A Dança Como Eficiente Terapia Em Expressão Artística
Aliados para o bem
Arte e saúde, tudo a ver
Contemplar um quadro ou ver nascer das próprias mãos uma pintura, um bordado, seja o que for, põe seu lado criativo para funcionar. Hoje acredita-se que isso pode até mesmo ajudar a tratar problemas crônicos e distúrbios psicológicos.
Por Débora Mamber-Revista Saúde.
Você, que acaba de chegar a esta reportagem, talvez esteja se indagando, um tanto intrigado: o que faz nas páginas de uma revista sobre saúde a deusa que se espreguiça? Em vez de responder à pergunta logo de cara, convido-o a tomar alguns minutos de seu tempo para apreciar os detalhes desta pintura, intitulada O Nascimento de Vênus. Observe o azul profundo do mar e suas ondas. Perceba a luz que emana da fi gura da mulher e dos anjos que a rodeiam. Deleite-se, assim como ela, esticando o tempo e desfrutando cada volta do ponteiro do relógio.
Você pode não ter notado, mas, nos breves momentos em que sua atenção se voltou para as pinceladas do francês Alexandre Cabanel (1823-1889), sua mente desviou-se das preocupações do cotidiano. Diversas áreas de seu cérebro foram ativadas para compreender cores, contrastes, formas. Até o ritmo da respiração pode ter mudado, ainda que sutilmente. Pois bem. E a saúde com isso? "Quando estamos doentes, uma das coisas que mais nos ajudam a sair da crise é o entusiasmo", garante a arteterapeuta Selma Ciornai, do Instituto Sedes Sapientae, em São Paulo. Ela explica que, favorecido pelo estado de relaxamento, o sistema imunológico responde positivamente. Por esse motivo, a arte vem sendo utilizada como coadjuvante no tratamento de uma série de doenças físicas e emocionais em vários hospitais e institutos do Brasil e do mundo.
Embora qualquer arte favoreça a criatividade e o entusiasmo, cada forma de expressão artística atua em diferentes áreas da cognição (veja o quadro ao lado). O Hospital Samaritano, em São Paulo, escolheu o cinema como meio de promover saúde. "A partir de um filme, podemos lidar de modo diferente com o que está acontecendo na nossa vida", afirma a psiquiatra June Melles Megre, coordenadora do projeto Cine Debate, que faz sessões mensais e gratuitas para, a partir do enredo na telona, discutir problemas psiquiátricos. Segundo ela, quando enxergamos uma faceta de nossa história na pele de um personagem do cinema, temos maiores condições de repensar sobre nossa própria maneira de nos relacionar com o mundo.
Apreciar cores, formas, luzes e sombras de uma obra de arte ativa o cérebro, induz o relaxamento e beneficia o sistema imune
PINTE, BORDE, TOQUE...- Desenho e pintura: atuam na coordenação motora, na capacidade de organização e, graças às cores, ajudam a equilibrar as emoções.- Música: promove o contato profundo da pessoa consigo mesma.- Escultura: ativa a sensibilidade tátil e a musculatura, além de esvaziar a mente.- Dança: favorece o uso do espaço, a coordenação motora, o equilíbrio e o desenvolvimento do corpo.- Teatro: amplia a capacidade de se colocar no lugar do outro e desenvolve a autopercepção.- Bordado e tricô: desenvolvem o raciocínio lógico.
[img01] E se nos transportarmos do papel de espectador para o de artista? Ao desenhar, atuar, esculpir, buscamos maneiras de expressar sentimentos e organizar pensamentos. Sem contar que botamos nosso corpo em ação. "O doente crônico tende à imobilidade, porque acha que se fizer algum esforço vai doer, vai abalar. Na arteterapia ele é ativo o tempo todo e isso o traz de volta ao ciclo criativo da vida," opina Joya Eliezer, presidenta da Associação Brasileira de Arteterapia.
Foi o que aconteceu com a terapeuta paulistana Regina Chiesa. Em 1994 ela soube que estava com câncer de mama. Incentivada pelo médico, começou a pintar aquarelas numa oficina de terapia artística. Suas obras ajudaram-na a pôr as emoções para fora. "Tive muitos insights. Foi como se a doença tivesse me dado uma oportunidade de me abrir", conta. A experiência não apenas tornou a quimioterapia e a recuperação menos sofridas, mas também deu novo sentido à vida de Regina, que hoje usa a arteterapia em pacientes com câncer no Centro Oncológico de Recuperação e Apoio (Cora), em São Paulo. "Eles enfrentam a dor com mais serenidade e o resultado do tratamento é melhor", observa.
Você, que acaba de chegar a esta reportagem, talvez esteja se indagando, um tanto intrigado: o que faz nas páginas de uma revista sobre saúde a deusa que se espreguiça? Em vez de responder à pergunta logo de cara, convido-o a tomar alguns minutos de seu tempo para apreciar os detalhes desta pintura, intitulada O Nascimento de Vênus. Observe o azul profundo do mar e suas ondas. Perceba a luz que emana da fi gura da mulher e dos anjos que a rodeiam. Deleite-se, assim como ela, esticando o tempo e desfrutando cada volta do ponteiro do relógio.
Você pode não ter notado, mas, nos breves momentos em que sua atenção se voltou para as pinceladas do francês Alexandre Cabanel (1823-1889), sua mente desviou-se das preocupações do cotidiano. Diversas áreas de seu cérebro foram ativadas para compreender cores, contrastes, formas. Até o ritmo da respiração pode ter mudado, ainda que sutilmente. Pois bem. E a saúde com isso? "Quando estamos doentes, uma das coisas que mais nos ajudam a sair da crise é o entusiasmo", garante a arteterapeuta Selma Ciornai, do Instituto Sedes Sapientae, em São Paulo. Ela explica que, favorecido pelo estado de relaxamento, o sistema imunológico responde positivamente. Por esse motivo, a arte vem sendo utilizada como coadjuvante no tratamento de uma série de doenças físicas e emocionais em vários hospitais e institutos do Brasil e do mundo.
Embora qualquer arte favoreça a criatividade e o entusiasmo, cada forma de expressão artística atua em diferentes áreas da cognição (veja o quadro ao lado). O Hospital Samaritano, em São Paulo, escolheu o cinema como meio de promover saúde. "A partir de um filme, podemos lidar de modo diferente com o que está acontecendo na nossa vida", afirma a psiquiatra June Melles Megre, coordenadora do projeto Cine Debate, que faz sessões mensais e gratuitas para, a partir do enredo na telona, discutir problemas psiquiátricos. Segundo ela, quando enxergamos uma faceta de nossa história na pele de um personagem do cinema, temos maiores condições de repensar sobre nossa própria maneira de nos relacionar com o mundo.
Apreciar cores, formas, luzes e sombras de uma obra de arte ativa o cérebro, induz o relaxamento e beneficia o sistema imune
PINTE, BORDE, TOQUE...- Desenho e pintura: atuam na coordenação motora, na capacidade de organização e, graças às cores, ajudam a equilibrar as emoções.- Música: promove o contato profundo da pessoa consigo mesma.- Escultura: ativa a sensibilidade tátil e a musculatura, além de esvaziar a mente.- Dança: favorece o uso do espaço, a coordenação motora, o equilíbrio e o desenvolvimento do corpo.- Teatro: amplia a capacidade de se colocar no lugar do outro e desenvolve a autopercepção.- Bordado e tricô: desenvolvem o raciocínio lógico.
Beto Hacker
Regina Chelsea encontrou na arte um bom recurso terapêutico durante o tratamento de um câncer de mamaE se nos transportarmos do papel de espectador para o de artista? Ao desenhar, atuar, esculpir, buscamos maneiras de expressar sentimentos e organizar pensamentos. Sem contar que botamos nosso corpo em ação. "O doente crônico tende à imobilidade, porque acha que se fizer algum esforço vai doer, vai abalar. Na arteterapia ele é ativo o tempo todo e isso o traz de volta ao ciclo criativo da vida," opina Joya Eliezer, presidenta da Associação Brasileira de Arteterapia.
Foi o que aconteceu com a terapeuta paulistana Regina Chiesa. Em 1994 ela soube que estava com câncer de mama. Incentivada pelo médico, começou a pintar aquarelas numa oficina de terapia artística. Suas obras ajudaram-na a pôr as emoções para fora. "Tive muitos insights. Foi como se a doença tivesse me dado uma oportunidade de me abrir", conta. A experiência não apenas tornou a quimioterapia e a recuperação menos sofridas, mas também deu novo sentido à vida de Regina, que hoje usa a arteterapia em pacientes com câncer no Centro Oncológico de Recuperação e Apoio (Cora), em São Paulo. "Eles enfrentam a dor com mais serenidade e o resultado do tratamento é melhor", observa.
Arte e saúde, tudo a ver
Contemplar um quadro ou ver nascer das próprias mãos uma pintura, um bordado, seja o que for, põe seu lado criativo para funcionar. Hoje acredita-se que isso pode até mesmo ajudar a tratar problemas crônicos e distúrbios psicológicos.
Por Débora Mamber-Revista Saúde.
Você, que acaba de chegar a esta reportagem, talvez esteja se indagando, um tanto intrigado: o que faz nas páginas de uma revista sobre saúde a deusa que se espreguiça? Em vez de responder à pergunta logo de cara, convido-o a tomar alguns minutos de seu tempo para apreciar os detalhes desta pintura, intitulada O Nascimento de Vênus. Observe o azul profundo do mar e suas ondas. Perceba a luz que emana da fi gura da mulher e dos anjos que a rodeiam. Deleite-se, assim como ela, esticando o tempo e desfrutando cada volta do ponteiro do relógio.
Você pode não ter notado, mas, nos breves momentos em que sua atenção se voltou para as pinceladas do francês Alexandre Cabanel (1823-1889), sua mente desviou-se das preocupações do cotidiano. Diversas áreas de seu cérebro foram ativadas para compreender cores, contrastes, formas. Até o ritmo da respiração pode ter mudado, ainda que sutilmente. Pois bem. E a saúde com isso? "Quando estamos doentes, uma das coisas que mais nos ajudam a sair da crise é o entusiasmo", garante a arteterapeuta Selma Ciornai, do Instituto Sedes Sapientae, em São Paulo. Ela explica que, favorecido pelo estado de relaxamento, o sistema imunológico responde positivamente. Por esse motivo, a arte vem sendo utilizada como coadjuvante no tratamento de uma série de doenças físicas e emocionais em vários hospitais e institutos do Brasil e do mundo.
Embora qualquer arte favoreça a criatividade e o entusiasmo, cada forma de expressão artística atua em diferentes áreas da cognição (veja o quadro ao lado). O Hospital Samaritano, em São Paulo, escolheu o cinema como meio de promover saúde. "A partir de um filme, podemos lidar de modo diferente com o que está acontecendo na nossa vida", afirma a psiquiatra June Melles Megre, coordenadora do projeto Cine Debate, que faz sessões mensais e gratuitas para, a partir do enredo na telona, discutir problemas psiquiátricos. Segundo ela, quando enxergamos uma faceta de nossa história na pele de um personagem do cinema, temos maiores condições de repensar sobre nossa própria maneira de nos relacionar com o mundo.
Apreciar cores, formas, luzes e sombras de uma obra de arte ativa o cérebro, induz o relaxamento e beneficia o sistema imune
PINTE, BORDE, TOQUE...- Desenho e pintura: atuam na coordenação motora, na capacidade de organização e, graças às cores, ajudam a equilibrar as emoções.- Música: promove o contato profundo da pessoa consigo mesma.- Escultura: ativa a sensibilidade tátil e a musculatura, além de esvaziar a mente.- Dança: favorece o uso do espaço, a coordenação motora, o equilíbrio e o desenvolvimento do corpo.- Teatro: amplia a capacidade de se colocar no lugar do outro e desenvolve a autopercepção.- Bordado e tricô: desenvolvem o raciocínio lógico.
[img01] E se nos transportarmos do papel de espectador para o de artista? Ao desenhar, atuar, esculpir, buscamos maneiras de expressar sentimentos e organizar pensamentos. Sem contar que botamos nosso corpo em ação. "O doente crônico tende à imobilidade, porque acha que se fizer algum esforço vai doer, vai abalar. Na arteterapia ele é ativo o tempo todo e isso o traz de volta ao ciclo criativo da vida," opina Joya Eliezer, presidenta da Associação Brasileira de Arteterapia.
Foi o que aconteceu com a terapeuta paulistana Regina Chiesa. Em 1994 ela soube que estava com câncer de mama. Incentivada pelo médico, começou a pintar aquarelas numa oficina de terapia artística. Suas obras ajudaram-na a pôr as emoções para fora. "Tive muitos insights. Foi como se a doença tivesse me dado uma oportunidade de me abrir", conta. A experiência não apenas tornou a quimioterapia e a recuperação menos sofridas, mas também deu novo sentido à vida de Regina, que hoje usa a arteterapia em pacientes com câncer no Centro Oncológico de Recuperação e Apoio (Cora), em São Paulo. "Eles enfrentam a dor com mais serenidade e o resultado do tratamento é melhor", observa.
Você, que acaba de chegar a esta reportagem, talvez esteja se indagando, um tanto intrigado: o que faz nas páginas de uma revista sobre saúde a deusa que se espreguiça? Em vez de responder à pergunta logo de cara, convido-o a tomar alguns minutos de seu tempo para apreciar os detalhes desta pintura, intitulada O Nascimento de Vênus. Observe o azul profundo do mar e suas ondas. Perceba a luz que emana da fi gura da mulher e dos anjos que a rodeiam. Deleite-se, assim como ela, esticando o tempo e desfrutando cada volta do ponteiro do relógio.
Você pode não ter notado, mas, nos breves momentos em que sua atenção se voltou para as pinceladas do francês Alexandre Cabanel (1823-1889), sua mente desviou-se das preocupações do cotidiano. Diversas áreas de seu cérebro foram ativadas para compreender cores, contrastes, formas. Até o ritmo da respiração pode ter mudado, ainda que sutilmente. Pois bem. E a saúde com isso? "Quando estamos doentes, uma das coisas que mais nos ajudam a sair da crise é o entusiasmo", garante a arteterapeuta Selma Ciornai, do Instituto Sedes Sapientae, em São Paulo. Ela explica que, favorecido pelo estado de relaxamento, o sistema imunológico responde positivamente. Por esse motivo, a arte vem sendo utilizada como coadjuvante no tratamento de uma série de doenças físicas e emocionais em vários hospitais e institutos do Brasil e do mundo.
Embora qualquer arte favoreça a criatividade e o entusiasmo, cada forma de expressão artística atua em diferentes áreas da cognição (veja o quadro ao lado). O Hospital Samaritano, em São Paulo, escolheu o cinema como meio de promover saúde. "A partir de um filme, podemos lidar de modo diferente com o que está acontecendo na nossa vida", afirma a psiquiatra June Melles Megre, coordenadora do projeto Cine Debate, que faz sessões mensais e gratuitas para, a partir do enredo na telona, discutir problemas psiquiátricos. Segundo ela, quando enxergamos uma faceta de nossa história na pele de um personagem do cinema, temos maiores condições de repensar sobre nossa própria maneira de nos relacionar com o mundo.
Apreciar cores, formas, luzes e sombras de uma obra de arte ativa o cérebro, induz o relaxamento e beneficia o sistema imune
PINTE, BORDE, TOQUE...- Desenho e pintura: atuam na coordenação motora, na capacidade de organização e, graças às cores, ajudam a equilibrar as emoções.- Música: promove o contato profundo da pessoa consigo mesma.- Escultura: ativa a sensibilidade tátil e a musculatura, além de esvaziar a mente.- Dança: favorece o uso do espaço, a coordenação motora, o equilíbrio e o desenvolvimento do corpo.- Teatro: amplia a capacidade de se colocar no lugar do outro e desenvolve a autopercepção.- Bordado e tricô: desenvolvem o raciocínio lógico.
Beto Hacker
Regina Chelsea encontrou na arte um bom recurso terapêutico durante o tratamento de um câncer de mamaE se nos transportarmos do papel de espectador para o de artista? Ao desenhar, atuar, esculpir, buscamos maneiras de expressar sentimentos e organizar pensamentos. Sem contar que botamos nosso corpo em ação. "O doente crônico tende à imobilidade, porque acha que se fizer algum esforço vai doer, vai abalar. Na arteterapia ele é ativo o tempo todo e isso o traz de volta ao ciclo criativo da vida," opina Joya Eliezer, presidenta da Associação Brasileira de Arteterapia.
Foi o que aconteceu com a terapeuta paulistana Regina Chiesa. Em 1994 ela soube que estava com câncer de mama. Incentivada pelo médico, começou a pintar aquarelas numa oficina de terapia artística. Suas obras ajudaram-na a pôr as emoções para fora. "Tive muitos insights. Foi como se a doença tivesse me dado uma oportunidade de me abrir", conta. A experiência não apenas tornou a quimioterapia e a recuperação menos sofridas, mas também deu novo sentido à vida de Regina, que hoje usa a arteterapia em pacientes com câncer no Centro Oncológico de Recuperação e Apoio (Cora), em São Paulo. "Eles enfrentam a dor com mais serenidade e o resultado do tratamento é melhor", observa.
Fonte : Pequisa Internet
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