A ARTE, A VIRTUALIDADE E A CIBERNÉTICA
By Sandra Waihrich Tatit
A Arte surrealista, existencialista, abstracionista, cubista, transformista por vocação e emoção, sensual, instiga à reflexão, profundamente subjetiva, onde tudo é válido, languidamente, a realidade se transforma e atinge o imaginário de cada um, o imaginário mais escondido, as emoções fortes e reprimidas, uma vontade intensa e compulsiva, de sonhar mundos estranhos e multiformes, plurufacetados, multipolifuncionais, quase reais, com gotas se sonhos. Em stand bay ou slow motion, observa o mundo finito, vagarosamente atinge o envolvente estado fantástico, satírico, as mímicas se unem aos passos dos seres, nas calçadas, os homens quase máquinas, viram gente. A virtualidade explode o potencial humano, a cibernética grita como a ciência do futuro e, o homem a absorve involuntariamente, sente emoções estranhas e envolventes, excitantes, ama o teclado do computador, suas mãos deixam o piano, atingem impunemente o mouse, todos os anos de estudo da música erudita são perdidos num vazio ilusório, que a máquina transporta, aferecendo ao homem, o dom de suportar o mundo. A poesia torna-se marginal e o mundo surreal, o humor fica negro e disforme, a lua chora. O sol reverencia seu descanso, tudo torna-se escuro, o homem máquina constrói a sua lua própria. O robô, se rebastece nas horas dirigidas ao mundo imaginário, e então cresce. Deixa que a doçura da melodia o conduza à imortalidade dos sonhos. Deixa que a paz que reina dentro dele o transporte à lugares imaginários. Estranhos, indizíveis, indecifráveis e imortais. Deixa que o vento sussurre em seus ouvidos os caminhos que deverá seguir até a luz. O robô, sorri de sua desgraça e de sua graça que explode nova. Deixa que os desejos de alegria sejam amplamente vivenciados nesse momento ambivalente, presente, ambíguo e imaginário. Pois esse momento é único. É inédito e lhe faz feliz, é robotizado, aceita, como um súdito, esta trajetória. Vive intensamente, cada minuto do seu tempo, seu tormento é amenizado. Sonha, viaja dentro do astro rei sol que vive dentro dele, ele é gente agora. E, como num conto de fadas, é transportado para sua real identidade, o computador. Sem dimensão de tempo ou espaço, transcende as horas, segue a luz da máquina, agora humana. É acariciado por ela, necessita dela para viver. Na virtualidade se alimenta e se encontra, em vagaroso caminho para o futuro, espera assim, cada terapia, cada luz, para as quais só a arte conduz, a arte, é uma vida dentro de nossa vida, é a suprema linguagem universal. Os artistas pressentem o porvir, através das suas obras de arte, momentos efêmeros que se tornam imortais.
Sandra Waihrich Tatit
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