Rogério Martins_Psicólogo, Psicoterapeuta e Escritor O cérebro no trabalho - última parte
O cérebro, esse diretorPara obter ainda mais engajamento, peça aos funcionários que proponham estratégias na reunião e os envolva no debate. "Lá dentro, o cérebro está religando seus dendritos conectores - responsáveis pela maneira como o cérebro recebe as mensagens - para outras coisas que não aquelas que você esteja discutindo", diz Weber. Então, você não está apenas aumentando o poder mental durante a reunião, mas reconectando cérebros para ter melhores idéias depois. E mais, você ativa os dendritos dos participantes da reunião - aqueles neurônios que captam as informações - se der uma tarefa na direção oposta ao problema.Por exemplo, Weber trabalhou com uma profissional de RH que lutava contra o moral baixo de funcionários que reclamavam diariamente de alguns problemas. Cansada de ouvir as lamentações, ela disse: "Não quero mais saber de um problema a menos que vocês apresentem pelo menos uma parte da solução."Weber explica o que aconteceu depois, em termos neurocientíficos: "No dia seguinte, o gânglio basal estava ativo, e continuaram as reclamações sobre os problemas sem solução". Um funcionário entrou na sala da profissional de RH. Ele não tinha uma solução, então ela o mandou sair."Cerca de três dias depois, os funcionários perceberam que ela estava falando sério. Então, uma outra pessoa entrou em sua sala com uma solução para o problema. A profissional de RH concordou e apoiou a solução, levada à frente com pequenos ajustes para mantê-la dentro do orçamento."Essa simples mudança transformou a dinâmica dos funcionários - e de seus cérebros - ao ser delegado o controle para eles. "A conversa no gânglio basal deixou de ser focada no problema para ficar focada na solução", conta Weber. "Quando as pessoas daquele departamento foram dormir, elas reconfiguraram seus cérebros para novos comportamentos."Iniciativas de gestão de mudança, de acordo com neurocientistas, serão mais bem-sucedidas quando a responsabilidade for transferida àqueles que precisam acreditar nas mudanças - os funcionários. Os neurocientistas chamam isso de "neuroplasticidade autodirigida", criando mais conectividade no cérebro.No horizonteDescobertas baseadas em neurociência sobre o comportamento humano surgem a cada semana e incluem revelações que exercem impacto real na gestão das empresas. Por exemplo, pesquisadores querem entender "por que ficar atento tem impacto significativo na saúde e na performance", diz Rock. "A atenção é a habilidade em observar o funcionamento do seu cérebro. O que é a autoconsciência? Por que ela é tão importante? Por que é tão importante saber por que você faz as coisas que faz? Todo programa de treinamento diz que você precisa de mais autoconsciência. Por quê? A neurociência está estudando isso."Outra pesquisa estuda a "reavaliação", a habilidade de olhar para uma determinada situação e mudar a sua interpretação sobre ela, explica Rock. Por exemplo, você vê o seu chefe adentrando o hall com passadas rápidas e pesadas e, em vez de concluir prontamente que você está prestes a ser demitido, você reavalia a situação para o que ela é - seu chefe está tendo um dia ruim. Reavaliar modifica a interpretação do seu cérebro acerca do evento, arrefece a resposta da amígdala e modifica os seus atos, explica Rock.Esses insights cognitivos podem mudar o modo como as pessoas trabalharão no futuro. "Estamos próximos de entender exatamente por que uma reunião deu errado ou como preparar a melhor sessão de brainstorming possível ou como dar feedback", diz Rock."Estamos próximos dessas respostas ao compreendermos a fisiologia oculta."
O cérebro, esse diretorPara obter ainda mais engajamento, peça aos funcionários que proponham estratégias na reunião e os envolva no debate. "Lá dentro, o cérebro está religando seus dendritos conectores - responsáveis pela maneira como o cérebro recebe as mensagens - para outras coisas que não aquelas que você esteja discutindo", diz Weber. Então, você não está apenas aumentando o poder mental durante a reunião, mas reconectando cérebros para ter melhores idéias depois. E mais, você ativa os dendritos dos participantes da reunião - aqueles neurônios que captam as informações - se der uma tarefa na direção oposta ao problema.Por exemplo, Weber trabalhou com uma profissional de RH que lutava contra o moral baixo de funcionários que reclamavam diariamente de alguns problemas. Cansada de ouvir as lamentações, ela disse: "Não quero mais saber de um problema a menos que vocês apresentem pelo menos uma parte da solução."Weber explica o que aconteceu depois, em termos neurocientíficos: "No dia seguinte, o gânglio basal estava ativo, e continuaram as reclamações sobre os problemas sem solução". Um funcionário entrou na sala da profissional de RH. Ele não tinha uma solução, então ela o mandou sair."Cerca de três dias depois, os funcionários perceberam que ela estava falando sério. Então, uma outra pessoa entrou em sua sala com uma solução para o problema. A profissional de RH concordou e apoiou a solução, levada à frente com pequenos ajustes para mantê-la dentro do orçamento."Essa simples mudança transformou a dinâmica dos funcionários - e de seus cérebros - ao ser delegado o controle para eles. "A conversa no gânglio basal deixou de ser focada no problema para ficar focada na solução", conta Weber. "Quando as pessoas daquele departamento foram dormir, elas reconfiguraram seus cérebros para novos comportamentos."Iniciativas de gestão de mudança, de acordo com neurocientistas, serão mais bem-sucedidas quando a responsabilidade for transferida àqueles que precisam acreditar nas mudanças - os funcionários. Os neurocientistas chamam isso de "neuroplasticidade autodirigida", criando mais conectividade no cérebro.No horizonteDescobertas baseadas em neurociência sobre o comportamento humano surgem a cada semana e incluem revelações que exercem impacto real na gestão das empresas. Por exemplo, pesquisadores querem entender "por que ficar atento tem impacto significativo na saúde e na performance", diz Rock. "A atenção é a habilidade em observar o funcionamento do seu cérebro. O que é a autoconsciência? Por que ela é tão importante? Por que é tão importante saber por que você faz as coisas que faz? Todo programa de treinamento diz que você precisa de mais autoconsciência. Por quê? A neurociência está estudando isso."Outra pesquisa estuda a "reavaliação", a habilidade de olhar para uma determinada situação e mudar a sua interpretação sobre ela, explica Rock. Por exemplo, você vê o seu chefe adentrando o hall com passadas rápidas e pesadas e, em vez de concluir prontamente que você está prestes a ser demitido, você reavalia a situação para o que ela é - seu chefe está tendo um dia ruim. Reavaliar modifica a interpretação do seu cérebro acerca do evento, arrefece a resposta da amígdala e modifica os seus atos, explica Rock.Esses insights cognitivos podem mudar o modo como as pessoas trabalharão no futuro. "Estamos próximos de entender exatamente por que uma reunião deu errado ou como preparar a melhor sessão de brainstorming possível ou como dar feedback", diz Rock."Estamos próximos dessas respostas ao compreendermos a fisiologia oculta."
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