BIOGRAFIA
Oswaldo Montenegro: um errante com caminho fadado ao sucesso.
Cantor, compositor, escritor, descobridor de novos talentos, poeta, diretor de peças, produtor... O dom de Oswaldo Viveiros Montenegro é latente, pujante. Nascido em 15 de março de 1956, no Grajaú, Rio de Janeiro, Oswaldo passou sua infância lendo Júlio Verne e Monteiro Lobato. Aos sete anos mudou-se com a família para São João Del Rey e cresceu mais um pouquinho acompanhando os seresteiros da cidade. Em 1964 já estudava violão e escreveu sua primeira música, Lenheiro, nome do rio que corta a cidade.
Aos 13 anos, o serelepe menino está de volta ao Rio de Janeiro, onde venceu seu primeiro festival com a Canção Pra Ninar Irmã Pequena, música que mais tarde gravaria na trilha de vídeo O Vale Encantado.
A família itinerante desta vez muda-se para Brasília. A cidade logo toma conta do coração de Oswaldo, que mais tarde recebe o título de cidadão honorário. Nesta época, já com quatorze anos, Oswaldo conhece o maestro Otávio Maul. Dessa convivência, surge a paixão pela música erudita e o artista embrenha-se pelo mundo dos concertos e obras musicais.
Em 1972, com a música Automóvel, Oswaldo classifica-se no primeiro festival de vulto nacional, o Festival Internacional da Canção, da Rede Globo. Dois anos depois, já escrevia sua primeira peça musical, João sem nome, encenada em 1975, no Teatro Martins Pena, de Brasília. Sem Mandamentos é o seu primeiro CD a levar o selo de uma grande gravadora, a Som Livre.
Trilhas, disco lançado em 1977, é gravado independente e conta com a produção do amigo Frank Justo Acker. No ano seguinte, foi convidado a gravar pela WEA Poeta Maldito, Moleque Vadio. Deste trabalho a canção mais lembrada é Sem Puder Sem Medo, mas a favorita de Oswaldo é Quem Havia de Dizer.
Em 1979, correndo o risco de ser dispensado da gravadora pela fraca vendagem de seu último CD, Oswaldo estoura no festival da extinta TV Tupi, com a música Bandolins. No ano seguinte, ganha o primeiro lugar no festivak da Globo MPB-80 com Agonia. A partir daí, faz excursões nacionais, toca em grandes teatros, entra na mídia. O patamar de Oswaldo muda. Ainda em 80, lança Oswaldo Montenegro, alcançando seu primeiro disco de ouro. Neste disco, tem a música Por Brilho, que foi composta com sua ex-companheira e agora amiga de todas as horas Madalena, a Madá.
Na reta oposta
Com Asa de Luz, Oswaldo conquista o sucesso total, torna-se conhecido do grande público. Ao contrário da maioria, o artista abandona tudo e volta para Brasília, onde monta mais um espetáculo musical, o Veja Você, Brasília. No elenco estavam as até então desconhecidas Cássia Eller e Zélia Duncan.
Ao mesmo tempo em que não aceitava o anonimato, Oswaldo rejeita o sucesso. Sua crise durou muito tempo e até o levou a passar quatro meses em uma aldeia de pescadores, em Saquarema, Brasília. O rompimento com a gravadora foi amigável, mas necessária para ambas as partes.
Em 1982, Oswaldo passou a viajar com seus espetáculos teatrais por todo o país. Cada novo trabalho no palco, era acompanhado de um disco com o mesmo tema de suas peças, entre eles Cristal e Dança dos Signos. Na peça Léo e Bia, Oswaldo contou com as estreantes Isabela Garcia e Teresa Seiblitz no elenco.
De volta aos festivais, o artista traz a música O Condor, em que cantou com um coro de 25 negros. Nesta época, Oswaldo lança o Drops de Hortelã com a participação de Glória Pires.
De suas andanças pelo Brasil, de seu gosto pela conversa fiada, da descoberta de novas pessoas, novos pensamentos, Oswaldo conheceu Milton Guedes, um saxofonista de Brasília brilhante, que largou tudo durante a madrugada e seguiu de dia com Oswaldo para o Rio de Janeiro.
Em 1987, nasce o disco Aldeia dos Ventos. O trabalho rendeu prazer ao artista, que conseguiu separar o cantor do compositor. "Cantei apenas uma música. Cantaram Zizi Possi, Ney Matogrosso, Gonzaguinha, Lucinha Lins, José Alexandre, Glória Pires, entre outros."
Lua e Flor, do CD Oswaldo Montenegro Ao Vivo, de 1989, tornou-se canção-tema do personagem principal da novela O Salvador da Pátria, da Rede Globo. O disco também tornou-se o mais vendido de sua carreira.
Vida de Artista (1991), Mulungo (1992) e em Seu Francisco (1993), um disco só com músicas de Chico Buarque de Holanda. Em 1994, Oswaldo lança seu primeiro livro, O Vale Encantado. Neste mesmo ano fez sua primeira excursão fora do Brasil, fazendo shows por muitas cidades do Estados Unidos.
Em 95, lança o CD Aos Filhos dos Hippies, que conta com a participação de Carlos Vereza e Geraldo Azevedo. Inovando sempre, no final de 96, realizou em Curitiba, BH, Juiz de Fora e Brasília um espetáculo diferente: convidou um coral de cada uma dessas cidades para participar de seu espetáculo. Letras Brasileiras surgiu de um papo com Roberto Menescal enquanto esperavam um vôo.
Oswaldo já foi tema da Escola de Samba Mocidade Independente do Gama. Atualmente, o artista está fazendo shows com as músicas do CD Entre Uma Balada e Um Blues, de produção de Roberto Menescal. Dedica-se, também, à série Só Pra Colecionadores, de CDs independentes, de tiragem limitadíssima, vendidos apenas via internet.
Em mais de 20 anos de carreira e com tantas histórias para contar, fica difícil saber qual será a próxima idéia de Oswaldo Montenegro, mas fácil saber do que é movida sua vida. Com suas próprias palavras, a explicação:
"...Que a Arte me aponte uma resposta mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar pois é preciso simplicidade para fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia, a outra metade é canção
Que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor e a outra metade também ."
EM BUSCA.....
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..Imagem Pixabay.
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.....*..DO OUTRO*
Não é à toa que entendo os que buscam caminho. Como busquei arduamente o
meu!
*E como hoje busco com sofregu...
5 days ago
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