Perdas Necessárias
Quem nunca perdeu na vida? Viver significa correr riscos. Riscos levam a perdas e ganhos. Não há quem somente vença, tampouco quem seja eterno perdedor. Perder muitas vezes dói, machuca, incomoda, frustra. Perder um parente, um emprego, uma oportunidade, um amor, uma chance de ser feliz. Tudo isso representa um momento na vida de cada pessoa de grande sofrimento. Há quem não suporte. Porém, a maioria das pessoas consegue dar a volta por cima. E isso dá força para continuar arriscando, continuar vivendo. Mas diante de tudo isso, vejo que há perdas necessárias. Aquelas com as quais somos confrontados diariamente e que algumas vezes não entendemos os “porquês”. Certamente há uma razão. Talvez a principal seja de desacomodar. De fazer com que as pessoas saiam do comum, do ócio, da preguiça, do comodismo. Para ilustrar conto a história de Carla, profissional competente e assídua. Trabalhava numa empresa de brinquedos há mais de seis anos. Tinha uma função administrativa, como tantas outras pessoas daquela organização. Não se destacava mais porque era tímida. Nas poucas vezes que teve a oportunidade de mostrar-se, ficou acanhada e outra pessoa pegou o seu lugar. Mas, como Carla dizia: “tudo bem!” Há algum tempo a empresa estava passando por dificuldades. Começaram os boatos de demissões. Carla não se abalou, pois sabia de sua “importância” para a organização. Já corriam listas piratas com os nomes dos possíveis degolados. E Carla continuava impávida em seu frágil pedestal de boa moça. Eis que veio o grande corte. Para surpresa de Carla, ela estava no meio dos 30% de demitidos da empresa. Choque, decepção, inconformismo, raiva, depressão, vontade de chorar, de bater em todos, de brigar com o ex-chefe... enfim, tudo isso veio misturado com um gosto amargo de perda. Mas Carla, como era de esperar não fez nada, simplesmente se conformou e pensou: “comigo nada dá certo, sou uma perdedora mesmo”. Os primeiros dias de desempregada não foram fáceis, afinal Carla tinha se acostumado aquela rotina e agora não sabia direito o que fazer. Durante algumas semanas ficou desnorteada. Até que num momento de lucidez, procurou a orientação de um profissional. Através de um trabalho de revisão de sua carreira e um estruturado plano de metas pessoais e profissionais, Carla pôde, enfim, entender o que havia se passado e o que realmente queria para seu futuro. Depois disso, nossa protagonista reformulou seu currículo, sua forma de pensar e agir, claro que não foi da noite para o dia, e ingressou em nova empresa onde teve uma carreira de sucesso e uma vida mais feliz.Em resumo, a história de Carla é para provocar uma reflexão sobre a importância que certas perdas tem em nossas vidas. Quando acreditamos que simplesmente perdemos algo ou alguém, não estamos tendo a percepção mais ampla do que precisamos aprender com aquilo. A perda por si só não existe. Ela é uma resposta a algo maior. E pode ter certeza que na maioria das vezes é fruto de nossas ações, ou da falta delas. Por isso, sentir-se vítima ou derrotado é um papel extremamente cômodo. Quando alguém diz: “não tive oportunidades na vida”, é mentira. Lembre-se, a vida é feita de riscos. Todo risco leva a perdas e ganhos. Quem não arrisca não perde e nem ganha. Não têm oportunidades porque não as criou. Elas não caem no colo de ninguém. As oportunidades são geradas por meio de nossos atos. Aqueles que incessantemente buscam oportunidades estão correndo os riscos de não conseguirem alcança-las. Pelo menos tiveram a coragem de serem os autores de suas próprias vidas. Isso já é o suficiente para se sentirem vencedores. Se você quer o emprego dos seus sonhos, ou uma vida melhor, é preciso correr riscos. É preciso ter coragem de tentar. Há 50% de chance de dar certo ou errado. Agora, se você não fizer, como poderá saber? As perdas necessárias são importantes para que possamos amadurecer nossa capacidade de superação. Procure aprender com suas perdas. Reflita profundamente sobre cada uma delas e busque os motivos para que elas tenham ocorrido. Tente enxergar além da perda em si. Analise o que você ganha ou ganhou com elas. Sim, para muitas perdas há ganhos.
Talvez no início seja mais difícil, pois os sentimentos de frustração e derrota podem confundir. Por isso pratique escrevendo em um caderno os significados de cada situação de perda. Com o tempo você conseguirá analisar, entender e aprender com suas perdas. Sucesso.
Rogerio Martins - Psicólogo, Consultor de Empresas e Palestrante sobre motivação, liderança, comportamento e gestão de pessoas. Sócio-Diretor da Persona Consultoria & Eventos. Autor do livro “Reflexões do Mundo Corporativo”.
Quem nunca perdeu na vida? Viver significa correr riscos. Riscos levam a perdas e ganhos. Não há quem somente vença, tampouco quem seja eterno perdedor. Perder muitas vezes dói, machuca, incomoda, frustra. Perder um parente, um emprego, uma oportunidade, um amor, uma chance de ser feliz. Tudo isso representa um momento na vida de cada pessoa de grande sofrimento. Há quem não suporte. Porém, a maioria das pessoas consegue dar a volta por cima. E isso dá força para continuar arriscando, continuar vivendo. Mas diante de tudo isso, vejo que há perdas necessárias. Aquelas com as quais somos confrontados diariamente e que algumas vezes não entendemos os “porquês”. Certamente há uma razão. Talvez a principal seja de desacomodar. De fazer com que as pessoas saiam do comum, do ócio, da preguiça, do comodismo. Para ilustrar conto a história de Carla, profissional competente e assídua. Trabalhava numa empresa de brinquedos há mais de seis anos. Tinha uma função administrativa, como tantas outras pessoas daquela organização. Não se destacava mais porque era tímida. Nas poucas vezes que teve a oportunidade de mostrar-se, ficou acanhada e outra pessoa pegou o seu lugar. Mas, como Carla dizia: “tudo bem!” Há algum tempo a empresa estava passando por dificuldades. Começaram os boatos de demissões. Carla não se abalou, pois sabia de sua “importância” para a organização. Já corriam listas piratas com os nomes dos possíveis degolados. E Carla continuava impávida em seu frágil pedestal de boa moça. Eis que veio o grande corte. Para surpresa de Carla, ela estava no meio dos 30% de demitidos da empresa. Choque, decepção, inconformismo, raiva, depressão, vontade de chorar, de bater em todos, de brigar com o ex-chefe... enfim, tudo isso veio misturado com um gosto amargo de perda. Mas Carla, como era de esperar não fez nada, simplesmente se conformou e pensou: “comigo nada dá certo, sou uma perdedora mesmo”. Os primeiros dias de desempregada não foram fáceis, afinal Carla tinha se acostumado aquela rotina e agora não sabia direito o que fazer. Durante algumas semanas ficou desnorteada. Até que num momento de lucidez, procurou a orientação de um profissional. Através de um trabalho de revisão de sua carreira e um estruturado plano de metas pessoais e profissionais, Carla pôde, enfim, entender o que havia se passado e o que realmente queria para seu futuro. Depois disso, nossa protagonista reformulou seu currículo, sua forma de pensar e agir, claro que não foi da noite para o dia, e ingressou em nova empresa onde teve uma carreira de sucesso e uma vida mais feliz.Em resumo, a história de Carla é para provocar uma reflexão sobre a importância que certas perdas tem em nossas vidas. Quando acreditamos que simplesmente perdemos algo ou alguém, não estamos tendo a percepção mais ampla do que precisamos aprender com aquilo. A perda por si só não existe. Ela é uma resposta a algo maior. E pode ter certeza que na maioria das vezes é fruto de nossas ações, ou da falta delas. Por isso, sentir-se vítima ou derrotado é um papel extremamente cômodo. Quando alguém diz: “não tive oportunidades na vida”, é mentira. Lembre-se, a vida é feita de riscos. Todo risco leva a perdas e ganhos. Quem não arrisca não perde e nem ganha. Não têm oportunidades porque não as criou. Elas não caem no colo de ninguém. As oportunidades são geradas por meio de nossos atos. Aqueles que incessantemente buscam oportunidades estão correndo os riscos de não conseguirem alcança-las. Pelo menos tiveram a coragem de serem os autores de suas próprias vidas. Isso já é o suficiente para se sentirem vencedores. Se você quer o emprego dos seus sonhos, ou uma vida melhor, é preciso correr riscos. É preciso ter coragem de tentar. Há 50% de chance de dar certo ou errado. Agora, se você não fizer, como poderá saber? As perdas necessárias são importantes para que possamos amadurecer nossa capacidade de superação. Procure aprender com suas perdas. Reflita profundamente sobre cada uma delas e busque os motivos para que elas tenham ocorrido. Tente enxergar além da perda em si. Analise o que você ganha ou ganhou com elas. Sim, para muitas perdas há ganhos.
Talvez no início seja mais difícil, pois os sentimentos de frustração e derrota podem confundir. Por isso pratique escrevendo em um caderno os significados de cada situação de perda. Com o tempo você conseguirá analisar, entender e aprender com suas perdas. Sucesso.
Rogerio Martins - Psicólogo, Consultor de Empresas e Palestrante sobre motivação, liderança, comportamento e gestão de pessoas. Sócio-Diretor da Persona Consultoria & Eventos. Autor do livro “Reflexões do Mundo Corporativo”.
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