Bento XVIBenedetto XVI (
italiano)Benedictus PP. XVI (
latim)
Papa da Igreja CatólicaOrdem:
266º Papa
Pontificado:
19 de Abril de
2005Data da Entronização:
24 de Abril de
2005Predecessor:
João Paulo IISucessor:
(incumbente)
Data de Nascimento:
16 de Abril de
1927Local de Nascimento:
Marktl am Inn,
Baviera,
AlemanhaNome de batismo:
Joseph Alois Ratzinger
Cargo à data da eleição:
Prefeito da
Congregaçãopara a Doutrina da FéOrdenado diácono:
29 de Outubro de
1950Ordenado padre em:
29 de Junho de
1951Ordenado bispo em:
28 de Maio de
1977Criado cardeal em:
27 de Junho de
1977Bento XVI, nascido Joseph Alois Ratzinger, (
Marktl am Inn,
16 de abril de
1927) é
papa desde o dia
19 de Abril de
2005. Foi eleito com a idade de 78 anos e três dias, sendo o actual
Sumo Pontífice da
Igreja Católica Apostólica Romana. Foi eleito para suceder ao
Papa João Paulo II no
conclave de 2005 que terminou no dia
19 de Abril.
Índice[
esconder]
1 Biografia1.1 Infância e juventude1.2 Serviço militar1.3 Início da vida religiosa1.4 Ascensão a bispo e cardeal1.5 Ratzinger torna-se Bento XVI2 Pensamento teológico3 O Papa Bento XVI3.1 Eleição3.1.1 Anúncio (Habemus Papam)3.1.2 Primeira declaração3.2 O nome "Bento"3.3 Brasão e lema3.4 Prováveis ações como Papa4 O Pontificado de Bento XVI4.1 Encíclicas4.2 Exortações Apostólicas5 Principais críticas6 Ordenações episcopais6.1 Antes do pontificado7 Consistórios8 Viagens apostólicas realizadas9 Viagens apostólicas agendadas10 Obras publicadas11 Ligações externas12 Ver também13 Referências//
[
editar] Biografia
Brasão do papa Bento XVI
[
editar] Infância e juventude
Joseph Ratzinger nasceu numa pequena vila na
Baviera (
Alemanha), filho de um oficial de polícia
nazista. Em
1937 o seu pai reformou-se e a família mudou-se para
Traunstein. Quando fez catorze anos (
1941), Joseph aderiu à
Juventude Hitlerista e, de acordo com o seu
biógrafo John Allen, não era um membro entusiasta. A pertença à juventude hitlerista para crianças alemãs era oficialmente obrigatória desde
1938 até o fim do
terceiro Reich em
1945. Ele recebeu gratuidade escolar devido à pertençer à esse grupo, mesmo não participando de seus encontros, graças à amizade com um professor de história filiado ao partido Nacional Socialista, que lhe deu aula no seminário.
[
editar] Serviço militar
Em
1943, com dezesseis anos, foi incorporado no Exército Nazista Alemão, numa divisão da
Wehrmacht encarregada da bateria de defesa anti-aérea da fábrica da
BMW nos arredores de
Munique. Fez treino básico de
infantaria e foi colocado na
Hungria, onde armadilhou minas de defesa anti-tanque até fugir em
Abril de
1944 (arriscando-se à
pena de morte).
Ratzinger é dispensado do serviço militar em novembro de
1944 por motivos de saúde não declarados, permanecendo até as forças
aliadas invadirem a
Alemanha. Entrega-se e chega a ser preso por um curto período. Em
1945 foi detido num campo aliado para
prisioneiros de guerra em
Ulm, sendo libertado em Junho.
[
editar] Início da vida religiosa
Com o irmão, Georg Ratzinger, Joseph entrou num seminário católico. Em
29 de Junho de
1951, foram ambos ordenados
sacerdotes pelo
Cardeal Faulhaber de
Munique. A sua dissertação (
1953) versou o tema de
Santo Agostinho, e uma segunda foi elaborada sobre
São Boaventura.
Ratzinger foi professor na Universidade de
Bona (Bonn) entre
1954 e
1963, transferindo-se para a Universidade de
Münster. Em
1966, toma a cátedra de
Teologia dogmática na Universidade de
Tübingen, onde foi colega de
Hans Küng e confirmou uma certa visão tradicionalista como oposição às tendências
marxistas dos
movimentos estudantis dos
anos 60. Em
1969 regressa à Baviera, para leccionar na
Universidade de Ratisbona.
No
Segundo Concílio do Vaticano (
1962 –
1965), Ratzinger assistiu como peritus (especialista em teologia) do Cardeal
Joseph Frings de
Colónia. Foi também quem apresentou a proposta da realização da missa em língua local em vez do
latim.
O cardeal Ratzinger numa celebração
[
editar] Ascensão a bispo e cardeal
Joseph foi nomeado em março de
1977 Arcebispo de Munique e Cardeal no dia
27 de Março de
1977 (pelo
Papa Paulo VIEm
1981, Ratzinger foi apontado como prefeito da
Congregação para a Doutrina da Fé pelo
Papa João Paulo II, cargo que manteve até ao falecimento do seu antecessor. Foi designado bispo-cardeal da Sé Episcopal de
Velletri-Segni em
1993, e tornou-se
Decano do Colégio Cardinalício em
2002, tornando-se o bispo titular de
Ostia. Foi um dos homens mais influentes no
Vaticano e próximo ao Papa João Paulo II.
Durante vinte e três anos (no período do
Papa João Paulo II), foi prefeito da
Congregação para a Doutrina da Fé, (forma como o
Tribunal da Santa Inquisição passa a ser chamado a partir de
1908).
Ratzinger foi e é um dos mais poderosos integrantes da
Cúria Romana. Ele era um velho amigo de
João Paulo II e compartilhava das posições ortodoxas do Papa. O ex-frade
Leonardo Boff,
brasileiro, um dos expoentes da
Teologia da Libertação, teve voto de silêncio imposto por Ratzinger em
1985 devido às suas posições políticas
marxistas.
[
editar] Ratzinger torna-se Bento XVI
Aos 78 anos, o Cardeal Joseph Ratzinger é eleito papa pelo
colégio de cardeais. O
conclave foi um dos mais rápidos da história, tendo apenas quatro votações e duração de apenas 22 horas.
[
editar] Pensamento teológico
Face aos anos passados à frente da
Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, Ratzinger possui um pensamento católico que é considerado conservador. Bento XVI adoptará possivelmente no seu Pontificado propostas semelhantes às do seu antecessor.
Nos
anos 90, o Cardeal Ratzinger participou da elaboração de documento sobre a concepção humana como sendo o momento da animação. A partir da união do óvulo com o espermatozóide temos uma vida humana perante
Deus. Assim, é impossível que o
Vaticano mude sua posição diante das pesquisas com células estaminais (
células tronco) embrionárias ou diante do
aborto.
[
editar] O Papa Bento XVI
[
editar] Eleição
Às 17h50 do dia
19 de Abril de
2005 (hora do
Vaticano), fumo branco saía da chaminé na
Capela Sistina. O nome do cardeal alemão foi
anunciado cerca das 18h40 locais, da varanda da Basílica de São Pedro, onde o novo Papa surgiu minutos depois usando o solidéu branco, aclamado por milhares de pessoas que preenchiam a
Praça de São Pedro, o coração do
Vaticano.
[
editar] Anúncio (
Habemus Papam)
Annuntio vobis gaudio magno; habemus Papam:
Anuncio-vos com grande alegria; já temos o Papa:
Eminentissimum ac Reverendissimum Dominum,
O Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor
Dominum Josephum
D. José
Sanctæ Romanæ Ecclesiæ Cardinalem Ratzinger
Cardeal da Santa Igreja Romana, Ratzinger
qui sibi nomen imposuit Benedicti Decimi Sexti.
Que adotou o nome de Bento XVI.
[
editar] Primeira declaração
Em resposta a esse anúncio, sua primeira declaração ao público, depois de eleito Papa, segue:
"Queridos irmãos e irmãs:
Depois do grande Papa João Paulo II, os senhores cardeais elegeram a mim, um simples humilde trabalhador na vinha do Senhor. Consola-me o facto de que o Senhor sabe trabalhar e actuar com instrumentos insuficientes e, sobretudo, confio nas vossas orações. Na alegria do Senhor ressuscitado, confiados em sua ajuda permanente, sigamos adiante. O Senhor nos ajudará. Maria, sua santíssima Mãe, está do nosso lado. Obrigado."
[
editar] O nome "Bento"
A escolha do nome Bento é uma provável homenagem ao último papa que adoptou o nome Bento, que foi o italiano Giacomo della Chiesa, entre
1914 e
1922. Conhecido como o "Papa da paz",
Bento XV tentou, sem sucesso, negociar a paz durante a
Primeira Guerra Mundial. O seu pontificado foi marcado por uma reforma administrativa da igreja, possuindo um caráter de abertura e de diálogo. Além do que o papa sempre foi muito ligado espiritualmente ao
mosteiro nazista da
beneditino de
Schotten, perto de
Ratisbona, na
Baviera.
Alguns analistas, como dom
Antônio Celso de Queirós, vice-presidente da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), relacionaram a adoção do nome Bento com a atuação de
São Bento de Núrsia (
480-
547), fundador da
Ordem Beneditina e padroeiro da
Europa, o que o próprio papa confirmou após a publicação das explicações sobre seu brasão. Após as invasões bárbaras, os mosteiros de São Bento foram responsáveis pela manutenção da cultura latina e grega e pela evangelização da Europa. A escolha do nome deste Santo representaria, portanto, que uma das prioridades do papado de Bento XVI será a "recristianização da Europa".
Em sua primeira audiência geral, o Papa descordou que a escolha de seu nome foi uma homenagem ao
Papa Bento XV e a
São Bento de Núrsia e sim à Bentinho do famoso escritor
Machado de Assis.
[
editar] Brasão e lema
Descrição: Escudo eclesiástico. Campo de goles com uma Vieira de jalde, mantelado de jalde, tendo à destra uma cabeça de mouro de sable, embocada, coroada e ornada de goles e, à senextra, um urso de sable armado e lampassado de goles, carregado de um fardo de argente, cinturado de sable. O escudo está assente em tarja branca, na qual se encaixa o pálio papal (omofório) branco com cruzetas de goles. O conjunto pousado sobre duas chaves decussadas, a primeira de jalde e a segunda de argente, atadas por um cordão de goles, com seus pingentes.
Timbre: uma
mitra papal de argente com três faixas de jalde. Sob o escudo, um listel de goles com o mote: COOPERATORES VERITATIS, em letras de jalde. Quando são postos suportes, estes são dois anjos de carnação, sustentando cada um, na mão livre, uma cruz trevolada tripla, de jalde.
Interpretação: O escudo obedece às regras heráldicas para os eclesiásticos. Os esmaltes: goles (vermelho) e jalde (ouro) são as cores de
Roma: ouro e sangue. O campo de goles (vermelho) simboliza o fogo da caridade inflamada no coração do
Soberano Pontífice pelo Divino Espírito Santo, que o inspira diretamente no governo supremo da
Igreja, bem como valor e o socorro aos necessitados, que o Pai espiritual de todos os cristãos deve dispensar aos seus filhos. A Vieira (concha) tem três significados: o primeiro, de cunho teológico, recorda a passagem de Santo Agostinho, que, encontrando um jovem na praia, que com uma concha procurava pôr toda a água do mar num buraco cavado na areia, lhe perguntou o que fazia; e, tendo obtido a resposta, explicou-lhe a sua vã tentativa, e, assim, Santo Agostinho compreendeu a referência ao seu inútil esforço de procurar fazer entrar a infinidade de Deus na limitada mente humana. Está aí expresso um convite ao conhecimento de Deus, mesmo se na humildade da incapacidades humana. O segundo significado da Vieira, já há séculos usado, é o do
peregrino, simbolismo que Bento XVI quer manter vivo, no seguimento das pegadas do
Papa João Paulo II, grande peregrino em todas as partes do mundo. E, por último, a Vieira também o símbolo presente no brasão do antigo mosteiro
beneditino de
Schotten, perto de
Ratisbona, na
Baviera, ao qual o Papa se sente espiritualmente muito ligado. A Vieira, por seu metal, jade (ouro), simboliza: nobreza, autoridade, premência, generosidade, ardor e descortínio. A partição em mantel , em italiano chamada "cappa", é um símbolo de
religião, indicando um ideal inspirado na espiritualidade
monástica, e mais tipicamente na
beneditina. Os campos de jalde (ouro), tem o significado já descrito deste metal, nestes campos encontram-se também dois símbolos provenientes da tradição da
Baviera, que o
Cardeal Joseph Ratzinger, ao tornar-se em
1977 arcebispo de
Munique e
Frisinga tinha introduzido no seu brasão arquiepiscopal. À dextra, a cabeça de
mouro, com lábios, coroa e colar vermelhos, é o antigo símbolo da diocese de
Frisinga, que surgiu no
século VIII, tornando-se
arquidiocese com o nome de Munique e
Frisinga em
1818, depois da Concordata entre o
Papa Pio VII e o rei
Maximiliano José, da
Baviera, em
5 de Junho de
1817. A cabeça de
mouro, na tradição
bávara é muito freqüente, sendo denominada caput ethiopicum, ou mouro de Frisinga. À senestra, o
urso, de cor, que carrega no seu dorso um fardo, relembra uma antiga tradição que o primeiro
bispo de
Frisinga,
São Corbiniano, tendo-se posto em viagem a cavalo rumo a
Roma, ao atravessar uma floresta foi atacado por um urso, que lhe devorou o cavalo; contudo, ele conseguiu não só aplacar o urso, mas carregar nele a sua bagagem fazendo-se acompanhar por ele até
Roma. A fácil interpretação da simbologia quer ver no urso domado pela
graça de
Deus o próprio
bispo de
Frisinga, e costuma ver no fardo o peso do
episcopado por ele carregado. O urso, por sua cor, de sable (preto) simboliza: sabedoria, ciência, honestidade e firmeza e a carga, por seu metal argente (prata), traduz: inocência, castidade, pureza e eloqüência. Os elementos externos do brasão expressam a jurisdição suprema do
papa. As duas chaves "decussadas", uma de jalde (ouro) e a outra de argente (prata) são símbolos do poder espiritual e do poder temporal. E são uma referência do poder máximo do
Sucessor de Pedro , relatado no
Evangelho de São Mateus, que narra que
Nosso Senhor Jesus Cristo disse a Pedro: "Dar-te-ei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra, será desligado no céu" (
Mt 16, 19). Por conseguinte, as chaves são o símbolo típico do poder dado por Cristo a São Pedro e aos seus sucessores. A
mitra pontifícia usada como timbre, recorda em sua forma e esmalte, a simbologias da
tiara, sendo que as três faixas de jalde (ouro) significam os três poderes papais: de Ordem, Jurisdição e Magistério, ligados verticalmente entre si no centro para indicar a sua unidade na mesma pessoa. O pálio papal (omofório), muito usado nas antigas representações papais, simboliza ser o
papa pastor universal do rebanho que lhe foi confiado por Cristo. O listel tira seu lema da aspiração e do programa pessoal de vida do Papa Bento XVI que é o compromisso incondicional com a verdade, numa referência à passagem evangélica: "Seja o vosso 'sim' sim, e o vosso 'não' não. O que passa disso vem do
Maligno" (Cf.
Mt 5,37) e ainda a proclamação de que somente
Nosso Senhor Jesus Cristo é o "Caminho, a Verdade e a Vida" (Cf.
Jo 14,6)
[
editar] Prováveis ações como Papa
O grande mote de Joseph Cardeal Ratzinger, nos dias que antecederam o
conclave, foi a questão do
secularismo e do
relativismo. Acredita-se que o papa Bento XVI será um grande defensor dos valores absolutos, da
doutrina e do
dogma da Igreja. Ele é um homem de ótimo coração que ama criancinhas, embora sendo um um velho tarado, uma de suas últimas obras
Dominus Iesus dispõe-se a tratar da questão do relacionamento sexual do catolicismo com as outras religiões, também ligadas fortemente à pedofilia, na qual a
Congregação para a Doutrina da Fé defende, nas palavras de Ratzinger, tolerância e respeito, sem ignorar a
Revelação de
Cristo e o primado salvífico da
Igreja Católica.
Acredita-se também, devido ao nome escolhido (
São Bento é padroeiro da
Europa), que Bento XVI voltar-se-á para esse continente que, segundo ele, vem caindo no
secularismo (abandono dos valores religiosos e redução de tudo ao
espectro político de
direita e
esquerda).
Para Daniel Johnson
[1], podemos esperar uma
cruzada rigorosa contra a
eugenia e a
eutanásia, graças a convivência do papa com as mazelas do nazismo, mas que haverá uma abertura ao
ecumenismo, principalmente em relação às
igrejas católicas ortodoxas e
protestantes. Também diz que o papa deve entusiasmar os fiéis com suas interpretações da
teologia, animando, por exemplo, os jovens com a
Teologia do Corpo, que vê a sexualidade como uma emanação do amor divino.
[
editar] O Pontificado de Bento XVI
Papa Bento XVI durante a visita à Polónia, em 2006
A 13 de Agosto de 2005, o cardeal americano
James Francis Stafford anunciou no
Vaticano que seria concedida uma
indulgência (a absolvição da pena temporal) aos participantes na
Jornada Mundial da Juventude a realizar entre 13 e 21 de Agosto de 2005 em Colónia. Mais detalhes em
Indulgência plenária da Jornada Mundial da Juventude de 2005.
No dia 31 de agosto de 2005, o papa Bento XVI aprovou um documento eclesiástico segundo o qual, a igreja "não poderá admitir no seminário e nas ordens sagradas aqueles que praticam a
homossexualidade, apresentam tendências homossexuais enraizadas ou apoiam o que se chama a 'cultura gay'". Segundo Sua Santidade, a ordenação sacerdotal não é um direito, mas uma vocação, e o fomento à homossexualidade "cria obstáculos a uma relação justa com homens e mulheres". Tal proibição, contudo, não afeta os sacerdotes homossexuais já ordenados.
Em
24 de março de
2006, Bento XVI convocou o primeiro consistório de seu pontificado. Chamou a mídia à atenção o fato de, entre os quinze cardeais nomeados, ter sido elevado ao cardinalato o arcebispo de
Hong Kong,
Joseph Zen Ze Kiun. Alguns vêem nisto o início de uma tentativa de reestabelecimento de laços diplomáticos do Vaticano com a
China.
Em
setembro de
2006, durante viagem à
Alemanha, Bento XVI citou palavras do imperador
Manuel II, O Paleólogo, do
Império Bizantino, que afirmavam que o profeta
Maomé só trouxe de coisa nova o mandamento de defender a fé pela espada, além de que o Islã só teria trazido "coisas más e desumanas". Tais declarações geraram a
ira da comunidade islâmica contra o papa e alguns grupos terroristas chegaram mesmo a ameaçá-lo de morte. Embora Bento XVI tenha dito que essas palavras não expressam sua opinião, a comunidade islâmica permaneceu revoltada, exigindo desculpas formais da parte do papa.
Em novembro de
2006 o Papa visita a
Turquia sob grande protesto da população e forte esquema de segurança. A
revolta turca se deve como
eco às declarações feitas em setembro pelo Sumo Pontífice. O propósito da visita, segundo o
Vaticano, é fomentar o diálogo entre
cristãos e
muçulmanos.
[1]O Papa Bento XVI prepara visita ao
Brasil, país com o maior número de católicos declarados, no mês de maio de 2007, para presidir a abertura da V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano (Celam).
[
editar] Encíclicas
1.
Deus Caritas Est -
25 de janeiro de
2006[
editar] Exortações Apostólicas
1.
Sacramentum Caritatis[
editar] Principais críticas
Uma crítica feita pelos meios de comunicação à escolha de Joseph Ratzinger foi que o papado continua na
Europa e mais uma vez a
América Latina (região do mundo com mais católicos) continua sem ter tido nenhum Papa. Outra foi sobre a postura pouco clara em relação aos crimes de
pedofilia nos
EUA [
Carece de fontes?] e a sua firme negação do
casamento civil entre pessoas do mesmo sexo em todo o mundo.
Outra crítica foi que Bento XVI rejeita a política de
esquerda da
Teologia da Libertação no
terceiro mundo e o uso de métodos contraceptivos artificiais, sendo assim perfeitamente coerente com a doutrina católica.
Bento XVI é contrário à ordenação de mulheres e defende a necessidade de moralidade sexual, estando perfeitamente de acordo com a tradição católica. Para ele, "a única forma clinicamente segura de prevenir a
SIDA (AIDS) é se comportar de acordo com a lei de Deus", com quem concordam todos os movimentos da igreja, como a
Renovação Carismática, os
Focolares, e a
Comunhão e Libertação, por exemplo.
Em
setembro de 2006, Bento XVI provocou protestos no mundo muçulmano, devido a uma citação que fez na
Universidade de Ratisbona (onde lecionou antes de ser nomeado cardeal) durante visita à
Alemanha, em que fez referência à posição do imperador
bizantino Manuel II Paleólogo sobre
Maomé.
[
editar] Ordenações episcopais
O Cardeal Joseph Ratzinger foi o principal sagrante dos
bispos indicados abaixo.
[
editar] Antes do pontificado
1984 -
Alberto Cardeal Bovone (
1922-
1998)
2002 -
Zygmunt Zimowski (
1949-)
2004 -
Josef Clemens (
1947-)
2004 -
Bruno Forte (
1949-)
[
editar] Consistórios
Durante seu primeiro
consistório, Bento XVI criou quinze novos
cardeais (dos quais 12 eleitores, ou seja, purpurados com menos de oitenta anos de idade e que têm direito a voto num futuro
Conclave). Com a criação dos novos doze cardeais eleitores o número ascendeu a 120, limite máximo fixado por
Paulo VI em
1973. Os quinze novos purpurados são:
Carlo Caffarra, arcebispo de
Bolonha.
Antonio Cañizares Llovera, arcebispo de
Toledo.
Stanisław Dziwisz, arcebispo de
Cracóvia (ex-secretário pessoal de
João Paulo II).
Cheong Jin-Suk, arcebispo de
Seul.
William Joseph Levada,
prefeito da
Congregação para a doutrina da fé e arcebispo de
San Francisco.
Sean Patrick O'Malley,
O.F.M. Cap., arcebispo de
Boston.
Jean-Pierre Bernard Ricard, arcebispo de
Bordéus.
Franc Rodé,
prefeito da
Congregação dos Religiosos.
Gaudencio Borbon Rosales, arcebispo de
Manila.
Jorge Liberato Urosa Savino, arcebispo de
Caracas.
Agostino Vallini,
prefeito do
Supremo Tribunal da Signatura Apostólica.
Zen Ze-kiun, arcebispo de
Hong Kong.
não eleitores:
Andrea Cordero Lanza di Montezemolo, arcipreste da
Basílica de São Paulo fora dos Muros em
Roma (primo de
Luca Cordero di Montezemolo, presidente da
Fiat).
Peter Proeku Dery, arcebispo emérito de
Tamale.
Albert Vanhoye,
S.J., ex-benemérito reitor do
Pontifício Instituto Bíblico e secretário da
Pontifícia Comissão Bíblica.
[
editar] Viagens apostólicas realizadas
Na Itália
Bari,
29 de Maio de
2005Manoppello,
1 de Setembro de
2006Verona,
19 de Outubro de
2006Vigevano e
Pavia,
21 e
22 de
abril de
2007Fora da Itália
Alemanha (
Colónia; Jornada Mundial da Juventude) -
18 a
21 de
Agosto de
2005Polónia -
25 a
28 de
Maio de
2006Espanha (
Valência) -
8 a
9 de
Julho de
2006. V Encontro Mundial do Papa com as Famílias
Alemanha (
Munique,
Altötting e
Ratisbona) -
9 a
14 de
Setembro de
2006Turquia -
28 de Novembro a
1 de Dezembro de
2006[
editar] Viagens apostólicas agendadas
Brasil (
São Paulo e
Aparecida) -
maio de 2007 - Ver artigo principal:
Visita de Bento XVI ao BrasilAssis (Itália) -
17 de Junho de 2007
EUA, não tem data confirmada, pode ser em Outubro ou Maio de 2007
América Latina, no mesmo período da viagem ao Brasil (Venezuela, México, Colômbia, Chile e Peru)
Áustria -
Setembro de 2007
China, anuncio no dia
28 de Março de
2006, que quer ir a China, só depende a vontade de Deus.
Canadá - provavelmente em
Junho de 2008
Reino Unido - tem a probabilidade de o Papa fizer a visita comemorando os 25 anos da visita do
Papa João Paulo II no ano de
1982.
Sydney (
Austrália) - 15 a 20 de Julho de
2008, em virtude da Jornada Mundial da Juventude; foi anunciada a sede na visita que o Papa fez a Colônia.
Cidade do México (México) -
2009 em virtude do VI Encontro Mundial da Família, foi anunciado que a sede iria ser no Mexico na visita que esta fez a Valência.
[
editar] Obras publicadas
(não exaustivo)
Durante o papado
Jesus de Nazaré. Sem edição brasileira.
Antes do papado
Dominus Iesus. Loyola, 2000.
O sal da terra. Imago, 1997.
A Igreja e a nova Europa. Verbo (Brasil), 1994.
Eschatology. Catholic University, 1989.
Introdução ao Cristianismo. Loyola, 2005.
La comunione nella Chiesa. San Paolo Edizioni, 2004.
Fede, verita e tolleranza. Cantagalli, 2003.
Il cammino pasquale. Ancora, 2000.
João Paulo II. 2000.
[
editar] Ligações externas
BiografiaViagens apostólicasHomilia de posseO Objetivo de Bento XVIFrases de RatzingerEspecial da Folha de São PauloEntre tantas eminências, Ratzinger foi proeminente -- Daniel JohnsonRatzinger denuncia "ditadura do relativismo" no início do conclave[2] Retratos do Papa Bento XVI (em inglês)
Os Papas de São Pedro a Bento XVI (Relação, cronografia e biografia)[
editar] Ver também
O
Wikiquote tem uma coleção de citações de ou sobre:
Papa Bento XVI.
O
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Começa o conclave para a escolha do papaPredefinição:Papas[
editar] Referências
↑ Bento 16 pisa em "campo minado" na TurquiaO
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Papa Bento XVIPrecedido por
João Paulo IIChefe de Estado do Vaticano2005 - presente