By Sandra Waihrich Tatit
A linguagem das hipérboles é linda, a empatia, o cumprimento arbitrário das conveções pré estabelecidas é cansativo, no entanto, é delicioso demais, degustarmos o sabor de todas as coisas, em sua essência original, instintiva e intuitiva, mesmo as ditas proibidas, estas são as mais fascinantes. A sujeição exagerada às normais sociais, em um momento da vida é válida, depois se torna enfadonha, nosso ser grita por algo mais, além do trivial, transcende a mera expectativa, limitada por normas sociais, padrões ultrapassados, leis revogadas. Assim, adentramos em uma nova esfera mais ousada, rompemos com as normas pré estabelecidas, as uvas tornam-se melhores que o próprio vinho, são integrais e deliciosas. Benditas metáforas que me ensejam falar assim. Mesmo sem perspectivas para o futuro, urge que vivamos o presente intensamente, sem receio das emoções fortes, elas existirão sempre, gritam em nós e por elas nos fascinamos. Não há limite de tempo, para a degustação dos saborosos vinhos nas tabernas da vida, não há tempo para o cumprimento arbitrário de contratos pré estabelecidos, convenções tolas, nem fomos feitos, em nossa natureza originária, para cumprir regras rígidas. A busca do prazer e da realização, pode acontecer também pelo pensamento, pela emoção, alaborados pela criatividade de um artista, ávido pela transformação da matéria bruta, em fascinante senda de sublimidade. Não podemos exigir de nós, nada além do que queremos ou sentimos vontade de realizar, esta é a nossa verdadeira natureza. 'In vino veritas', diz o provérbio latino, no vinho, a verdade. Estamos com as uvas, maduras e deliciosas, estamos maduros e sedutores, experientes e ávidos, precisamos degustá-las urgentemente, o tempo nos consome, precisamos viver.
Sandra Waihrich Tatit
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