Ele nos mostra o que algo simples e importante que pouco damos atenção: nossa necessidade de afeto. O afeto pode desenvolver de várias maneiras em nossa vida (toque, um estímulo, a atenção do outro, o carinho). É impressionante como nós necessitamos desses estímulos para desenvolver a mente e o corpo saudáveis. Nos reconhecemos através de toques e estímulos sensoriais, faz parte de nossa identidade humana e jamais pode ser negligenciado. Palavras, olhares e aceitação também se incluem como as formas de reconhecimento e o autor expõem aqui como a falta de cada uma delas pode prejudicar a vida de uma pessoa. De uma simples dificuldade criamos um novo problema. O autor expõe uma serie de carícias negativas e carícias positivas usadas por adultos e principalmente por crianças, que buscam afeto e atenção do outro, num vale tudo para evitar a indiferença! Há uma identificação entre o leitor e os inúmeros exemplos citados no livro, uma vez que o autor prepara exemplos corriqueiros para melhor e mais eficiente esclarecimento de como criamos mil e uma formas de fazer do amor e do carinho uma moeda de troca. E assim visto como moeda de valor, o amor passa a ser disputado e não mais compartilhado. Cria-se a idéia de falta onde só deveria haver abundancia e chegamos à idéia de miséria afetiva. Nós criamos nossa miséria, acreditamos na veracidade da mesma e defendemos com mil argumentos esse nosso estado perante os outros. E não nos damos conta de todo esse processo. Conheça através deste trabalho os principais mitos que vivem na mente humana com relação a relacionamentos afetivos. Aqui você encontra exemplos perfeitos dos jogos emocionais que as pessoas criam baseadas nas próprias ilusões e os principais papeis que elas esforçam-se para representar em suas estórias. E claro, o livro também traz detalhadamente o resultado que tudo isso causa na vida de cada um e as boas e eficientes maneiras de encerrar o jogo e começar a viver plenamente, desfrutando e compartilhando carícias entre todos. Um tópico que chama muito a atenção é a discussão proposta pelo autor sobre a estruturação do tempo na vida de cada um. Através de exemplos ele traça perfis básicos de como administramos nosso tempo e as conseqüências que isso acarreta em nossas emoções e relacionamentos. Aprender a distribuir nossos afetos em todas as áreas da vida é uma arte, que se bem aprendida e praticada levará a uma vida equilibrada e bem sucedida. Driblar as nossas defesas inconscientes, evitar as trapaças que cada um faz com si mesmo e derrotar as auto sabotagens. Tudo isso é possível desde que se torne consciente do estar fazendo determinado processo na vida diária. Através da conscientização podemos iniciar o processo para adquirir na vida diária a verdadeira intimidade, aprendendo a desfrutar de todos os momentos, reconhecendo seus êxitos e conquistas e criando sua autonomia emocional. Temos a liberdade para sofrermos tudo que acharmos necessário e com a mesma liberdade encontrarmos o paraíso que sempre desejamos.
BibliografiaA carícia essencial por Roberto Shinyashiki 2008
BibliografiaA carícia essencial por Roberto Shinyashiki 2008
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