Por Sérgio Augusto Pelicano
O poder corrompe o homem?
Atribui-se a John Emerich Edward Dalberg Acton, (1834-1902) filósofo e historiador inglês, a frase: “o poder corrompe”. Em análise superficial, pela visão que o panorama político brasileiro nos oferece hoje, o abuso de poder, a corrupção, mostrada pela CPIs, tem-se a falsa impressão de que o barão de Acton tinha razão. Entretanto, a generalização do fato leva-nos a erro, uma vez que o poder conquistado pelas mentes sadias, respaldadas pela autoridade natural que se lhes atribuem a própria sociedade, tem beneficiado em muito a nossa organização humana. Uma das causas do aumento da corrupção no comportamento humano é o pensamento materialista, o “morreu acabou” que faz o homem pensar somente no imediato e, então, buscar a felicidade no agora, aqui mesmo. Pensa que ser feliz está diretamente relacionado com o que esta única existência possa lhe proporcionar. Precisa do poder para se sentir seguro. Normalmente o materialista acredita no acaso e este não lhe garante coisa alguma, uma vez que em sendo assim, precisa se organizar como se tudo dependesse de seu poder, portanto, única forma de conquistar a felicidade. Aí, desavisado de que a vida não se resume apenas na matéria, achando que sua ação não tem testemunha, pensa que a felicidade possa ser conseguida por meios ilícitos e procede como se tudo estivesse, apenas, sob seu controle. Triste engano comete aquele que pensou somente em si mesmo e utilizou de meios indignos para conseguir os seus fins. O mundo é organizado nos mínimos detalhes por inteligências superiores, que nos observam a cada instante. Não interferem em nosso comportamento, visto que são mestres e sabem perfeitamente de que precisamos exercer o livre arbítrio ao tomarmos nossas decisões. Entretanto, diante da decisão, algo nos aponta o caminho do bem. Não há quem não saiba distinguir o bem do mal. Mecanismos sofisticados de que todo ser é dotado por natureza, informam por auto-análise, o nosso comportamento diante de cada decisão. É a nossa consciência a nos mostrar a própria ação. Por mais que tentemos adormecê-la com as falsas justificativas, engendradas para acobertar nossos atos, no íntimo, diante do erro, sabemos que não agimos para o bem. Estamos de passagem por este mundo, e por mais brilhante possam ser as coisas que o momento nos oferece, são sempre passageiras ilusões que a morte do corpo físico, inevitavelmente, transforma. Podemos desencarnar nesse minuto ou aqui vivermos por muitos e muitos anos, mas uma coisa é certa, nós vamos nos transferir para outro lugar, deixando a matéria, de forma que dela nada poderemos aproveitar. Diz o dito popular que a mortalha não tem bolso e não dá para mandarmos fazer uma gaveta no caixão para levarmos nossos bens. Nada nos pertence, somos usufrutuários de posses provisórias. Temos de nosso apenas o que sabe o nosso Espírito imortal. O poder é um destes testes pelo qual o Espírito passa em determinada encarnação. É uma das mais difíceis provas para o ser humano. Se o indivíduo ainda não adquiriu suficiente maturidade, pode cometer erros graves, deixando-se seduzir pelas benesses que o poder lhe proporciona. O poder pode mostrar aquele que já era predisposto à corrupção, mas jamais corromperá o homem de bem.
EM BUSCA.....
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..Imagem Pixabay.
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.....*..DO OUTRO*
Não é à toa que entendo os que buscam caminho. Como busquei arduamente o
meu!
*E como hoje busco com sofregu...
5 days ago
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