Temos o Poder
Elogio da Dialética
A injustiça avança hoje a passo firme. Os tiranos fazem planos para dez mil anos. O poder apregoa: as coisas continuarão a ser como são. Nenhuma voz além da dos que mandam. E em todos os mercados proclama a exploração; isto é apenas o começo. Mas entre os oprimidos muitos há que agora dizem: Aquilo que nós queremos nunca mais o alcançaremos. Quem ainda está vivo não diga: nunca. O que é seguro não é seguro. As coisas não continuarão a ser como são. Depois de falarem os dominantes. Falarão os dominados. Quem pois ousa dizer: nunca. De quem depende que a opressão prossiga? De nós. De quem depende que ela acabe? Também de nós. O que é esmagado que se levante! O que está perdido, lute! O que sabe ao que se chegou, que há aí que o retenha. E nunca será: ainda hoje. Porque os vencidos de hoje são os vencedores de amanhã.
Por que, diante de tanta injustiça, o proletariado não se rebela contra sua exploração? Para explicar isso deve-se analisar os meios de supressão que o Estado, representante maior dos interesses burgueses, utiliza contra o povo. Existe o Aparelho Ideológico de Dominação e o Aparelho Repressivo. Este último tem o papel de difundir as idéias, princípios e valores burgueses através da violência. Com a força bruta a classe dominante passa ao povo o modo como quer que a sociedade caminhe. Esse aparelho também reprime qualquer tentativa proletária de justiça social.
Porém, o uso de violência, em alguns casos, tem um papel adverso aos interesses da burguesia, unindo o povo ainda mais. Assim sendo há a utilização do Aparelho Ideológico. Este busca neutralizar o conflito entre classes (mantendo os privilégios burgueses) através da propagação da Ideologia da Classe Dominante, que é o conjunto de idéias, crenças e princípios dessa classe. Através de instituições como a Igreja, a Escola, a Mídia, a Universidade, o Estado e a Família a classe dominante procura introjetar os valores burgueses nos proletários. Os capitalistas almejam a propagação do "pensamento único", da uniformização dos seres humanos. Buscam neutralizar as justas revoltas dos trabalhadores bombardeando-os massivamente com a inverossímil idéia de que a sociedade atual é a ideal e assim deve continuar. Taxam os que almejam a igualdade social como retrógrados e aculturados, ou então de neobobos, cassandristas e fracassomaníacos.
Os patrões capitalistas induzem o proletário a ver seu salário como justo. E o fato do pobre morrer de fome deve-se apenas ao desaventurado, por não procurar emprego e não se dedicar. A culpa da passividade proletária, portanto, não é dos trabalhadores. A saída para mudar tal situação é educar e politizar o povo. Mas o Estado, representante da burguesia, não oferece educação crítica às pessoas porque um povo consciente e politizado passa a lutar pelos seus direitos, que vão de encontro com a exploração capitalista. Portanto temos de ler e estudar incessantemente. Invés de ficar assistindo a uma telenovela ou a um filme alienígena paupérrimos culturalmente, abramos um livro, vamos nos inteirar com a nossa comunidade, conhecer os anseios de nossa sociedade. Não podemos ter nossa vida regida pela Ideologia da Classe Dominante.
Devemos ter a consciência de que, para termos igualdade social, não basta dar uma esmola ao mendigo da esquina e dormir o sono dos justos. É necessária uma mudança profunda nas relações sociais e a correta divisão dos meios de produção.
Portanto, desconfie de tudo que lhe é apresentado explicadinho, prontinho. Esse método, não nos fazendo raciocinar, de se apresentar os fatos é o modo de as classes dominantes impedir-nos de questionar a sociedade atual. Apresenta-nos o desenrolar da história como se não houvesse outro modo de tê-la construído. Mas, na verdade, nós podemos nos levantar, agir e escolher novos caminhos. Muitos preferem se abster de tais discussões auto intitulando-se de "apolíticos". Mas esse tipo de pessoa, na realidade, é covarde, omissa e ficando parada está concordando com tudo que está acontecendo. A sociedade e a realidade atual são o trabalho de milhões de pessoas durante séculos de história. Nós as fizemos e nós podemos destruí-las e construir outra alicerçada na igualdade, na fraternidade, na justiça e na liberdade.
E a partir do momento que os meios legais não permitem tal modificação, pois o Estado dominador e opressor não permite que interfiramos nas regalias burguesas, é necessária uma revolução que dê ao povo o básico da dignidade: paz, igualdade, justiça, pão e terra.
Elogio da Dialética
A injustiça avança hoje a passo firme. Os tiranos fazem planos para dez mil anos. O poder apregoa: as coisas continuarão a ser como são. Nenhuma voz além da dos que mandam. E em todos os mercados proclama a exploração; isto é apenas o começo. Mas entre os oprimidos muitos há que agora dizem: Aquilo que nós queremos nunca mais o alcançaremos. Quem ainda está vivo não diga: nunca. O que é seguro não é seguro. As coisas não continuarão a ser como são. Depois de falarem os dominantes. Falarão os dominados. Quem pois ousa dizer: nunca. De quem depende que a opressão prossiga? De nós. De quem depende que ela acabe? Também de nós. O que é esmagado que se levante! O que está perdido, lute! O que sabe ao que se chegou, que há aí que o retenha. E nunca será: ainda hoje. Porque os vencidos de hoje são os vencedores de amanhã.
Por que, diante de tanta injustiça, o proletariado não se rebela contra sua exploração? Para explicar isso deve-se analisar os meios de supressão que o Estado, representante maior dos interesses burgueses, utiliza contra o povo. Existe o Aparelho Ideológico de Dominação e o Aparelho Repressivo. Este último tem o papel de difundir as idéias, princípios e valores burgueses através da violência. Com a força bruta a classe dominante passa ao povo o modo como quer que a sociedade caminhe. Esse aparelho também reprime qualquer tentativa proletária de justiça social.
Porém, o uso de violência, em alguns casos, tem um papel adverso aos interesses da burguesia, unindo o povo ainda mais. Assim sendo há a utilização do Aparelho Ideológico. Este busca neutralizar o conflito entre classes (mantendo os privilégios burgueses) através da propagação da Ideologia da Classe Dominante, que é o conjunto de idéias, crenças e princípios dessa classe. Através de instituições como a Igreja, a Escola, a Mídia, a Universidade, o Estado e a Família a classe dominante procura introjetar os valores burgueses nos proletários. Os capitalistas almejam a propagação do "pensamento único", da uniformização dos seres humanos. Buscam neutralizar as justas revoltas dos trabalhadores bombardeando-os massivamente com a inverossímil idéia de que a sociedade atual é a ideal e assim deve continuar. Taxam os que almejam a igualdade social como retrógrados e aculturados, ou então de neobobos, cassandristas e fracassomaníacos.
Os patrões capitalistas induzem o proletário a ver seu salário como justo. E o fato do pobre morrer de fome deve-se apenas ao desaventurado, por não procurar emprego e não se dedicar. A culpa da passividade proletária, portanto, não é dos trabalhadores. A saída para mudar tal situação é educar e politizar o povo. Mas o Estado, representante da burguesia, não oferece educação crítica às pessoas porque um povo consciente e politizado passa a lutar pelos seus direitos, que vão de encontro com a exploração capitalista. Portanto temos de ler e estudar incessantemente. Invés de ficar assistindo a uma telenovela ou a um filme alienígena paupérrimos culturalmente, abramos um livro, vamos nos inteirar com a nossa comunidade, conhecer os anseios de nossa sociedade. Não podemos ter nossa vida regida pela Ideologia da Classe Dominante.
Devemos ter a consciência de que, para termos igualdade social, não basta dar uma esmola ao mendigo da esquina e dormir o sono dos justos. É necessária uma mudança profunda nas relações sociais e a correta divisão dos meios de produção.
Portanto, desconfie de tudo que lhe é apresentado explicadinho, prontinho. Esse método, não nos fazendo raciocinar, de se apresentar os fatos é o modo de as classes dominantes impedir-nos de questionar a sociedade atual. Apresenta-nos o desenrolar da história como se não houvesse outro modo de tê-la construído. Mas, na verdade, nós podemos nos levantar, agir e escolher novos caminhos. Muitos preferem se abster de tais discussões auto intitulando-se de "apolíticos". Mas esse tipo de pessoa, na realidade, é covarde, omissa e ficando parada está concordando com tudo que está acontecendo. A sociedade e a realidade atual são o trabalho de milhões de pessoas durante séculos de história. Nós as fizemos e nós podemos destruí-las e construir outra alicerçada na igualdade, na fraternidade, na justiça e na liberdade.
E a partir do momento que os meios legais não permitem tal modificação, pois o Estado dominador e opressor não permite que interfiramos nas regalias burguesas, é necessária uma revolução que dê ao povo o básico da dignidade: paz, igualdade, justiça, pão e terra.
No comments:
Post a Comment