural". Acrescenta: "Não nos podemos esquecer de que somos filhos de uma era científica". Insiste: "A ciência e a arte têm, de comum, o fato de que ambas existem para simplificar a vida do homem: uma, ocupada com sua subsistência material e a outra, em proporcionar-lhe uma agradável diversão". E conclui: "Tal como a transformação da natureza, a transformação da sociedade é um ato de libertação. Cabe ao teatro de uma época científica transmitir o júbilo desta libertação".

Quando Brecht liga a arte à ciência procura justificar o seu papel atuante nas letras sociais e políticas do mundo atual. O teatro de Brecht é eminentemente político. Não de forma indireta, mas aberta e declaradamente. Pode-se dizer: um teatro a serviço da causa operária, da revolução social. Daí o seu caráter épico e didático.

NAZISMO E EXÍLIO

Em 1933, quando Adolfo Hitler, à frente do Terceiro Reich, estabeleceu o nazismo na Alemanha, inaugurando uma nova ordem que, segundo ele, deveria durar dez mil anos, Bertolt Brecht, com trinta e cinco anos de idade, abandonou o país, asilando-se em várias cidades da Europa. Suas obras, em Berlim, foram queimadas em praça pública com tantas outras dos mais famosos escritores da época. No dia em que a Alemanha invadiu a Dinamarca, Brecht, que se encontrava neste país, fugiu para a Finlândia. Dali partiu para Vladivostok, onde embarcou para os Estados Unidos. No exílio, que durou até o fim da Segunda Guerra Mundial, publicou vários poemas que contribuem para sua glória literária tanto como suas peças teatrais. Brecht não se cansou de fustigar violentamente a figura de Hitler, mostrando os crimes do nazismo. De volta à Alemanha, depois do desmoronamento deste regime, continuou a lutar, como marxista, pela causa operária. Ao morrer, em 1956, o mundo inteiro reconhecia a grandeza de sua obra.

O OBJETIVO DA POESIA MODERNA

Brecht tem, sobre a poesia, o mesmo pensamento que tem sobre a arte dramática. Maneja-a da maneira mais sábia em defesa da liberdade do homem. Há, em seus poemas, o mesmo sentido épico e didático de suas peças teatrais. Recusa-se a aceitar uma poesia alheia aos acontecimentos sociais. Exige que ela seja atuante sem perder, entretanto, o seu sentido artístico. A poesia moderna deve estar ao lado da revolução.
O êxito excepcional do teatro e da poesia de Brecht confirma a justeza de seus pontos-de-vista. Sua arte é duplamente revolucionária: no fundo e na forma. Não só se opõe à estética de Aristóteles como não se submete ao convencionalismo e aos preconceitos sociais. Escreve independentemente como acha que se deve escrever.
Aqui se encontram reunidos alguns poemas de Brecht. Contei, na versão e revisão da obra com a colaboração de um profundo conhecedor do idioma alemão. Mas não pretendo responsabilizá-lo pelas adaptações que fui levado a fazer. Toda a tradução em verso é uma adaptação no sentido exato do termo. Não se pode fugir a esta regra por mais que se permaneça fiel ao pensamento do autor.

BERTOLT BRECHT INTERESSANTES TEXTOS PARA REFLEXÃO E ANALOGIA COM A TRISTE POLÍTICA BRASILEIRA

Textos

Bertolt Brecht
Poemas de Bertolt Brecht

Os que lutam "Há aqueles que lutam um dia;
e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam muitos dias;
e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam anos; e são melhores ainda;
Porém há aqueles que lutam toda a vida;
esses são os imprescindíveis."

O Analfabeto Político
O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida,
o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel,
do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro
que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil
que da sua ignorância política nasce a prostituta,
o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos
que é o político vigarista, pilantra
o corrupto e lacaio dos exploradores do povo
Nada é impossível de Mudar
"Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente:
não aceiteis o que é de hábito como coisa natural,
pois em tempo de desordem sangrenta,
de confusão organizada,
de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada,
nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar."
Privatizado
"Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar.
É da empresa privada o seu passo em frente,
seu pão e seu salário.
E agora não contente querem privatizar o conhecimento,
a sabedoria, o pensamento,
que só à humanidade pertence."

SOBRE A VIOLÊNCIA
A corrente impetuosa é chamada de violenta ,
mas o leito do rio que a contem ninguém chama de violento.
A tempestade que faz dobrar as betulas é tida como violenta
e a tempestade que faz dobrar os dorsos dos operários na rua?

DAS ELEGIAS DE BUCKOW
Viesse um vento eu poderia alçar vela.
Faltasse vela faria uma de pano e pau.
FERRO
No sonho esta noite vi um grande temporal.
Ele atingiu os andaimes curvou a viga feita de ferro. Mas o que era de madeira dobrou-se e ficou.
SE FÔSSEMOS INFINITOS
Fossemos infinitos tudo mudaria
Como somos finitos muito permanece.
QUEM SE DEFENDE
Quem se defende porque lhe tiram o ar ao lhe apertar a garganta, para este há um parágrafo Que diz: ele agiu em legitima defesa.
Mas o mesmo parágrafo silencia quando vocês se defendem porque lhes tiram o pão
E no entanto morre quem não come,
e quem não come o suficiente morre lentamente.
Durante os anos todos em que morre não lhe é permitido se defender.

Friday, April 25, 2008

À cara poetisa Marta Villavicencio de Miami , USA , agradeço a linda mensagem em meu livro de visitas , voltes sempre , visitei teu site , adorei !

La Distancia
A través de la distancia,que nos separa...Pienso que aun así no habrá nada,que nos haga dejar de pensar.
Siento en mi corazón una falta, un vacío...Pero pienso que tú también sientes lo mismo,que éste corazón mío.
Yo siento en mi corazón latidos,no sé si de sentimientos, o de martirio...Quisiera decirte tantas cosas,y no sé porque me da escalofríos.
Estás tan lejos y te siento cerca,tan cerca que siento tus suspiros...Pero sé que son estos pensamientos,que me hacen sentir tus delirios.
A través de la distancia,escucho tu voz en mis oídos...Y mis labios están secos esperando ese beso,que quizás nunca sea mío.
Pero yo te siento,en el aire que respiro...Te veo frente a mi,con tus brazos extendidos.Te busco y no te encuentro....¡Ah, que loco éste corazón mío!
La distancia nos separa,pero nunca dejaré de soñar...Que la vida muchas veces, nos depara cosas maravillosas.
¡No, yo no quiero dejar de pensarque tu corazón y el mío, a través de la distancia...Algún día, se pudieran encontrar!
Autor: Marta Villavicencio
Home Page: http://www.elpuentedemartavillavicencio.com/

O BEM E O MAL VERSUS PRODIGALIDADE DA NATUREZA

A Natureza é Pródiga
Bem , designa, em geral, o acordo entre o que uma coisa é com o que ela deve ser. É a atualização das virtualidades inscritas na natureza do ser. Relaciona-se com perfeito e com perfectibilidade. Segundo o Espiritismo, tudo o que está de acordo com a lei de Deus.
Mal – Para a moral, é o contrário de bem. Aceita-se, também, como mal, tudo o que constitui obstáculo ou contradição à perfeição que o homem é capaz de conceber, e, muitas vezes, de desejar. Divide-se em: mal metafísico (imperfeição); mal físico (sofrimento); mal moral ("pecado"). Segundo o Espiritismo, tudo o que não está de acordo com a lei de Deus.
A questão das mudanças de nossas avaliações é um dos pontos centrais para o entendimento do bem e do mal. Malinovsky, etnólogo polonês, estudando a moral sexual dos selvagens australianos, chegou à conclusão de que tudo o que entre nós é considerado válido e até santo, lá é considerado mal. Embora haja uma moral objetiva, traçada pelas leis divinas, só captamos o que nossa visão interior consegue abarcar. O valor das coisas está constantemente alterando-se, principalmente devido à educação cultural dos diversos povos. O valor, por sua vez, pode ser entendido como: valor moral (refere-se à ação); valor estético (refere-se ao dever-ser); valor religioso (refere-se ao sentimento de temor ou de confiança na divindade). Sendo assim, um fato pode ser analisado, respectivamente, como proveniente de uma ação má, feia ou "pecaminosa".
De acordo com a Doutrina Espírita, o problema do bem e do mal está relacionado com as leis de Deus e o progresso alcançado pelo Espírito ao longo de suas várias encarnações. É o que veremos a seguir.
ORIGEM DO BEM E DO MAL
O MAL NÃO PODE TER ORIGEM EM DEUS
Muitos pensam que Deus, que é o criador do mundo e de tudo o que existe, também é o criador do mal. Para tanto, as religiões dogmáticas elaboraram uma série de raciocínios sobre a demonologia, ou seja, o tratado sobre o diabo. Baseando-nos nessas imagens, seríamos forçados a crer que existem dois deuses, digladiando-se reciprocamente. A lógica e os ensinamentos espíritas apontam-nos, porém, para a existência de um único Deus, que é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. Como um de seus atributos é ser infinitamente bom, Ele não poderia conter a mais insignificante parcela do mal. Assim, Dele não pode provir a origem do mal. Mas o mal existe e deve ter uma origem. Onde estaria? (Kardec, 1975, cap. III)
A CAUSA DO MAL
O mal existe e tem uma causa. Há, porém, males físicos e morais. Há os que não se pode evitar (flagelos) e os que se podem evitar (vícios.) Porém, os males mais numerosos são os que o homem cria pelos seus vícios, os que provêm do seu orgulho, do seu egoísmo, da sua ambição, da sua cupidez, de seus excessos em tudo. No que tange aos flagelos naturais, o homem recebeu a inteligência e com ela consegue amenizar muito desses problemas.
No sentido moral, o mal só pode estar assentado numa determinação humana, que se fundamenta no livre-arbítrio. Enquanto o livre-arbítrio não existia, o homem não cometia o mal, porque não tinha responsabilidades pelas suas ações. Conforme os amigos espirituais foram nos facultando tal liberdade, tivemos que fazer escolhas e com isso errar e conseqüentemente praticar o mal.
O PRINCÍPIO DO BEM E DO MAL
O bem e o mal como princípios podem ser encontrados no livro da natureza. O conhecimento deles requer experiência. Tomemos as figuras de Adão e Eva. Eles comeram o fruto proibido, instigados pela serpente. Para conhecerem o bem e o mal, tiveram de prová-los. Mas Adão pode ter pensado: não vou ligar para isso, pois foram a serpente e a Eva que me tentaram. Porém, nesse momento, Deus passa-lhe a noção de responsabilidade. A "consciência moral" começa com a responsabilidade.
Quando começarmos a dar valor à moral, nosso progresso começa a se fundamentar. O Espírito André Luiz, no livro Evolução em Dois Mundos, psicografado por Francisco Cândido Xavier, traça-nos a trajetória do princípio inteligente através dos vários reinos da natureza. O princípio inteligente é conduzido pelos "Operários Espirituais". A repetição dos atos cria a herança e o automatismo. Ao adentrar na fase hominal, ele adquire o pensamento contínuo, o livre-arbítrio e a razão. Aos poucos esses operários espirituais vão entregando o aprendizado ao livre-arbítrio, sob a própria responsabilidade.
NECESSIDADES HUMANAS
O QUE É UMA NECESSIDADE?
Necessidade é a consciência de que nos falta algo. Por que nos falta algo? Porque a necessidade, sendo um estado de espírito e um atributo do homem subjetivo, impõe ao homem este ou aquele desejo. As necessidades podem ser: a) prioritárias: comer, beber, dormir etc.; b) secundárias: vestir-se bem, passear, cinema etc.
Em termos espirituais, as necessidades vão se depurando conforme vamos galgando novos degraus de evolução espiritual. Há, assim, muita sabedoria no provérbio: "Deus, livra-me das minhas necessidades". Deveríamos deixar de lado os apetites da carne e nos direcionarmos para os anseios do Espírito.
VÍCIOS
Os vícios são as ações que tendem para mal. Allan Kardec diz: "Se o homem se conformasse rigorosamente com as leis divinas, não há duvidar de que se pouparia aos mais agudos males e viveria ditoso na Terra". O animal, por exemplo, só come para preservar a sua vida; o homem, dotado de inteligência, come mais com os olhos do que com a boca. O vício surge não pelo fato de atender a necessidades, mas no excesso que com que se atende a necessidades. Há um ditado que diz: "devemos comer para viver e não viver para comer". Nesse sentido, a pessoa que se alimenta em demasia acaba se tornando glutão, o que lhe impede de estar bem com o seu físico. O mesmo se diz daquele que se excede nas bebidas alcoólicas, na sexualidade etc. É preciso, pois, relembrar que todos sofreremos as conseqüências de nossas ações, quer sejam boas ou más. (Kardec, 1975, cap. III)
DOR
A dor é teleológica e leva consigo um destino. É um alerta da natureza, que anuncia algum mal que está nos atingindo e que precisamos enfrentar. Se não fosse a dor, sucumbiríamos a muitas doenças sem sequer nos dar conta do perigo. Por ela podemos saber o que fomos e, também, o que tencionamos ser. Ela é sempre positiva; no sofrimento, estamos purgando algo ou preparando-nos para o futuro. De acordo com Allan Kardec, "A dor é o aguilhão que impele o Espírito para frente, na senda do progresso". Se o Espírito nada tivesse a temer, nenhuma necessidade o induziria a procurar o melhor; ficaria inativo, como entorpecido. Reportando-nos à alimentação, poder-se-ia dizer que ao ingerirmos alimentos em excesso, teríamos um mal-estar físico, uma espécie de sentinela do equilíbrio.
BEM VERSUS MAL
"Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem".
— Paulo. (Romanos, 12, 21)
O Espírito Emmanuel lembra-nos de que a natureza é pródiga em nos oferecer exemplos vivos para a nossa mudança comportamental. Depois de um temporal (mal), em que parece ter destruído a paisagem, novas forças congregam-se para a obra de refazimento: "O sol envia luz sobre o lamaçal, curando as chagas do chão, o vento acaricia o arvoredo e enxuga-lhe os ramos, o cântico das aves substitui a voz do trovão... A árvore de frondes quebradas ou feridas regenera-se, em silêncio, a fim de produzir novas flores e novos frutos". Incita-nos, com isso, a aprender com a natureza, ou seja, mesmo sofrendo os maiores dos males, deveríamos nos concentrar no bem, estendendo-o ao infinito, porque o mal é passageiro e fruto da ignorância humana. (Xavier, sdp, cap. 35)
DESERTOR DO BEM
Se soubéssemos, de antemão, o tributo de dor que a vida nos cobrará, evitaríamos o homicídio, a calúnia, a ingratidão e o egoísmo. O mesmo sucede com aquele que se esquiva do bem. O Espírito Emmanuel diz: "Se o desertor do bem conseguisse enxergar as perigosas ciladas com que as trevas lhe furtarão o contentamento de viver, deter-se-ia feliz, sob as algemas santificantes dos mais pesados deveres". Lembremo-nos de que viemos a este mundo para cumprir uma missão, um dever. Nesse sentido, a esposa de Heidegger dizia que Deus tinha condenado o seu marido a ser filósofo. Para nós outros, que nos compenetramos da necessidade de praticar o bem, poderíamos dizer que Deus nos condenou a ser benevolente. (Xavier, sdp, cap. 38)

RESISTIR AO MAL
Jesus dizia que o joio deveria crescer junto com o trigo. Contudo, no momento aprazado separaria um do outro. O trigo representa o bem; o joio, o mal. Os dois devem crescer juntos, ou seja, não há dualismo entre um e outro, pois o mal é sempre visualizado como a ausência do bem. Ele só surge quando o bem não se fez presente. É como o ladrão que rouba. Ele só rouba porque não houve antes uma prevenção.
Resistir ao mal significa suportar pacientemente a sua presença, mas sem perder de vista o bem. Haverá tentações, desânimo, mal-entendidos e incompreensões alheias. Nada disso deve tirar o ensejo de continuarmos firmes em nossa jornada evolutiva, pois "a seu tempo ceifaremos se não houvermos desfalecido".
CONCLUSÃO
Não nos detenhamos apenas em praticar atos de caridade; sejamos também caridosos. Auxiliemos o próximo, não por uma espécie de convenção social, mas como um arroubo que parte do íntimo de nosso coração.
KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritism , pelo Espírito Emmanuel.

Bom Dia meus amigos , sou grata por estarem aqui , tenham um bom final de semana , meu abraço!

Thursday, April 24, 2008

UNIVERSO FRAGMENTADO __ ARTE ABSTRATA


A ORIGEM DO PLANETA TERRA DOCUMENTÁRIO

HARMONIA UNIVERSAL DIGITAL ART

A ÉTICA NOSSA DE CADA DIA

A Ética Nossa de Cada Dia
Todos nós tomamos diariamente dezenas de decisões, resolvendo aquilo que tem a ver com nossa vida, a vida da empresa e de nossos semelhantes. Ninguém faz isso no vácuo. Antigamente pensava-se que era possível pronunciar-se sobre um determinado assunto de forma inteiramente objetiva, isto é, isenta de quaisquer pré-concepções. Hoje, sabe-se que nem mesmo na área das chamadas ciências exatas é possível fazer pesquisa sem sermos influenciados pelo que cremos. Ao elegermos uma determinada solução em detrimento de outra, o fazemos baseados num padrão, num conjunto de valores do que acreditamos é certo ou errado. É isso que chamamos de ética: o conjunto de valores ou padrão pelo qual uma pessoa entende o que seja certo ou errado e toma decisões. Cada um de nós tem um sistema de valores interno que consulta (nem sempre, a julgar pela incoerência de nossas decisões...!) no processo de fazer escolhas. Nem sempre estamos conscientes dos valores que compõem esse sistema, mas eles estão lá, influenciado decisivamente nossas opções.
Os estudiosos do assunto geralmente agrupam as alternativas éticas de acordo com o seu princípio orientador fundamental. As chamadas ÉTICAS HUMANÍSTICAS tomam o ser humano como seu princípio orientador, seguindo o axioma de Protágoras, "o homem é a medida de todas as coisas". O hedonismo, por exemplo, ensina que o certo é aquilo que é agradável. Freqüentemente somos motivados em nossas decisões pela busca secreta do prazer. O individualismo e o materialismo modernos são formas atuais de hedonismo. Já o utilitarismo tem como princípio orientador o que for útil para o maior número de pessoas. O nazismo, dizimando milhares de judeus em nomes do que é útil, demonstrou que na falta de quem decida mais exatamente o sentido de "útil", tal princípio orientador acaba por justificar os interesses de poderosos inescrupulosos e o egoísmo dos indivíduos. O existencialismo, por sua vez, defende que o certo e o errado são relativos à perspectiva do indivíduo e que não existem valores morais ou espirituais absolutos. Seu principio orientador é que o certo é ter uma experiência, é agir — o errado é vegetar, ficar inerte. O existencialismo é o sistema ético dominante em nossa sociedade moderna, que tende a validar eticamente atitudes tomadas com base na experiência individual.
A ÉTICA NATURALÍSTICA toma como base o processo e as leis da natureza. O certo é o natural — a natureza nos dá o padrão a ser seguido. A natureza, numa primeira observação, ensina que somente os mais aptos sobrevivem e que os fracos, doentes, velhos e debilitados tendem a cair e desaparecer à medida em que a natureza evolui. Logo, tudo que contribuir para a seleção do mais forte e a sobrevivência do mais apto, é certo. Numa sociedade dominada pela teoria evolucionista não foi difícil para esse tipo de ética encontrar lugar. Cresce a aceitação pública do aborto (em caso de fetos deficientes) e da eutanásia (elimina doentes, velhos e inválidos).
Os cristãos entendem que éticas baseadas exclusivamente no homem e na natureza são inadequadas, já que ambos, como os temos hoje, estão profundamente afetados pelos efeitos da entrada do pecado no mundo. A ÉTICA CRISTÃ, por sua vez, parte de diversos pressupostos associados com o Cristianismo histórico. Tem como fundamento principal a existência de um único Deus, criador dos céus e da terra. Vê o homem, não como fruto de um processo evolutivo (o que o eximiria de responsabilidades morais) mas como criação de Deus, ao qual é responsável moralmente. Entende que o homem pecou, afastando-se de Deus; como tal, não é moralmente neutro, mas naturalmente inclinado a tomar decisões movido acima de tudo pela cobiça e pelo egoísmo (por natureza, segue uma ética humanística ou naturalística). Um outro postulado é o de que Deus enviou seu Filho Jesus Cristo ao mundo para salvar o homem. Mediante fé em Jesus Cristo, o homem decaído é restaurado, renovado e capacitado a viver uma vida de amor a Deus e ao próximo. A vontade de Deus para a humanidade encontra-se na Bíblia. Ela revela os padrões morais de Deus, como encontramos nos 10 mandamentos e no sermão do Monte. Mais que isso, ela nos revela o que Deus fez para que o homem pudesse vir a obedecê-lo.
A ÉTICA CRISTÃ, em resumo, é o conjunto de valores morais total e unicamente baseado nas Escrituras Sagradas, pelo qual o homem deve regular sua conduta nesse mundo, diante de Deus, do próximo e de si mesmo. Não é um conjunto de regras pelas quais o homem poderá chegar a Deus – mas é a norma de conduta pela qual poderá agradar a Deus que já o redimiu. Por ser baseada na revelação divina, acredita em valores morais absolutos, que são a vontade de Deus para todos os homens, de todas as culturas e em todas as épocas.
Augustus Nicodemus Lopes, professor de Bíblia do Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper, publicado na revista MACKENZIE, edição nº. 3.

Wednesday, April 23, 2008

RESGATE EM NOSTALGIA

RESGATE EM NOSTALGIA
Caio Amaral
Caminhar pelas sombras do vale escuro da noite
Da ausência que faz de um vida um verdadeiro açoite
Conviver no desespero não encontrando qualquer saída
Espírito que segue adiante com a alma triste e ferida
Abrir mão do precioso amor...um ato estúpido e imaturo
Retomar o direito de sentir tudo mais intenso, belo e puro
Ter a volta do carinho que cintila em afago e calor
Sorrir para a vida com o regresso de um grande amor
Pernoites sofridas com insônia pela perda da vital energia
Tarde triste e noite amarga que em aflição amanhece o dia
E, na ausência de um amor, resta apenas a profunda solidão
Áridos dias que irão caminhar lado a lado de uma triste ilusão
Vida que se perde pela graça do sentido de encontrar um valor
E que tudo fará para resgatar a essência do verdadeiro AMOR

RESGATE EN NOSTALGIA

(Traducción by Betty Betina)
Caio Amaral
Caminar por las sombras del valle oscuro de la noche
De la ausencia que hace de una vida un verdadero azote
Convivir no desespero no encontrando cualquier salida
Espíritu que sigue adelante con el alma triste y herida
Abrir la mano del precioso amor...un acto estúpido e inmaduro
Retomar el derecho de sentir todo mas intenso, bello y puro
Tener la vuelta del cariño que cintila en halago y calor
Sonreír para la vida con el regreso de un gran amor
Pernoites sufridas con insônia pela perda de la vital energía
Tarde triste y noche amarga que en aflicción amanece el díay,
en la ausencia de un amor, resta apenas la profunda soledad
Áridos dias que irán a caminar lado a lado de una triste ilusión
Vida que se pierde por la gracia del sentido de encontrar un valor
Y que todo hará para rescatar a esencia del verdadero AMOR

Agressões ao Meio Ambiente e a Legislação para combatê-las

Algumas Agressões ao Meio Ambiente
e a Legislação para combatê-las
Esta parte do trabalho tem a finalidade de levantar alguns dos problemas mais comuns relativos à degradação e poluição ambientais. Dois aspectos merecem ser destacados para entender esta parte: o primeiro é o de que dividimos os ataques por ambiente, mas isso é feito para melhor compreensão, pois como já dissemos, o conceito de meio ambiente ou de ambiente é totalizador e sistêmico; o segundo é o de que não temos qualquer pretensão de esgotar o problema, seja pelos limites deste trabalho , seja pela sua complexidade, seja pela constante emergência de novas agressões. Por outro lado, é preciso que tenhamos uma visão sistêmica das conseqüências legais de atos poluidores ou degradadores do meio ambiente.
No âmbito do Poder Público, as primeiras conseqüências que podem ser visualizadas são as de ordem administrativa. A administração pública, como tem a obrigação de obedecer os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade em seus atos (art. 37 da Constituição Federal), guarda, no âmbito executivo, o poder de multar, embargar, suspender e interditar. Assim, a cidadania ambiental pode ser exercida no sentido de obrigar os órgãos federais, estaduais e municipais competentes a tomar medidas no sentido de coibir agressões ambientais. Essa competência administrativa deve ser exercida com vigor, e isso só acontecerá se a sociedade mobilizada forçar esses órgãos a tomar atitudes que estão legalmente previstas. A eficácia e a legitimidade dos órgãos administrativos são diretamente proporcionais à pressão, fiscalização e exigência da cidadania.
Na esfera penal, as Delegacias e o Ministério Público têm o dever de atender à população, seja lavrando ocorrências, seja movendo ação penal, já que a Segunda instituição citada tem missão de titular da ação penal do Estado.
Do lado privado ou civil, a cidadania ambiental pode encaminhar acordos e compromissos, que poderão ser homologados pelo Poder Judiciário ou, em casos mais complexos, pedir em juízo a reparação ou a indenização pelos danos sofridos.
Por último, nesta introdução, é preciso relembrar a importância do Ministério Público nas lutas jurídicas.

Diante das notícias sobre os tremores de terra , lembramos que a Mãe Natureza está se insurgindo a tantas agressões sofridas , é um grito lamentável !

OS FILHOS __ Gibran Kahlil Gibran

Os Filhos
Gibran Kahlil Gibran
"Vossos filhos não são vossos filhos,
são os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos.
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles,
mas não podem fazê-los como vós,
porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O Arqueiro mira o alvo na senda do infinito
e vos estica com toda a sua força
para que suas flechas se projetem rápido e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do Arqueiro
seja vossa alegria;
Pois assim como Ele ama a flecha que voa,
ama também o arco que permanece estável."
(Gibran Kahlil Gibran - O Profeta)

NA ARTE DE VIVER PODEMOS BUSCAR PAZ E HARMONIA PELA MEDITAÇÃO

Todos buscam paz e harmonia, porque isto é o que falta em nossas vidas. De quando em quando todos nós experimentamos agitação, irritação, desarmonia. E, quando somos atormentados por esses sofrimentos, não os restringimos a nós mesmos; freqüentemente os distribuímos aos outros também. A infelicidade permeia a atmosfera que circunda a pessoa que sofre e todos que entram em contato com ela também são afetados. Certamente, esse não é um modo apropriado de viver.
Devemos viver em paz com nós mesmos e em paz com os outros. Afinal, seres humanos são seres sociais, têm de viver em sociedade e lidar uns com os outros. Mas como podemos viver pacificamente? Como mantermo-nos em harmonia interior e mantermos a paz e a harmonia ao nosso redor, de forma que também os outros possam viver pacífica e harmoniosamente?
Para livrarmo-nos de nosso sofrimento, temos de saber a razão básica para sua existência, a causa do sofrimento. Se investigarmos o problema, torna-se claro que sempre que começamos a gerar qualquer negatividade ou impureza na mente, certamente nos tornaremos infelizes. Uma negatividade na mente, uma impureza mental não pode coexistir com a paz e a harmonia.
Como geramos negatividades? De novo, através da investigação, torna-se claro. Ficamos infelizes quando achamos que alguém age de uma maneira que não gostamos ou quando não gostamos de alguma coisa que acontece. Coisas que não desejamos acontecem e criamos tensão interior. Coisas que queremos não acontecem, alguns obstáculos aparecem no caminho, e novamente criamos tensão interior; começamos a atar "nós" internos. E, pela vida afora, coisas indesejadas continuam a acontecer e as desejadas podem ou não acontecer, e este processo de reação, de atar nós — nós górdios — faz toda a estrutura física e mental tão tensas, tão cheias de negatividade, que a vida torna-se um sofrimento.
Uma forma de resolver este problema é dar um jeito para que nada de desagradável aconteça na vida e que tudo aconteça exatamente como queremos. Temos de desenvolver o poder de fazer com que tudo que desejamos aconteça e o que não desejamos não aconteça, ou ter alguém com tal poder que nos ajude sempre que solicitarmos. Mas isso é impossível. Não há ninguém no mundo cujos desejos sejam sempre satisfeitos, em cuja vida tudo ocorre de acordo com sua vontade, sem nada indesejável acontecer. Fatos contrários à nossa vontade e ao nosso desejo constantemente ocorrem. Portanto, surge uma pergunta: como podemos parar de reagir cegamente às coisas de que não gostamos? Como podemos parar de gerar tensões e permanecer pacíficos e harmônicos?
Na Índia, assim como em outros países, pessoas sábias e santas estudaram esse problema — o problema do sofrimento humano — e encontraram uma solução: se algo indesejável ocorre e você começa a reagir gerando raiva, medo ou qualquer outra negatividade, então, você deve desviar sua atenção o mais rapidamente possível para uma outra coisa qualquer. Por exemplo, levante-se, pegue um copo d'água, comece a bebê-la e sua raiva não se multiplicará; pelo contrário, começará a diminuir. Ou comece a contar: um, dois, três, quatro. Ou comece a repetir uma palavra, ou uma frase, ou algum mantra: talvez o nome de um santo ou divindade na qual você tenha devoção. A mente se distrairá e, até certo ponto, você estará livre da negatividade, livre da raiva.
Essa solução foi útil, deu certo. Ainda dá. Praticando isso, a mente sente-se livre da agitação. Entretanto, essa solução atua apenas no nível consciente. Na verdade, ao desviar a atenção, você empurra a negatividade profundamente para o inconsciente e, nesse nível, continua a gerar e multiplicar a mesma impureza. Na superfície há uma camada de paz e harmonia, mas nas profundezas da mente jaz um vulcão adormecido de negatividade reprimida que, mais cedo ou mais tarde, explodirá em violenta erupção.
Outros exploradores da verdade interior foram ainda mais longe em sua busca e, experimentando a realidade da mente e da matéria neles mesmos, concluíram que desviar a atenção é apenas fugir do problema. Fugir não é a solução; você tem de enfrentar o problema. Toda vez que a negatividade surgir na mente, simplesmente observe-a, enfrente-a. Assim que começar a observar uma impureza mental, ela começará a perder sua força e lentamente ela murcha e desaparece.
Uma boa solução: evitar os dois extremos da repressão e da livre manifestação. Enterrar a negatividade no inconsciente não a erradicará; e permitir sua manifestação com ações verbais ou físicas prejudiciais apenas criará mais problemas. Mas se você apenas observar, então, a impureza desaparecerá e você estará livre dela.
Isso parece maravilhoso, mas será realmente praticável? Não é fácil encarar suas próprias impurezas. Quando a raiva surge, apodera-se de nós tão rapidamente que nem mesmo percebemos. Então, dominados por ela, falamos ou fazemos coisas que prejudicam aos outros e a nós mesmos. Mais tarde, quando ela passa, começamos a chorar e nos arrependemos, pedindo perdão aos outros e a Deus: "Oh, cometi um erro, por favor, me desculpe!". Mas da próxima vez em que nos encontrarmos numa situação semelhante, reagimos da mesma forma. Esse tipo de arrependimento não ajuda em nada.
A dificuldade é que não temos consciência quando uma impureza surge. Ela surge profundamente na mente inconsciente e, quando chega ao nível consciente, já ganhou tanta força que toma conta de nós sem que possamos observá-la.
Vamos supor que eu contrate um secretário particular e toda vez que a raiva surja ele diga: "olhe, a raiva está começando!". Como não sei a que horas ela começa, terei de contratar três secretários para os três turnos: manhã, tarde e noite! Suponhamos que possa arcar com isso e que a raiva comece. Assim que meu secretário me avise, "oh, veja — a raiva começou!" a primeira coisa que farei é repreendê-lo: "Seu tolo, acha que é pago para me ensinar?" Estou tão dominado pela raiva que bom conselho não adianta
Suponhamos que o discernimento prevaleça e eu não o repreenda. Em vez disso, digo: "Muito obrigado. Agora preciso me sentar e observar minha raiva." Será que é possível? Ao fechar os olhos e tentar observar a raiva, o objeto da minha raiva imediatamente surge em minha mente — a pessoa ou o fato que a iniciou. Logo, não estarei observando a raiva pura, mas meramente o estímulo externo dessa emoção. Isso servirá apenas para multiplicar a raiva; e, portanto, não é a solução. É muito difícil observar qualquer negatividade abstrata ou emoção abstrata divorciada do objeto externo que originariamente foi responsável pelo seu surgimento.
Entretanto, alguém que atingiu a verdade última encontrou uma solução real. Descobriu que sempre que uma impureza surge na mente, duas coisas começam a acontecer simultaneamente no nível físico. Uma é que a respiração perde o seu ritmo normal. Começamos a respirar mais forte, sempre que a negatividade surge na mente. Isso é fácil de se observar. Num nível mais sutil, uma reação bioquímica começa no corpo, resultando numa sensação. Toda impureza irá gerar alguma sensação no corpo.
Isso oferece uma solução prática. Uma pessoa comum não pode observar impurezas abstratas da mente — medo, raiva ou paixão abstratos. Mas, com a prática e treinamento adequados, é muito fácil observar a respiração e as sensações corporais, ambas diretamente relacionadas às impurezas mentais.
A respiração e as sensações vão ajudar de duas formas. Primeiramente serão como que secretários particulares. Assim que uma negatividade surgir na mente, a respiração perderá sua normalidade; começará a gritar: "olhe, alguma coisa deu errado!". Eu não posso repreender minha respiração; tenho que aceitar esse aviso.

Tuesday, April 22, 2008

ART FOR PEACE & JUSTICE




ART for Peace & Justice
Mission: To utilize the arts to educate, enlighten and inspire people and thereby create a cultural shift toward peace and justice.
Art has been one of the most effective communication tools throughout the ages. Art has been both a reflection of where a society stood on many issues, but also used as an agent of change to move people from where they were in a myriad of directions.
The term “art” is most widely used to describe a particular type of production generated by human beings. The denotation art implies some degree of aesthetic value, however, there is no agreed-upon definition of art. The impetus for art is often called creativity.
Art appeals to all of the human emotions. It can arouse aesthetic or moral feelings and can be understood as a way of communicating these feelings. Art explores what is commonly termed as the human condition that is essentially what it is to be human. Effective art often brings about some new insight concerning the human condition either singly or en-mass. It is not always positive but can trigger an emotional response and thereby provide new insights.
The creative arts are often divided into more specific categories, such as visual arts (painting, drawing, printmaking, sculpture, decorative arts, plastic arts, photography), performing arts (music, dance, theater, cinema) or literature (poetry, prose).

A VIDA SE RENOVA EM CADA AMANHECER __ POEMA DESABROCHAR


"Podemos ir longe, se começarmos de muito perto.
Em geral começamos pelo mais distante,
o "supremo princípio", "o maior ideal", e ficamos perdidos
em algum sonho vago do pensamento imaginativo.
Mas quando partimos de muito perto,
do mais perto, que é nós,
então o mundo inteiro está aberto
- pois nós somos o mundo.
Temos de começar pelo que é real,
pelo que está a acontecer agora,
e o agora é sem tempo."
Krishnamurti
" O 'agora' é o 'desabrochar' de uma flor na manhã da vida , que nasce nova em cada amanhecer " Sandra
http://www.aquariussandra.blogspot.com
Meus Poemas de Improviso

A MAGIA E OS PODERES DO SER HUMANO

Magia e os poderes do ser humano
Definição e escolas principais
A crença na realidade dos poderes mágicos do ser humano é um fator comum a todas as culturas. Não há povo, tribo ou civilização, desde os primórdios da história até os nossos dias, que não traga o relato de pessoas especiais ou possuidoras de segredos e técnicas que os tornam capazes de operar efeitos surpreendentes ou mesmo aparentemente impossíveis.
A Magia, de um modo geral, nada mais é do que a arte de causar EFEITOS VISÍVEIS a partir de CAUSAS INVISÍVEIS. O Mago, a bruxa ou o pajé são, portanto "colegas" de ofício, já que as leis mágicas pouco diferem entre si, apesar das diferenças culturais.
O uso concentrado e determinado do pensamento, da emoção e da vontade constitui o material básico que permite ao Mago atingir os efeitos que procura. No entanto, para que esses conteúdos interiores tornem-se mais efetivos, são apoiados em sinais físicos, concretos, surgindo assim uma infinidade de símbolos, ritos e métodos específicos.
Devido a seu potencial perturbador da Ordem Social, a Magia na Antigüidade ficava restrita à classe sacerdotal. O acesso aos Arcanos da Natureza era considerado um processo sagrado, sendo minuciosamente regulado. Também é importante observar que, muitas vezes, o acesso à própria escrita era também restrito aos Magos e Sacerdotes, categorias que muitas vezes confundiam-se em uma só.
A Magia apresenta uma série de conceitos básicos, idênticos ou muito semelhantes entre si. Os Magos postulam que o Ser Humano possui uma capacidade inata para o exercício da Magia. Essa capacidade, modernamente, recebeu o nome de função psi, conhecida há milênios e também chamada de manas, ju-ju, od, vril, gri-gri, axé...
"TUDO TEM A VER COM TUDO"
Outro conceito importante é o da unidade de todas as coisas em um outro plano, mais sutil, no qual trabalham os Místicos e os Magos. Esse campo, conhecido por alguns como PLANO ASTRAL, corresponde, em linhas gerais, a um conceito moderno de INCONSCIENTE COLETIVO, embora englobe muitas outras derivações. Outro dado importante, e que também extrapola os limites do inconsciente coletivo, é o de que nesse "mundo" os Magos se encontram, convivem e até duelam.
O QUE É A MAGIA?
Magia, imagem, imaginação: A noção de que todos os seres e coisas da natureza integram um Todo articulado e coerente entre si, nos traz o terceiro conceito essencial para que se compreenda o que é a Magia: A LEI DA ANALOGIA. Esta Lei Mágica nos propõe que tudo no mundo possui um valor simbólico natural, intrínseco.
Assim, por analogia:
PARA OS MAGOS, O SOL NO UNIVERSO... O CORAÇÃO PARA O HOMEM... O LEÃO ENTRE OS ANIMAIS... O OURO ENTRE OS METAIS... E O DIAMANTE ENTRE AS PEDRAS...
... EXPRESSAM uma energia semelhante, cada um em seu REINO.
Essa concepção deriva da relação entre o Microcosmo (o Ser Humano) e o Macrocosmo, pela qual o Homem representa no plano físico todas as Potências Espirituais. Assim, cada um é um universo único, singular, mas possui de forma potencial todos os poderes do Cosmo e da própria Divindade.
Além dessas, outra lei universalmente reconhecida entre os Magos de todos os tempos é a de que é imprescindível optar por uma das Forças: da LUZ ou das TREVAS. Mesmo nos raros casos em que a dualidade sobrexiste, há sempre uma tendência predominante, persistindo um antagonismo inevitável. Apenas hoje em dia começaram a surgir, pelo influxo de novas concepções filosóficas, escolas mágicas que propõem a unificação das duas Forças, numa visão não - dualista da Existência.
Escolas Principais
Como qualquer outra forma de Arte e principalmente por ser muito antiga, a Magia ramificou-se em uma infinidade de escolas e linhas distintas, de forma inumerável. Modernamente salientam-se algumas pelo seu caráter filosófico singular ou pelo expressivo número de seus adeptos.
Inglesa A Escola Inglesa apresenta três correntes principais de grande importância na História da Magia. A mais antiga é a escola dita enochiana , a partir dos trabalhos do célebre mago John Dee (1527-1608)e de seu discípulo Edward Kelley, que levaram a cabo uma série de operações mágicas que culminaram com a descoberta, através de anjos, de uma poderosa linguagem mística que seria o próprio idioma angélico, ou enochiano. Suas obras e os alentados tratados que legaram continuam sendo objeto de intensa pesquisa e experimentação por parte dos Magos ainda hoje.
Magia Wicca
Outra escola inglesa clássica de grande relevância é a da Magia Wicca, que também apresenta divisões. De modo geral, trabalha com o culto às Forças da Natureza através dos Antigos Deuses pagãos: a Grande Deusa-Mãe e o Grande Deus Chifrudo Cernunnos, que não se confunde com o Diabo, como querem alguns de seus detratores. A Wicca resgata os valores, ritos e instrumentos da antiga magia medieval e mesmo pré-cristã, de marcada influência celta.
Os ciclos lunares, bem como os equinócios e solstícios, desempenham papel fundamental nessa escola. Também são essenciais as datas específicas do culto, relacionadas com o ciclo das Terra e das colheitas.
As antigas sacerdotisas, para burlar a repressão, transformavam os próprios apetrechos domésticos em instrumentos mágicos, como a célebre vassoura, o caldeirão, a colher de pau, a faca, a corda, etc. Hoje em dia é uma das correntes mais atuantes dentro da Magia Moderna.
Crowley
A mais moderna dentre as linhas da escola inglesa é também a mais radical. Deriva diretamente das obras de Aleister Crowley (1875-1947), um caso à parte na História da Magia. Auto-intitulado "A Besta do Apocalipse", devido à sua irredutível orientação anticristã, Crowley integrou e fundou algumas das mais poderosas sociedades secretas de seu tempo, como a Golden Dawn, na Inglaterra, a qual transformou completamente imprimindo a sua marca pessoal; e a O.T.O. , "Ordo Templi Orientis", grupo alemão de magia sexual de grande importância no cenário ocultista da época.
Em suas inúmeras obras, tais como "Magick", "777"e "O Livro da Lei", Crowley propôs uma nova visão da Magia e do papel do Homem no Universo. Apesar de sua intensa crueldade pessoal e de uma trajetória cheia de incidentes sinistros, Crowley deixou um legado cultural fundamental para aqueles que procuram entender como a Magia pôde adentrar o século XX como uma forma ainda válida para compreender o mundo.
França
A chamada escola francesa também lança raízes profundas no tempo. Desde o famoso alquimista Nicholas Flamel (1330-1418) e o legendário Michel de Notredame (1503-1566), até toda uma longa geração de "grimoires" (grimórios), livros quase sempre apócrifos com símbolos, encantamentos e receitas mágicas quase sempre macabras, dificílimas, grotescas ou tudo isso ao mesmo tempo.
Dentre esses sobressaem-se "Le Grimoire de Honoire", atribuído talvez falsamente a um Papa do séc.XIII e "Le Grand Albert", ou "Le Dragon Rouge" e "Le Petit Albert", atribuídos errôneamente a Alberto Magno.
Alta Magia
Também merecem destaque o "Heptameron", de Pietro de Abano e o "Lemegeton", suposta obra do próprio Rei Salomão. Toda essa base histórica lançou as sementes para o florescimento, no séc. XIX, da chamada Alta Magia, a partir dos trabalhos de Papus, Eliphas Levi, Stanilas De Guaita, Josephin Péladan e Saint-Yves D'Alveydre. Integrados entre si por identidades doutrinárias ou por vínculos de mestre e discípulo, esses autores propõem uma visão eticamente orientada, enfatizando a importância do Mago alinhar-se com as Forças da Luz.
O apelo aos anjos católicos, à Jesus e mesmo à Virgem Maria não era descartado. Ainda hoje existem muitos adeptos dessa linha em todo o mundo.
A Grade Chave de Salomão:
O texto essencial de evocar, proteger e prender espíritos de todos os gêneros, creditado a Salomão, o Sábio, mas este livro foi muito alterado de edição para edição, perdendo muito de sua versão original.
O Lemegeton - A Chave Menor de Salomão:
Uma completa descrição judaico-cristã de anjos e demônios, alem de ritos para evoca-los.
Escolas Orientais
Muitas escolas orientais também influenciam o moderno pensamento mágico e constituem uma importante corrente filosófica dentro das Ciências Ocultas. Dentre elas sobressaem-se algumas, principalmente as linhas Tântricas, que utilizam magia, sexo e meditação de forma integrada para atingir as transformações interiores desejadas.
Tantra
Originárias da região da Cachemira, na Índia, as seitas tântricas remontam a tempos imemoriais e propõem uma visão do mundo baseada no culto ao Deus Shiva e às forças femininas da Natureza, principalmente à Shakti, a força sexual feminina que permite ao adepto e sua parceira cavalgar o êxtase e abraçar os mundos!
Divisão
De forma geral divide-se em duas linhas: a da "Mão Esquerda", que trabalha com práticas sexuais concretas e a da "Mão Direita", que utiliza materiais simbólicos como mandalas e mantras para evocar a energia sexual do Cosmo.
O ponto comum entre elas é o trabalho sobre a Kundalini, o poder sexual que jaz mais ou menos adormecido em todo ser humano. As doutrinas Tântricas constituem um importante elemento incorporado pelos Magos modernos.
Nas Antilhas, principalmente no Haiti, originaram o Vodu, marcado por seu potencial mágico extremamente forte e mesmo agressivo. Tribos de outras regiões da África originaram, principalmente no Brasil, a Macumba e suas derivações: a Umbanda e a Quimbanda.
Apesar das diferenças, todos esses cultos são caracterizados por uma atitude de familiaridade com as divindades e de resistência à opressão social que atinge os devotos, quase sempre oriundos das camadas mais desfavorecidas da sociedade. Devido à sua natureza de resistência social e de apoio aos oprimidos, são cultos que preservam intensamente os seus segredos e suas técnicas.
Fonte de pesquisa : Eliphas Levi