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ARTE É VIDA

ARTE É VIDA
"Que haja ternura no lirismo da poesia da vida. Que haja coragem em nossos passos para seguirmos em meio à aridez dos sonhos desfeitos. Que haja força para reconstruirmos os alicerces dos sonhos eternizados na verdade de nosso coração. Que nesta senda nos seja permitido estar em aliança com nossos Irmãos de Luz e que sejamos a personificação do Amor."

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Aqui em 'Arte é Vida', você é o principal personagem deste roteiro de músicas, de paz e amor. Obrigada pela sua presença, é valiosa para mim, se quiser, deixe sua mensagem em meu livro de visitas, abraços, Sandra

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Sandra Waihrich Tatit

Sandra Waihrich Tatit
"Que haja ternura no lirismo da poesia da vida. Que haja coragem em nossos passos para seguirmos em meio à aridez dos sonhos desfeitos. Que haja força para reconstruirmos os alicerces dos sonhos eternizados na verdade de nosso coração. Que nesta senda nos seja permitido estar em aliança com nossos Irmãos de Luz e que sejamos a personificação do Amor."

BIOGRAFIA I

Sandra Waihrich Tatit
Aniversário: 11 de Fevereiro
Signo astrológico: Aquário
Atividades: Direito , Literatura , Música e Educação
Profissão: Advogada
Local: Júlio de Castilhos : Rio Grande do Sul : Brasil
Clip de áudio
Quem sou eu
NASCI EM JÚLIO DE CASTILHOS, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL.
MÃE DE TRÊS FILHOS, RUBENS, RUSSAIKA E ANGELA. FILHA DE RUBENS CULAU TATIT E CLÉLIA WAIHRICH TATIT.
SOU ADVOGADA, CURSEI DIREITO NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL.
CULTIVO A ARTE COMO UMA LIBERTAÇÃO, PIANO, VIOLÃO, CANTO E LITERATURA.
INTEGREI O CORAL DA UNIVERSIDADE.
LIVRO DE ARTE PUBLICADO, "UMA NOVA DIMENSÃO DA ARTE NA EDUCAÇÃO".
CURSEI PÓS GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO LATU SENSU.
VEJO A ARTE COMO UMA LIBERTAÇÃO DO SER HUMANO, UMA TERAPIA QUE AMENIZA OS SOFRIMENTOS DO COTIDIANO.
A MÚSICA É A HARMONIA DO HOMEM, A LINGUAGEM DO UNIVERSO.
INTERPRETO PIANO E VIOLÃO, APRECIO CANTAR.
POSSUO COMPOSIÇÕES MUSICAIS, PARA PIANO E VIOLÃO.
NA EUROPA, CONHECI UM POUCO DA HISTÓRIA DA ARTE, ESPECIALMENTE NA ITÁLIA.
DIZ GANDHI, "PRECISAMOS SER AS MUDANÇAS QUE QUEREMOS VER NO MUNDO".
SOU DO SIGNO DE AQUÁRIO, ACREDITO NA ASTROLOGIA E SUA INFLUÊNCIA EM NOSSA VIDA E PERSONALIDADE.
PRETENDO ESCREVER AQUI NO BLOG, SOBRE DIVERSOS TEMAS E POESIAS, TAMBÉM PUBLICAR TEXTOS RELEVANTES DE OUTROS AUTORES.
ESCREVO POEMAS, É UMA FORMA DE DAR MAIS LEVEZA À VIDA. PREGO A ARTE COMO UMA UMA VIDA DENTRO DA PRÓPRIA VIDA QUE SE ETERNIZA PELO ESPÍRITO, UMA LINGUAGEM UNIVERSAL.
UM TRIBUTO A CAMÕES NESTA FRASE ,"CESSA TUDO QUANTO A MUSA CANTA QUANDO UM PODER MAIS ALTO SE AGIGANTA."
Interesses:
ARTE E MÚSICA
DIREITO E EDUCAÇÃO .
Filme favorito
"FREUD ALÉM DA ALMA".
Música favorita
A CLÁSSICA " SONATA AO LUAR " DE BEETHOVEN.
Livros favoritos
" O PROFETA " DE GIBRAN KHALIL GIBRAN . GOSTO MUITO DE LITERATURA ORIENTAL. "OS HETERÔNIMOS" DE FERNANDO PESSOA (Poeta Português). OS POEMAS DE NOSSO POETA OLAVO BILAC
ME FASCINAM
COMO "A VIA LÁCTEA E BENEDITICE". CECÍLIA MEIRELES E LYA LUFT
MINHAS GRANDES MUSAS DA POESIA . "O ATENEU" DE RAUL POMPÉIA . A "DIVINA COMÉDIA" DE DANTE ALIGHIERI
"DON QUIXOTE DE LA MANCHA"
DE MIGUEL DE CERVANTES. QUERO RENDER UM TRIBUTO À MAGISTRAL LITERATURA DE CAMÕES EM " OS LUSÍADAS . "

SEJAM BEM VINDOS AMIGOS!


Arte é Vida e Educação

"Que haja ternura no lirismo da poesia da vida. Que haja coragem em nossos passos para seguirmos em

"Que haja ternura no lirismo da poesia da vida. Que haja coragem em nossos passos para seguirmos em

BIOGRAFIA II

Sobre Mim
Advogada
Universidade Federal de
Santa Maria

Brazil

Artes
Música-Piano-Violão
Literatura

ARTE É VIDA
A Arte é Linguagem Universal

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Advogada
Produtora Rural
Agropecuária - Agronegócios
Arte-Música - Piano Violão e Literatura
Aprecio as pessoas transparentes e verdadeiras. As relações humanas me cativam, direito, justiça e paz
são minhas trajetórias de vida, ajudar o ser humano o máximo que me seja permitido, sentindo a beleza de minha vocação e o apelo do mundo atual à disponibilidade de minhas energias. Meu primeiro livro publicado 'Uma Nova Dimensão da Arte na Educação'. Na Europa conheci a História da Arte. Na Itália, França. Espanha, Alemanha, Holanda, Bélgica, Áustria e Suiça. Cursos e estudos na área artística e 'História da Arte'.
Sou membro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Estado do Rio Grande do Sul.
Cursei a Escola Superior do Ministério Público e Pós Graduação em Educação Latu Sensu, minha tese foi sobre a Arte e a sua Dimensão no Ensino. Possuo composições musicais de minha autoria, música e letra.
Também alguns vídeos, os quais se encontram no youtube. Mensagens que circulam na internet, formatadas e sonorizadas. Músicas gravadas em seleção e editadas, para sites ou audiência .
Sou funcionária pública do Estado do Rio Grande do Sul.
Brasil.
Creio na Educação como a forma de melhorar o mundo e o ser humano, a Arte na Educação, como uma libertação e incentivo à aprendizagem mais eficiente. Na Arte Terapia, como forma de cura e amenização de conflitos existenciais. Na música, como a Linguagem Universal. Arte Pura como uma vida dentro da própria vida, se eternizando pelo Espírito.
Os artistas são as antenas da raça humana, eles auscultam e pressentem o porvir. Arte é Vida.
Sou mãe de três filhos, Rubens, Russaika e Angela.

'Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita.Tem o peso de uma lembrança.Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros'.
Clarice Lispector

UMA INTENSA LUZ ATRAVESSA O SILÊNCIO DA VOZ QUE CALA...

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  • Santa Maria, Brazil

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ARTE É INSPIRAÇÃO E EMOÇÃO

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DIVINA MÚSICA

Divina Música!
Filha da Alma e do Amor.
Cálice da amargura
E do Amor.
Sonho do coração humano,
Fruto da tristeza.
Flor da alegria, fragrância
E desabrochar dos sentimentos.
Linguagem dos amantes,
Confidenciadora de segredos.
Mãe das lágrimas do amor oculto.
Inspiradora de poetas, de compositores
E dos grandes realizadores.
Unidade de pensamento dentro dos fragmentos
Das palavras.
Criadora do amor que se origina da beleza.
Vinho do coração
Que exulta num mundo de sonhos.
Encorajadora dos guerreiros,
Fortalecedora das almas.
Oceano de perdão e mar de ternura.
Ó música.
Em tuas profundezas
Depositamos nossos corações e almas.
Tu nos ensinaste a ver com os ouvidos
E a ouvir com os corações.

Gibran

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UMA INTENSA LUZ ATRAVESSA O SILÊNCIO DA VOZ QUE CALA

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A OBRA DE ARTE É O EFÊMERO QUE SE TORNA IMORTAL

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A música é a linguagem dos espíritos. Khalil Gibran

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Na dimensão daquilo que pensamos ou sentimos não há lugar ou tempo definidos ...

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Monday, November 30, 2009

* SOBRE ESTAR SOZINHO *

© Dr. Flávio Gikovate
Não é apenas avanço tecnológico que marcou o início deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de Amor.O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual existe a individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, e, que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo está fadada a desaparecer neste início de século. O Amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos.Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher; ela abandona suas características, para se amalgamar ao projeto masculino.A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de fazer o que eu não sei. Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma idéia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.A palavra ordem deste século é parceria.Estamos trocando o Amor de necessidade, pelo Amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.Como o avanço tecnológico, exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras.O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. Não é príncipe ou salvador de coisa alguma. É apenas um companheiro de viagem.O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem que ir se relacionando para se adaptar ao mundo que fabricou. Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo.O egoísmo não tem energia própria, ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral.A nossa forma de Amor, ou mais Amor, tem nova feição e significado. Visa a aproximação de dois inteiros e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade. Quanto mais o individuo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva.A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa.As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem. Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém.Muitas vezes pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal.Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro.Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.O Amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado.Nem sempre é significante ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo...

Dr . Flávio Gikovate , é médico , psicoterapeuta e escritor .

Sunday, November 29, 2009

*O RESSENTIMENTO* -TEXTO DE NIETZSCHE (Trechos dos livros: "Para Além do Bem e do Mal", "O Crepúsculo dos Ídolos", "A Gaia Ciência"

O Ressentimento ...
"O homem do ressentimento traveste sua impotência em bondade, a baixeza temerosa em humildade, a submissão aos que odeia em obediência, a covardia em paciência, o não poder vingar-se em não querer vingar-se e até perdoar, sua própria miséria em aprendizagem para a beatitude, o desejo de represália em triunfo da justiça divina sobre os ímpios. O reino de Deus aparece como produto do ódio e da vingança dos fracos. Incapaz de enfrentar o que o cerca, o homem do ressentimento inventa, para seu consolo, o outro mundo. Assim também procede o "filisteu da cultura’, que só pode afirmar-se através da negação do que considera seu oposto: a própria cultura. Ou então, o homem da ciência, que a si mesmo opõe um outro: o pesquisador, que pretende comportar-se de maneira impessoal, desinteressada e neutra diante do mundo, para chegar a abordá-lo com objetividade. E ainda o filósofo que, na elaboração de suas idéias, acredita poder desvinculá-las da própria vida, não se reconhecendo como advogado de seus preconceitos." ("Para além de Bem e Mal", parágrafo 2)

Os Valores "Bom" e "Mau" - torna-se possível... traçar um dupla história dos valores "Bem" e "mal". O fraco concebe primeiro a idéia de "mau", com que designa os nobres, os corajosos, os mais fortes do que ele - e então a partir da idéia de "mau", chega, como antítese, à concepção de "bom", que se atribui a si mesmo. O forte, por outro lado, concebe espontaneamente o princípio "bom" a partir de si mesmo e só depois cria a idéia de "ruim". Do ponto de vista do forte, "ruim" é apenas uma criação secundária, enquanto para o fraco "mau" é a criação primeira, o ato fundador da sua moral, a moral dos ressentidos.

Saturday, November 28, 2009

* SABEDORIA * Confúcio

SABEDORIA

Uma vez perguntaram a Confúcio:- O que mais o surpreende na humanidade?Confúcio respondeu:- Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro e depois perdem o dinheiro para recuperá-la. Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente, de tal forma que acabam por nem viver no presente nem no futuro.E concluiu:- Vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se não tivessem vivido...(Confúcio - China: 551 AC - 479 AC)

Friday, November 27, 2009

* A MORAL COMO CONTRA-NATUREZA * Friedrich Nietzsche

A moral como contra-natureza - Todas as paixões têm uma época em que são meramente nefastas, durante a qual, com o peso da estupidez, arrastam as suas vítimas para uma depressão - e uma época mais tardia muito posterior, na qual desposam o espírito, na qual se "espiritualizam". Noutro tempo movia-se guerra à própria paixão, por causa da estupidez nela existente: as pessoas conjuravam-se para aniquilá-la, - todos os velhos monstros da moral coincidem unanimemente em que il faut tuer les passions.

A fórmula mais célebre desta idéia encontra-se no Novo Testamento, naquele Sermão da Montanha, no qual, diga-se de passagem, as coisas não são consideradas de modo algum desde as alturas. Nele se diz, por exemplo, aplicando-o na prática à sexualidade, "se o teu olho te escandaliza, arranca-o": por sorte nenhum cristão atua de acordo com esse preceito. Aniquilar as paixões e apetites meramente para prevenir a sua estupidez e as conseqüências desagradáveis desta é algo que hoje nos aparece simplesmente como uma forma aguda de estupidez. Já não admiramos os dentistas que extraem os dentes para que não continuem a doer... Com certa equidade concedamos, por outro lado, que o conceito "espiritualização da paixão" não podia ser concebido de forma alguma no terreno de que brotou o cristianismo. A Igreja primitiva lutou, com efeito, como é sabido, contra os "inteligentes" em favor dos "pobres de espírito": como esperar dela uma guerra inteligente contra a paixão? - A Igreja combate a paixão com a extirpação, em todos os sentidos da palavra: a sua medicina, a sua "cura" é a castração. Não pergunta nunca: "como espiritualizar, embelezar, divinizar um apetite?" - ela sempre carregou o acento da disciplina no extermínio (da sensualidade, do orgulho, da vontade de poder, da ânsia de posse, do desejo de vingança). - Porém atacar as paixões na sua raiz significa atacar a vida na sua raiz: a praxis da Igreja é hostil à vida...

Friedrich Nietzsche

Thursday, November 26, 2009

* A Caricia Essencial - Uma Psicologia do Afeto * vale a pena ler este livro ...

A Caricia Essencial - Uma Psicologia do Afeto
Shinyashiki, Roberto

Wednesday, November 25, 2009

* AMOR E INTELIGÊNCIA *


Amor e Inteligência
A religiosidade é inerente ao homem. Sob as mais diversas formas e em todas as épocas, a Humanidade procurou relacionar-se com a Divindade. Por muito tempo imperou a idéia de que Deus deveria ser temido. O Criador era apresentado, por muitas tradições, como cioso e vingativo. Jesus reformulou esse conceito, ao falar em um Pai amoroso e justo. Convidado a indicar o maior mandamento da Lei Divina, Ele sentenciou: Amar a Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o Espírito. E também amar ao próximo como a si mesmo. É interessante anotar que, ao invés de um, o Cristo apresentou, de uma vez, dois mandamentos. Um fala em amor a Deus e o outro em amor ao próximo. Isso prova que tais comandos são entrelaçados. O amor ao próximo complementa o amor a Deus e vice-versa. Segundo o Mestre Nazareno, Deus deve ser amado com todo o coração, toda a alma e todo o Espírito. Percebe-se ser esse amor algo muito intenso e profundo, que reclama a criatura por inteiro. O sentimento por si só não basta. Quando se quer enfatizar o aspecto emocional, fala-se em coração. Mas à Divindade não se deve dar apenas o coração. Todo o Espírito necessita estar empenhado nessa relação. Segundo o dicionário, um dos significados de Espírito é o conjunto das faculdades intelectuais. Cuida-se de uma acepção até certo ponto comum. Muitas vezes se afirma que uma pessoa tem espírito. Essa expressão indica que ela é inteligente, perspicaz, possui raciocínio rápido. Conclui-se que o amor a Deus envolve razão, discernimento, intelecto. O Espiritismo ensina que Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. Não se trata de uma personalidade, à semelhança dos homens, mas de uma Consciência Cósmica. O apreço por uma personalidade humana, freqüentemente vaidosa, pode ser demonstrado por gestos exteriores. Em relação à Consciência Cósmica, despida de características humanas, isso não se dá. Como Deus é a Inteligência Suprema do Universo, o amor por Ele implica o esforço por desenvolver a própria inteligência. Assim, a religiosidade é incompatível com o cultivo deliberado da ignorância. Deus brindou Suas criaturas com dons maravilhosos, os quais precisam ser valorizados. O dom que distingue os homens do restante da Criação é a sua intelectualidade desenvolvida, a sua razão. O amor a Deus pressupõe respeitar o Mundo e os seres que Ele criou. E também, logicamente, o esforço para entender esse Mundo e as leis que o regem. Tudo no Universo é progresso e metamorfose. Espécies animais e vegetais, as sociedades e as leis humanas, tudo se altera e aperfeiçoa. O papel de cada homem é colaborar nesse processo de aprimoramento. Para isso, necessita burilar seu intelecto. Ao crescer em entendimento e compreensão, enche-se de admiração pela grandeza e pela sabedoria Divinas. Mas o amor ao próximo complementa o amor a Deus. As faculdades desenvolvidas pelo estudo e a observação devem ser utilizadas em benefício do semelhante. Assim, para bem cumprir o mandamento do amor, procure desenvolver sua inteligência. Estude uma língua, faça um curso, leia um livro, ilustre-se. Encante-se com as maravilhas que o cercam. E utilize seus talentos em favor do próximo.
Redação do Momento Espírita.

Tuesday, November 24, 2009

* BUSCA DA VERDADE * a fantasia pode ser ilimitada , basta que tenhamos disposição e coragem para afrontar essa imensidão ...

Busca da Verdade

Por Pedro J. Bondaczuk

A fantasia pode ser ilimitada. Basta que tenhamos disposição e coragem para afrontar essa imensidão. Criar, criar e criar é o desafio que se impõe ao homem. Não objetos, posto que, dada sua limitação física, suas possibilidades de criação nesse campo são mínimas. Mas no plano espiritual elas são infinitas. É apenas com esse exercício criativo, permanente, constante, exaustivo, que o homem exerce, de fato, sua humanidade.

A preservação da vida física não é prerrogativa humana. É resquício do instinto de sobrevivência que todo o ser vivente possui, animal ou vegetal. Ademais, é um exercício inútil, face à realidade da morte. Devemos, sim, buscar nossa sobrevivência, mas em um outro terreno que não o da matéria. É nosso dever registrar que um dia existimos, pensamos, sentimos, tivemos medo, raiva, dor e saudade, mas fizemos dessa traumática "matéria-prima" um universo de sonhos e de fantasia.

O ensaísta Henry David Thoreau constatou que “é preciso duas pessoas para falar a verdade – uma para falar e outra para ouvir”. Ou seja, é necessário que haja testemunha daquilo que foi dito. Ainda assim, não há nenhuma certeza de que o que se disse – e o que se ouviu e se testemunhou – seja rigorosamente verdadeiro. As palavras são pobres, paupérrimas para revelar, sem dúvidas ou ambigüidades fatos, ou nossos pensamentos ou, principalmente, sentimentos.

Onde, porém, está a verdade? Como poderá ser identificada em meio a um emaranhado de versões e de especulações? Por exemplo, o enigma do atentado de Dallas, que custou a vida do presidente norte-americano John Kennedy, em 22 de novembro de 1963, será algum dia decifrado, sem que paire a mínima sombra de dúvida? Não creio. Chegaremos a conhecer quem foi o assassino (ou, se for o caso, quais foram os assassinos), com absoluta certeza? Tenho minhas dúvidas.

Muitos juram que pautam suas vidas pela verdade. Todavia, quando lhes pedem que a definam, se perdem em ambigüidades e vazios lugares-comuns. Até porque, os maiores mentirosos jamais admitem que o sejam. Pisamos, amiúde, o instável e cediço terreno das aparências. E como é do conhecimento até do mundo mineral, nem tudo o que parece de fato é.

Filósofos, teólogos e escritores afirmam, desde os primórdios da civilização, que sua meta e objetivo são a busca da “verdade”. Apontam-nos caminhos que, ao cabo de algum tempo, a realidade comprova serem equivocados e ruins. Desfiam teorias e mais teorias, que são logo derrubadas e substituídas por outras, que também caem, e assim indefinidamente.

E o que é a tal “verdade”, tão apregoada, mas jamais definida sem ambigüidades e com precisão? Cada qual julga ser seu possuidor. Todavia, ninguém, de fato, chegou sequer perto dela. Da minha parte, considero que a única verdade, que merece, de fato, essa designação, é a da existência, onipotência, transcendência, imanência e eternidade de Deus (e ainda assim há insensatos que tentam desmentir essa evidência). O resto...

Bem, o resto não passa de mero conjunto de teorias, passivas de serem desmontadas, e de especulações, quase nunca comprováveis ou que, quando parece que são, se revelam mero conjunto de aparências e, conseqüentemente, de engodos. Henri Bérgson, citado no livro “Vozes da França”, de André Maurois, traz à baila um dos sofismas mais antigos e interessantes e, no entanto, não-verdadeiro.

Escreve: “Lembrai-vos, por exemplo, das dificuldades propostas por Zenão de Eléia aos filósofos gregos da Antigüidade, às quais ninguém até hoje respondeu... Vamos supor, disse Zenão, que o mais rápido dos seres humanos, Aquiles, procura alcançar o mais moroso dos animais, a tartaruga. Eu digo que, se a tartaruga, ao partir, tem ligeira vantagem, Aquiles ganha o espaço que o separa da tartaruga, esta avança um pouco. Aquiles, portanto, terá de vencer essa nova distância. Enquanto isso, a tartaruga avançará ainda, muito pouco, mas sempre um pouco. E assim por diante. Portanto, Aquiles não alcançará nunca a tartaruga”. Até o mais tolo dos tolos, porém, sabe que na prática não é o que acontece.

Ambigüidade por ambigüidade, prefiro trilhar o terreno da imaginação O mundo da fantasia, aquele do faz-de-conta, o dos nossos sonhos, tem as dimensões exatas dos nossos desejos (pelo menos dos meus). Difere em muito do real, onde temos que lutar pela sobrevivência, sem muito espaço para correr atrás de abstrações.

Preocupações imediatas nos desafiam o tempo todo: como conseguir um teto para nos cobrir a cabeça, o alimento que nos mantenha as forças, o acesso à educação e à cultura para que conservemos nosso tênue verniz de "civilização", o usufruto das conquistas da medicina para manter nossa saúde e prolongar nossa vida etc.

O que desejamos pode ser tanto a mola que nos impulsione às grandes realizações, quanto a fonte de toda a nossa infelicidade. E é muito difícil, senão impossível, filtrar o factível, o concretizável e o realizável do somente desejável. Alguns desejos exigem cumplicidade para que se realizem. Jamais uma única pessoa, de forma isolada, teria condições de realizá-los, dadas sua abrangência e complexidade.

Temos, todos, em maior ou menor medida, uma fome insaciável de saber. Todavia, quase sempre esbarramos em nossas limitações, reais ou (na maioria das vezes) imaginárias, que não nos permitem acesso ao máximo do conhecimento e à tão apregoada, mas provavelmente inacessível “verdade”. Temos, no entanto, uma faculdade ilimitada, que supre, com vantagens, a nossa incapacidade de aprender: a imaginação. Esta não tem limites e compensa, de forma quase sempre vantajosa, essa nossa dificuldade, que tanto nos frustra.

Monteiro Lobato, no livro “Serões da Dona Benta”, observa: “Se a nossa inteligência é limitada e de todos os lados dá de encontro a barreiras, temos o consolo de montar no cavalo da imaginação e galopar pelo infinito”. Maravilhosa possibilidade! Façamos, pois, sempre, sempre e sempre, esse mágico galope, sem receios e nem restrições. Agindo assim, desenvolveremos, certamente, algo muito mais precioso do que o conhecimento e chegaremos a um objetivo mais factível do que o da descoberta da verdade: a criatividade!

Pedro J. Bondaczuk é jornalista e escritor, autor do livro “Por Uma Nova Utopia”
O conteúdo veiculado nas colunas é de responsabilidade de seus autores.

Sunday, November 22, 2009

* A GENTE SE ACOSTUMA *


A Gente se Acostuma
Marina Colassanti

Eu sei que a gente se acostuma.
Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos
e não ver vista que não sejam as janelas ao redor.
E porque não tem vista logo se acostuma
a não olhar para fora.
E porque não olha para fora,
logo se acostuma e não abrir de todo as cortinas.
E porque não abre as cortinas,
logo se acostuma a acender mais cedo a luz.
E, à medida que se acostuma, se esquece do sol,
se esquece do ar, esquece da amplidão.
A gente se acostuma a acordar sobressaltado
porque está na hora.
A tomar café correndo porque está atrasado.
A ler o jornal no ônibus porque não pode perder tempo.
A comer sanduíche porque não dá para almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite.
A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra.
E aceitando a guerra, aceita os mortos
e que haja números para os mortos.
E aceitando os números,
aceita não acreditar nas negociações de paz.
E não aceitando as negociações de paz,
aceita ler todo dia de guerra, dos números,
da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro
e ouvir no telefone: “hoje não posso ir”.
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.
A ser ignorado quando precisa tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo
o que se deseja e necessita.
E a lutar para ganhar com que pagar.
E a ganhar menos do que precisa.
E a fazer fila para pagar.
E a pagar mais do que as coisas valem.
E a saber que cada vez pagará mais.
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro,
para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes.
A abrir as revistas e ler artigos.
A ligar a televisão e assistir comerciais.
A ir ao cinema e engolir publicidade.
A ser instigado, conduzido, desnorteado,
lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição,
às salas fechadas de ar condicionado
e ao cheiro de cigarros.
À luz artificial de ligeiro tremor.
Ao choque que os olhos levam à luz natural.
Às bactérias de água potável.
À contaminação da água do mar.
À morte lenta dos rios.
Se acostuma a não ouvir passarinhos,
a não ter galo de madrugada, a não colher fruta no pé,
a não ter sequer uma planta por perto.
A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer.
Em doses pequenas, tentando não perceber,
vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali,
uma revolta lá.
Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila
e torce um pouco o pescoço.
Se a praia está contaminada,
a gente só molha os pés e soa o resto do corpo.
Se o trabalho está duro, a gente se consola
pensando no fim de semana.
E se no fim de semana não há muito que fazer,
a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito
porque tem muito sono atrasado.
A gente se acostuma a não falar na aspereza
para preservar a pele.
Se acostuma para evitar sangramentos,
para esquivar-se da faca e da baioneta,
para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar,

se perde de si mesma.

Marina Colassanti

* TEXTOS DE NIETZSCHE * A Moral Nobre e a Moral Escrava ... (Trechos do livro: "Para além do bem e do mal" ...

TEXTOS DE NIETZSCHE
(Trechos dos livros: "Para além do bem e do mal", "O crepúsculo dos ídolos",
"A gaia ciência", "O anti-Cristo", "Humano, demasiado humano")

Moral nobre e moral escrava -
TEXTOS DE NIETZSCHE

(Trechos dos livros: "Para além do bem e do mal", "O crepúsculo dos ídolos","A gaia ciência", "O anti-Cristo", "Humano, demasiado humano")

Moral nobre e moral escrava - Aqui, Nietzsche traça, com seu estilo direto e irreverente, as características que demarcam os dois tipos de vida, representados pelas duas morais: a nobre (ou dos senhores) e a escrava.

"Numa perambulação pelas muitas morais, as mais finas e as mais grosseiras, que até agora dominaram e continuam dominando na terra, encontrei certos traços que regularmente retornam juntos e ligados entre si: até que finalmente se revelaram dois tipos básicos, e uma diferença fundamental sobressaiu. Há uma moral dos senhores e uma moral de escravos; acrescento de imediato que em todas as culturas superiores e mais misturadas aparecem também tentativas de mediação entre as duas morais, e, com ainda maior freqüência, confusão das mesmas e incompreensão mútua, por vezes inclusive dura coexistência até mesmo num homem, no interior de uma só alma.

As diferenciações morais de valor se originaram ou dentro de uma espécie dominante, que se tornou agradavelmente cônscia da sua diferença em relação à dominada, ou entre os dominados, os escravos e dependentes de qualquer grau. No primeiro caso, quando os dominantes determinam o conceito de "bom", são os estados de alma elevados e orgulhosos que são considerados distintivos e determinantes da hierarquia. O homem nobre afasta de si os seres nos quais se exprime o contrário desses estados de elevação e orgulho: ele os despreza. Note-se que, nessa primeira espécie de moral, a oposição "bom" e "ruim" significa tanto quanto "nobre" e "desprezível"; a oposição "bom" e "mau" tem outra origem.

Despreza-se o covarde, o medroso, o mesquinho, o que pensa na estreita utilidade; assim como o desconfiado, com seu olhar obstruído, o que rebaixa a si mesmo, a espécie canina de homem, que se deixa maltratar, o adulador que mendiga, e, sobretudo, o mentiroso - é crença básica de todos os aristocratas que o povo comum é mentiroso. "Nós , verdadeiros" - assim se denominavam os nobres da Grécia antiga.

É óbvio que as designações morais de valor, em toda parte, foram aplicadas primeiro a homens, e somente depois, de forma derivada, a ações: por isso é um grande equívoco, quando historiadores da moral partem de questões como "por que foi louvada a ação compassiva?". O homem de espécie nobre se sente como aquele que determina valores, ele não tem necessidade de ser abonado, ele julga: "o que me é prejudicial é prejudicial em si", sabe-se como o único que empresta honra às coisas, que cria valores. Tudo o que conhece de si, ele honra: uma semelhante moral é glorificação de si.

Em primeiro plano está a sensação de plenitude, de poder que quer elevada, a consciência de uma riqueza que gostaria de ceder e presentear - também o homem nobre ajuda o infeliz, mas não ou quase não por compaixão, antes por um ímpeto gerado pela abundância de poder.

O homem nobre honra em si o poderoso, e o que tem poder sobre si mesmo, que entende de falar e calar, que com prazer exerce rigor e dureza consigo e venera tudo que seja rigoroso e duro.

"Um coração duro me colocou Wotan no peito", diz uma velha saga escandinava: uma justa expressão poética da alma de um orgulhoso viking. Uma tal espécie de homem se orgulha justamente de não ser feito para a compaixão: daí o herói da saga acrescentar, em tom de aviso, que "quem quando jovem não tem o coração duro, jamais o terá". Os nobres e bravos que assim pensam estão longe da moral que vê o sinal distintivo do que é moral na compaixão, na ação altruísta ou no desintéressement [desinteresse]; a fé em si mesmo, o orgulho de si mesmo, uma radical hostilidade e ironia face à "abnegação" pertencem tão claramente à moral nobre quanto um leve desprezo e cuidado ante as simpatias e o "coração quente".

São os poderosos que entendem de venerar, esta é sua arte, o reino de sua invenção. A profunda reverência pela idade e pela origem - todo o direito se baseia nessa dupla reverência -, a fé e o preconceito em favor dos ancestrais e contra os vindouros são algo típico da moral dos poderosos; e quando, inversamente, os homens das "idéias modernas" crêem quase instintivamente no progresso" e no "porvir", e cada vez mais carecem do respeito pela idade, já se acusa em tudo isso a origem não-nobre dessas "idéias"

O que faz uma moral dos dominantes parecer mais estranha e penosa para o gosto atual, no entanto, é o rigor do seu princípio básico de que apenas frente aos iguais existem deveres; de que frente aos seres de categoria inferior, a tudo estranho-alheio, pode-se agir ao bel-prazer ou como quiser o coração", e em todo caso "além do bem e do mal": aqui pode entrar a compaixão, e coisas do gênero. A capacidade e o dever da longa gratidão e da longa vingança - as duas somente com os iguais -, a finura na retribuição, o refinamento no conceito de amizade, de uma certa necessidade de ter inimigos (como canais de escoamento, por assim dizer, para os afetos de inveja, agressividade, petulância - no fundo, para poder ser bem amigo): todas essas são características da moral nobre, que, como foi indicado, não é a moral das "idéias modernas", sendo hoje difícil percebê-la, portanto, e também desenterrá-la e descobri-la.

É diferente com o segundo tipo de moral, a moral dos escravos. Supondo que os violentados, oprimidos, prisioneiros, sofredores, inseguros e cansados de si moralizem: o que terão em comum suas valorações morais? Provavelmente uma suspeita pessimista face a toda a situação do homem achará expressão, talvez uma condenação do homem e da sua situação. O olhar do escravo não é favorável às virtudes do poderoso: é cético e desconfiado, tem finura na desconfiança frente a tudo "bom" que é honrado por ele gostaria de convencer-se de que nele a própria felicidade não é genuína.

Inversamente, as propriedades que servem para aliviar a existência dos que sofrem são postas em relevo e inundadas de luz: a compaixão, a mão solícita e afável, o coração cálido, a paciência, a diligência, a humildade, a amabilidade recebem todas as honras - pois são as propriedades mais úteis no caso, e praticamente todos os únicos meios de suportar a pressão da existência.

A moral dos escravos é essencialmente uma moral de utilidade. Aqui está o foco de origem da famosa oposição "bom" e "mau" - no que é mau se sente poder e periculosidade, uma certa terribilidade, sutileza e força que não permite o desprezo. Logo segundo a moral dos escravos o "mau" inspira medo; segundo a moral dos senhores e precisamente o "bom" que desperta e quer despertar medo, enquanto o homem "ruim" é sentido como desprezível. A opressão chega ao auge quando, de modo conseqüente à moral dos escravos, um leve aro de menosprezo envolve também o "bom" dessa moral - ele pode ser ligeiro e benévolo porque em todo caso o bom tem de ser, no modo de pensar escravo, um homem inofensivo: é de boa índole, fácil de enganar, talvez um pouco estúpido, ou seja, un bonhomme [um bom homem]. Onde quer que a moral dos escravos se torne preponderante, a linguagem tende a aproximar as palavras "bom" e "estúpido".

Uma última diferença básica: o anseio de liberdade, o instinto para a felicidade e as sutilezas do sentimento de liberdade pertencem tão necessariamente à moral e moralidade escrava quanto a arte e entusiasmo da veneração, da dedicação, sintoma regular do modo aristocrático de pensamento e valoração.

Com isso, pode-se compreender por que o amor-paixão - nossa especialidade européia - deve absolutamente ter uma procedência nobre: é notório que ele foi invenção dos cavaleiros-poetas provençais, aqueles magníficos, inventivos homens do gai saber [gaia ciência], aos quais a Europa tanto deve, se não deve ela mesma." (NIETZSCHE, Friedrich. Além do bem e do mal, § 260. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo, Companhia das Letras, 1992, p, 172-5)

, representados pelas duas morais: a nobre (ou dos senhores) e a escrava.

"Numa perambulação pelas muitas morais, as mais finas e as mais grosseiras, que até agora dominaram e continuam dominando na terra, encontrei certos traços que regularmente retornam juntos e ligados entre si: até que finalmente se revelaram dois tipos básicos, e uma diferença fundamental sobressaiu. Há uma moral dos senhores e uma moral de escravos; acrescento de imediato que em todas as culturas superiores e mais misturadas aparecem também tentativas de mediação entre as duas morais, e, com ainda maior freqüência, confusão das mesmas e incompreensão mútua, por vezes inclusive dura coexistência até mesmo num homem, no interior de uma só alma.

As diferenciações morais de valor se originaram ou dentro de uma espécie dominante, que se tornou agradavelmente cônscia da sua diferença em relação à dominada, ou entre os dominados, os escravos e dependentes de qualquer grau. No primeiro caso, quando os dominantes determinam o conceito de "bom", são os estados de alma elevados e orgulhosos que são considerados distintivos e determinantes da hierarquia. O homem nobre afasta de si os seres nos quais se exprime o contrário desses estados de elevação e orgulho: ele os despreza. Note-se que, nessa primeira espécie de moral, a oposição "bom" e "ruim" significa tanto quanto "nobre" e "desprezível"; a oposição "bom" e "mau" tem outra origem.

Despreza-se o covarde, o medroso, o mesquinho, o que pensa na estreita utilidade; assim como o desconfiado, com seu olhar obstruído, o que rebaixa a si mesmo, a espécie canina de homem, que se deixa maltratar, o adulador que mendiga, e, sobretudo, o mentiroso - é crença básica de todos os aristocratas que o povo comum é mentiroso. "Nós , verdadeiros" - assim se denominavam os nobres da Grécia antiga.

É óbvio que as designações morais de valor, em toda parte, foram aplicadas primeiro a homens, e somente depois, de forma derivada, a ações: por isso é um grande equívoco, quando historiadores da moral partem de questões como "por que foi louvada a ação compassiva?". O homem de espécie nobre se sente como aquele que determina valores, ele não tem necessidade de ser abonado, ele julga: "o que me é prejudicial é prejudicial em si", sabe-se como o único que empresta honra às coisas, que cria valores. Tudo o que conhece de si, ele honra: uma semelhante moral é glorificação de si.

Em primeiro plano está a sensação de plenitude, de poder que quer elevada, a consciência de uma riqueza que gostaria de ceder e presentear - também o homem nobre ajuda o infeliz, mas não ou quase não por compaixão, antes por um ímpeto gerado pela abundância de poder.

O homem nobre honra em si o poderoso, e o que tem poder sobre si mesmo, que entende de falar e calar, que com prazer exerce rigor e dureza consigo e venera tudo que seja rigoroso e duro.

"Um coração duro me colocou Wotan no peito", diz uma velha saga escandinava: uma justa expressão poética da alma de um orgulhoso viking. Uma tal espécie de homem se orgulha justamente de não ser feito para a compaixão: daí o herói da saga acrescentar, em tom de aviso, que "quem quando jovem não tem o coração duro, jamais o terá". Os nobres e bravos que assim pensam estão longe da moral que vê o sinal distintivo do que é moral na compaixão, na ação altruísta ou no desintéressement [desinteresse]; a fé em si mesmo, o orgulho de si mesmo, uma radical hostilidade e ironia face à "abnegação" pertencem tão claramente à moral nobre quanto um leve desprezo e cuidado ante as simpatias e o "coração quente".

São os poderosos que entendem de venerar, esta é sua arte, o reino de sua invenção. A profunda reverência pela idade e pela origem - todo o direito se baseia nessa dupla reverência -, a fé e o preconceito em favor dos ancestrais e contra os vindouros são algo típico da moral dos poderosos; e quando, inversamente, os homens das "idéias modernas" crêem quase instintivamente no progresso" e no "porvir", e cada vez mais carecem do respeito pela idade, já se acusa em tudo isso a origem não-nobre dessas "idéias"

O que faz uma moral dos dominantes parecer mais estranha e penosa para o gosto atual, no entanto, é o rigor do seu princípio básico de que apenas frente aos iguais existem deveres; de que frente aos seres de categoria inferior, a tudo estranho-alheio, pode-se agir ao bel-prazer ou como quiser o coração", e em todo caso "além do bem e do mal": aqui pode entrar a compaixão, e coisas do gênero. A capacidade e o dever da longa gratidão e da longa vingança - as duas somente com os iguais -, a finura na retribuição, o refinamento no conceito de amizade, de uma certa necessidade de ter inimigos (como canais de escoamento, por assim dizer, para os afetos de inveja, agressividade, petulância - no fundo, para poder ser bem amigo): todas essas são características da moral nobre, que, como foi indicado, não é a moral das "idéias modernas", sendo hoje difícil percebê-la, portanto, e também desenterrá-la e descobri-la.

É diferente com o segundo tipo de moral, a moral dos escravos. Supondo que os violentados, oprimidos, prisioneiros, sofredores, inseguros e cansados de si moralizem: o que terão em comum suas valorações morais? Provavelmente uma suspeita pessimista face a toda a situação do homem achará expressão, talvez uma condenação do homem e da sua situação. O olhar do escravo não é favorável às virtudes do poderoso: é cético e desconfiado, tem finura na desconfiança frente a tudo "bom" que é honrado por ele gostaria de convencer-se de que nele a própria felicidade não é genuína.

Inversamente, as propriedades que servem para aliviar a existência dos que sofrem são postas em relevo e inundadas de luz: a compaixão, a mão solícita e afável, o coração cálido, a paciência, a diligência, a humildade, a amabilidade recebem todas as honras - pois são as propriedades mais úteis no caso, e praticamente todos os únicos meios de suportar a pressão da existência.

A moral dos escravos é essencialmente uma moral de utilidade. Aqui está o foco de origem da famosa oposição "bom" e "mau" - no que é mau se sente poder e periculosidade, uma certa terribilidade, sutileza e força que não permite o desprezo. Logo segundo a moral dos escravos o "mau" inspira medo; segundo a moral dos senhores e precisamente o "bom" que desperta e quer despertar medo, enquanto o homem "ruim" é sentido como desprezível. A opressão chega ao auge quando, de modo conseqüente à moral dos escravos, um leve aro de menosprezo envolve também o "bom" dessa moral - ele pode ser ligeiro e benévolo porque em todo caso o bom tem de ser, no modo de pensar escravo, um homem inofensivo: é de boa índole, fácil de enganar, talvez um pouco estúpido, ou seja, un bonhomme [um bom homem]. Onde quer que a moral dos escravos se torne preponderante, a linguagem tende a aproximar as palavras "bom" e "estúpido".

Uma última diferença básica: o anseio de liberdade, o instinto para a felicidade e as sutilezas do sentimento de liberdade pertencem tão necessariamente à moral e moralidade escrava quanto a arte e entusiasmo da veneração, da dedicação, sintoma regular do modo aristocrático de pensamento e valoração.

Com isso, pode-se compreender por que o amor-paixão - nossa especialidade européia - deve absolutamente ter uma procedência nobre: é notório que ele foi invenção dos cavaleiros-poetas provençais, aqueles magníficos, inventivos homens do gai saber [gaia ciência], aos quais a Europa tanto deve, se não deve ela mesma." (NIETZSCHE, Friedrich. Além do bem e do mal, § 260. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo, Companhia das Letras, 1992, p, 172-5)
Fonte: Minha Biblioteca Pessoal

Saturday, November 21, 2009

Friday, November 20, 2009

* A DURA VERDADE DE SER AUTÊNTICO *


A dura verdade de ser autêntico


Você já deve ter atravessado o caminho de pessoas que costumam dizer a verdade sem medo da reação dos outros. Se foi o alvo destas "verdades", provavelmente não sentiu muita satisfação ou contentamento.

O fato é que vivemos numa sociedade onde certas "verdades" não são faladas. Quando alguém resolve soltar o verbo a coisa complica. Há os que defendem a verdade absoluta. Para todos os temas, circunstâncias e momentos.

Porém, para viver harmoniosamente é preciso fazer algumas concessões. Há situações onde a verdade não irá acrescentar nada de positivo. Há situações onde o silêncio é muito mais relevante. A verdade dita de forma indiscriminada magoa, machuca, fere profundamente.

Não defendo a mentira, mas o cuidado na forma de expressar o que sente e pensa. Os estudos voltados à inteligência emocional nos apontam um caminho importante da assertividade.

Assertividade é agir de forma correta, honesta e direta. Contudo, ser assertivo não significa sacar a metralhadora da verdade e disparar indiscriminadamente. É ter o bom senso, a percepção do momento. Ser assertivo é falar a verdade, mas de forma que possa agregar algum desenvolvimento ao outro. Não parece fácil. E não é.

Vera Martins, em Seja Assertivo! (Ed. Alegro), aponta sete atitudes que chama de base para o comportamento assertivo:

Auto-estima - origina-se da imagem que você tem de si mesmo.
Determinação - é uma energia que faz você ter coragem para ir em frente e não desistir perante os obstáculos.
Empatia - é colocar-se no lugar do outro mentalmente e sentir o que o outro está sentindo numa determinada situação.
Adaptabilidade - é adequar seu estilo de comunicação e entrar em sintonia com seu interlocutor, qualquer que seja sua idade, nível cultural etc.
Autocontrole - é assumir que o ser humano é bastante emocional e usar da racionalidade para gerenciar emoções, não perdendo o controle das situações.
Tolerância à frustração - é aceitar que não podemos só ouvir sins, pois existem os nãos que são pertinentes e justos.
Sociabilidade - é gostar de estar com pessoas, é se preocupar com o bem-estar do outro assim como o seu próprio.

Diante do exposto , fica claro que agir com autenticidade é respeitar os limites sociais e do outro. Respeitar as diferenças. Estar preparado para entender novos pontos de vista. É dizer a verdade, mas com o cuidado para não destruir (a menos que seja esta a intenção).


Thursday, November 19, 2009

* MITOS SEXUAIS FEMININOS *

Mitos Sexuais Femininos


A sexualidade humana ainda é um tabu para muitas mulheres. Apesar da emancipação política e social, muitas mulheres vivem no passado quando o tema é a própria sexualidade. É comum receber em meu consultório pessoas jovens e também mais experientes com dificuldades de relacionamento sexual. Parece até que a abertura do tema em diversos meios de comunicação ainda não chegou à cama de muitos casais.

É preciso entender que homens e mulheres tem visões parcialmente diferentes do ato sexual. Claro que há exceções, mas os homens são atraídos principalmente pelo visual e pelo prazer da relação. Por isso a quantidade de revistas masculinas no mercado explorando a imagem de mulheres com seios e bumbum fartos. Já as mulheres buscam no ato sexual uma comprovação do amor e da estabilidade no relacionamento.

Tudo começa com a criação e experiências obtidas na infância. Os meninos são ensinados a ter o maior número de parceiras, pois isso garante sua masculinidade. Enquanto isso, as meninas são orientadas, ainda hoje, para relações estáveis. Na idade adulta, ou madura para o sexo, acaba ocorrendo um grande conflito para uma parte das mulheres. Assumir a sexualidade é um aprendizado que passa pelo tabu de tocar no próprio corpo em busca de sensações de prazer, ou seja, exatamente o que sempre foi reprimido.

Posso dizer, da experiência em consultório que muitas das pacientes que procuram o trabalho de psicoterapia não tocam em si mesmas. Seja por vergonha, ou por simples desconhecimento. Este é o primeiro passo para uma vida sexual feliz. Assumir a própria sexualidade. Não é fácil, pois durante anos as meninas foram ensinadas a não pensar no assunto, muito menos fazer.

Pessoas muito reprimidas na cama, que só se relacionam com a luz apagada, por exemplo, são resultado de uma auto-estima enfraquecida. O mito da mulher ideal, com o corpo perfeito, permeia os sonhos de um bom contingente de pessoas que procuram a psicoterapia. São infelizes com o próprio corpo porque criaram um modelo inatingível e assim acabam se reprimindo na cama. Consideram-se gordas demais, magras demais ou com celulite, e, ao invés de buscarem o próprio prazer procuram imperfeições, o que reforça uma auto-imagem negativa. É um processo complexo parecido com um redemoinho: quanto mais se esconde, mais se cobra e, conseqüentemente, mais se frustra na relação. Para melhorar isso é necessário assumir as imperfeições. Não se acomodar com elas, mas encontrar formas de lidar melhor consigo mesma.

Encontrar o equilíbrio com o parceiro é outra parte importante para uma sexualidade feliz. Houve o caso de uma paciente que, na busca por conseguir uma melhora na relação com o marido, simplesmente o afastou. Sua ansiedade em agradar só fez com que o parceiro se sentisse sufocado. Lembre-se que numa relação a cumplicidade é fundamental. A cumplicidade na cama só se conquista com conversa e intimidade. Estabeleça um vínculo de intimidade com toques e carícias por todo o corpo. Procure saber o que o agrada e também fale o que agrada a você.

Outra situação comum é quando o marido foi, ou é, o único parceiro. Algumas se questionam sobre ter uma "aventura" para descobrir se são "boas de cama". Não tem nada a ver! Acredito que a "aventura" pode ser criada entre o casal, e para isso é preciso cumplicidade e criatividade. Lembro-me de um casal que, após alguns anos de relacionamento e uma certa acomodação na cama, buscavam apoio psicológico. A mulher desconfiava que seu marido tinha uma amante. A relação havia "esfriado" porque faziam do mesmo jeito há mais de dez anos. Um já sabia exatamente o que outro gostava e não havia mais algum atrativo. Ambos se questionavam sobre o amor que tinham sobre o outro. Descobriram que o amor se mantinha, mas a atração tinha ido embora. Após algumas sessões encontraram o caminho para reacender a relação.

Para concluir, relato o caso de uma jovem que namorava há três anos. No início a relação era intensa na cama. No último ano a relação esfriou. O motivo: preocupação e medo de não agradar. Eram tantos problemas pessoais para resolver que a relação foi ficando para depois. Com isso, o namorado foi ficando cada dia mais impaciente até que tiveram uma briga mais forte. Tudo se resolveu quando eles retomaram a conversa íntima e a espontaneidade da relação.

O relacionamento entre homens e mulheres requer muita atenção. Muitas vezes a auto-estima de cada pessoa é a responsável pela deterioração do relacionamento. O primeiro passo é gostar de si próprio. Encontrar seu charme. Ter uma atitude positiva diante da vida. Ser alegre. Ninguém gosta de pessoa que este sempre triste ou de mau humor. Claro que temos nossos dias difíceis, mas é terrível conviver com alguém que está sempre vivendo dias difíceis. Para uma boa relação é necessário primeiro uma boa relação consigo. Antes de aceitar o outro é preciso aceitar a si mesma. Antes de respeitar o parceiro é preciso respeitar a si própria. Valorize-se e seja feliz!

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Tuesday, November 17, 2009

* O QUE É PSICODRAMA *

O que é Psicodrama
"Drama" significa "ação" em grego. Psicodrama pode ser definido como uma via de investigação da alma humana mediante a ação. É um método de pesquisa e intervenção nas relações interpessoais, nos grupos, entre grupos ou de uma pessoa consigo mesma. Mobiliza para vivenciar a realidade a partir do reconhecimento das diferenças e dos conflitos e facilita a busca de alternativas para a resolução do que é revelado, expandindo os recursos disponíveis. Tem sido amplamente utilizado na educação, nas empresas, nos hospitais, na clínica, nas comunidades.O Psicodrama é uma parte de uma construção muito mais ampla, criada por Jacob Levy Moreno , a Socionomia. Na verdade, a denominação da parte foi estendida para o todo e, quando as pessoas usam o termo Psicodrama, estão, geralmente, se referindo à Socionomia. Ciência das leis sociais e das relações, a socionomia é caracterizada fundamentalmente por seu foco na intersecção do mundo subjetivo, psicológico e do mundo objetivo, social, contextualizando o indivíduo em relação às suas circunstâncias. Divide-se em três ramos: a Sociometria, a Sociodinâmica e a Sociatria, que guardam em comum a ação dramática como recurso para facilitar a expressão da realidade implícita nas relações interpessoais ou para a investigação e reflexão sobre determinado tema.A Sociometria, através do teste sociométrico, mensura as escolhas dos indivíduos e expressa-as através de gráficos representativos das relações interpessoais, possibilitando a compreensão da estrutura grupal.A Sociodinâmica investiga a dinâmica do grupo, as redes de vínculos entre os componentes dos grupos.A Sociatria propõe-se à transformação social, à terapia da sociedade.A Sociodinâmica e a Sociatria têm objetivos complementares e utilizam-se das mesmas técnicas: o Psicodrama, o Sociodrama, o Role Playing, o Teatro Espontâneo, a Psicoterapia de Grupo.Enquanto técnicas, a diferença entre o Psicodrama e o Sociodrama consiste em que no primeiro o trabalho dramático focaliza o indivíduo - embora sempre visto como um ser em relação - e no segundo focaliza o próprio grupo.A transformação social e o trabalho com a comunidade era o grande sonho de Moreno. No começo do século XX, ele ia às praças e ruas de Viena e relacionava-se com crianças e adultos, estimulando-os a descobrirem novas formas de estar no mundo. A filosofia do momento, que embasa a teoria e a prática psicodramática, foi sendo configurada através de sua observação do potencial criativo do ser humano.Desde então, o Psicodrama vem se transformando, desenvolvendo-se como teoria e como prática. Profissionais da área clínica adaptaram-no para o atendimento processual em consultório, muitas vezes num enquadre de psicoterapia individual, trazendo novas contribuições para a teoria psicodramática do desenvolvimento emocional e para a compreensão da psicopatologia, assim como para a configuração de modelos referenciais na compreensão da experiência emocional humana e dos grupos. Neste contexto, mais comumente, a expressão dos impedimentos e conflitos envolve tensão, agressividade e, principalmente, o reconhecimento e acolhimento da dor psíquica.Na última década, testemunhamos um resgate das origens do Psicodrama no teatro e no social, com inúmeras contribuições para a metodologia psicodramática. Novas modalidades do teatro espontâneo foram apresentadas para trabalhar questões humanas mantendo a privacidade das pessoas, condição necessária para o trabalho educacional.A prática psicodramática, em suas inúmeras modalidades, começa pelo envolvimento das pessoas com o tema ou com a experiência a ser vivenciada, através de lembranças ou histórias do cotidiano dos indivíduos e/ou das organizações.Cabe ao diretor manejar as técnicas psicodramáticas, como recursos de ação, para garantir o envolvimento do grupo e a escolha da cena protagônica, que refletirá a experiência dos presentes. Ele vai convidando todos para participarem na criação conjunta do enredo, favorecendo a emergência da realidade grupal.Neste sentido, o Psicodrama é facilitador da manifestação das idéias, dos conflitos sobre um tema, dos dilemas morais, impedimentos e possibilidades de expressão em determinada situação. Fundamentado na teoria do momento e no princípio da espontaneidade, promove a participação livre de todos e estimula a criatividade na produção dramática e na catarse ativa.Finaliza-se com os comentários, inicialmente dos participantes da cena e depois do grande grupo, com a identificação da realidade que acaba de ser vivenciada e com o levantamento de soluções possíveis para as questões abordadas.No trabalho com o social, buscam-se soluções práticas e reais para os problemas, contribuindo para a descoberta de alternativas que promovam o desenvolvimento sustentável nas comunidades.O principal objetivo da ação dramática é favorecer aos membros do grupo a descoberta da riqueza inerente em vivenciar plenamente o status nascendi da experiência grupal, participando com a maior honestidade possível no momento. Desta maneira, os participantes recriarão no grupo seus modelos de relacionamento, confrontando e sendo confrontados com as diferenças individuais, condição necessária para apreenderem a distinção entre sua experiência emocional e a dos outros, sendo cada um deles agente transformador dos demais.O Psicodrama vem expandindo suas fronteiras, ampliando a diversidade de experiências de intervenção psicossocial . Acompanhando esta expansão, a produção científica tem procurado aprofundar as questões provocadas por esta prática renovada.Os psicodramatistas são profissionais de diferentes áreas: médicos, psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogos, profissionais de RH, todas as pessoas que em seu exercício profissional trabalham com grupos.

Monday, November 16, 2009

* O QUE É DISCIPLINA ? *

Disciplina
O texto abaixo é de autoria de Karin Coyote e faz parte de um dos ensinamentos da Organização Brahama Kumaris, sobre Raja Yoga. Vale a leitura e reflexão.Disciplina significa conduta ordenada. Disciplina anda lado a lado com economia, limpeza e organização. Disciplina é uma arte. Disciplina significa não se enfraquecer diante dos sentidos, dos velhos sentimentos e tendências ao pensamento negativo e crítico.Preciso dar-me o treinamento que corrige, molda e aperfeiçoa minhas faculdades mentais e caráter moral, e ainda assim não devo usar de força ou abuso. Disciplina requer a ajuda da paciência e da tolerância bem como do poder da perseverança. Sem disciplina muito pode ser começado, mas pouco pode ser concluído. As recompensas desta virtude aparecem no futuro.Para tornar essa virtude uma parte firme de meu caráter, faz-se necessária a realização da meta e dos benefícios de uma prática, além de forte entusiasmo para obter aquisições. Caso me falte essa virtude, posso desenvolvê-la determinando metas realistas e progressivas para mim mesmo e diariamente exercitando minha força de vontade, o músculo de meu intelecto. Relembro-me de ser consciente da alma, isto é, de perceber-me como sendo o ser consciente localizado no centro da testa, o motorista do corpo. Gentilmente treino-me para permanecer constantemente nessa consciência. Percebo quão importante é o estado de consciência da alma para o meu bem-estar no presente assim como no futuro.Vejo quão disciplinado Deus é. Ele faz tudo no momento predeterminado e da forma apropriada, não desperdiçando energia ou tempo desnecessariamente. Ele é preciso e pontual em tudo. Se tenho a virtude da disciplina e a aplico no estudo, na meditação, em cada pensamento, palavra ou ação, então o sucesso e vitória estão garantidos para mim.* Extraído do livro "As Virtudes Divinas”, de Karin Coyote, publicado pela Editora Brahma Kumaris.

Sunday, November 15, 2009

* PROCLAMANDO A DEMOCRACIA DA CORRUPÇÃO *

A corrupção só existe porque negamos a realizar a democracia. A corrupção só ira acabar se tornamos cidadãos participativos. Assim resgataremos a democracia e a cidadania. Sei que muitos falaram que democracia é uma utopia, mas a utopia é um processo para chegarmos a nossa tão sonhada realidade perfeita, onde todos possam ter direitos iguais e um padrão de vida digno. Como já dizia Guimarães Rosa “um sonho que si sonha só é só um sonho, mas um sonho que si sonha junto é realidade”. Então precisamos botar a mão na consciência e refletirmos sobre nossos atos. Pois pequemos atos realizados por nos hoje, pode exercer grandes influencias no futuro. Precisamos participar mais da vida política de nossa cidade e da educação de nossos cidadãos.

* PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA *

O jurista baiano Ruy Barbosa é o novo ministro da Fazenda

Ruy Barbosa - 149 Anos: Uma vida pelo bem comum
Nascido em 5 de novembro de 1849 (há 149 anos), em Salvador, na antiga Rua dos Capitães (hoje Rua Ruy Barbosa), Ruy Barbosa de Oliveira é um dos intelectuais mais influentes que o Brasil já produziu. Seu legado está reunido nas Obras Completas, em 50 volumes, que ainda hoje influenciam o mundo jurídico brasileiro e extrapolam, inclusive, este universo. Coube a Ruy organizar a estrutura jurídica da República, neutralizando a influência militar com o espírito civil. Ativo, foi ministro da Fazenda e, interinamente, da Justiça, durante o governo provisório do Marechal Manoel Deodoro da Fonseca; foi diretor do Jornal do Brasil, fundador e diretor da Imprensa; esteve à frente da campanha pela anistia para os revolucionários de 1893-94; foi senador da República; participou da 2ª Conferência de Paz, em Haia, na qual defendeu com êxito o princípio da igualdade jurídica das nações; e candidato à Presidência da República, derrotado pelo Marechal Hermes da Fonseca.

Saturday, November 14, 2009

* QUERIA SER UMA ESTRELA *

Queria Ser Uma Estrela
Sandra Waihrich Tatit

Queria ser uma estrela ,
no firmamento de um sonho
de contentamento fugaz ...
queria sim
sentir em minhas entranhas ,
o sabor dos espaços ,
dos planetas girando em eterna busca ,
ainda que tão livres sejam e desconheçam esta liberdade plena ,
planetas de minha imaginação ...
de meus sonhos infantis ,
transbordantes de liberdade ,
enquanto temos a nossa tão limitada ...
pelas leis mal feitas e mal aplicadas ,
pela dor dos sofredores ,
pelas opressões e pelos opressores ,
pelos dissabores e dores ...
deste mundo tão sofismático ,
cheio de mentiras e trapaças ...
artimanhas , engodos e covardias ,
e nossa tristeza ...
de assistirmos o grito silencioso dos oprimidos ,
diante do cruel silêncio dos opressores ...
gira mundo ,
girando vai em busca na paz ,
a paz de Deus , a paz do homem ,
a paz escondida e reprimida ,
nas feridas mal curadas ,
em cada mão que nega o carinho ,
a solidariedade e o amor ...
esquecendo-se que viemos ao mundo
para servir ...
ou então não servimos para viver ,
servir a Deus através do homem ,
somos instrumentos de paz ,
a vida nos dá sinais a cada momento ...
queria eu ser uma estrela e iluminar o mundo ,
ser o divino alento da esperança ,
esta , que dá ao homem a capacidade de superar
e suportar o mundo e o sofrimento ,
o mundo e seus tormentos ,
seguindo sempre além ...
Queria eu , ainda que por um momento apenas ,
ser a dor e o prazer ,
cuidado prazer , cautela ...
não vá a dor acordar !
queria eu ser uma estrela
e vir silenciosamente à terra iluminar ...


Sandra Waihrich Tatit
Meus Poemas de Improviso
Nota: este poema ou prosa poética , já foi publicado , tanto aqui quanto no 'Site Arte Restrita' , do qual participo e me gratifica demais , quero hoje , com esta nova publicação , homenagear de coração , meu querido amigo e colega advogado , eminente poeta e escritor , 'Jorge Cortás Sader Filho' , pelas avaliações aos meus poemas e pela sincera amizade que me dedica . Meu abraço , Sandra

Friday, November 13, 2009

O SILÊNCIO QUE CURA

O Silêncio Que Cura
Sandra Waihrich Tatit

Os ruídos da noite eclodem no silêncio ,
as horas transcorrem na súbita melodia inesperada ,
assim como
em agonia os seres que apelam ,
pelo silêncio que cura ...
Consolam-se nas madrugadas frias ,
enfadonhas e vazias ...
sublimes melancolias .
Muitos seres buscam estes momentos
como luzes em suas agonias ,
harmonizam seu ser no escuro das noites ,
onde vidas transpõem espaços e açoites ,
se purificam na evolução constante ,
de seus espíritos itinerantes ...
no extremo suavizar do fim das madrugadas ,
aladas e ávidas
pelo amanhecer luminoso ...
assim surgem as claras sinfonias ,
onde o noturno vibra ainda ,
os sonhos acordam ...
onde amanhecem as fantasias nuas ...
acordam todas as melodias ,
onde recitam todas as estrelas!


Sandra Waihrich Tatit
Meus Poemas de Improviso

Tuesday, November 10, 2009

* O FINAL DA JORNADA *

* O FINAL DA JORNADA *
Sandra Waihrich Tatit

Como será meu amanhã ?
tantas coisas , tantos fatos , tanta vida ...
tantas decepções sofridas ,
metas perdidas ,
planos não atingidos ,
retribuições algumas justas ,
justiça sonhada , utopia realizada .
Certamente , tudo vai chegar ao mesmo ponto ,
o ponto de chegada ,
o final da jornada ,
o ponto de partida ...
A derradeira despedida ,
todos nós a viveremos .
A eterna partida ...
o final da jornada .
Muitos desafios vividos ,
no caminho , tantas pedras , tantas flores ...
assim foi e assim será ,
eterna continuidade dos ciclos vitais ,
irrevogáveis e naturais .
Uma vida vivida por amor , por paixão ...
com amor , com paixão ,
com dor , desamor , sonhos perdidos ...
Muitas coisas se fragmentaram ,
se esfacelaram .
outras se eternizaram ,
doce tarefa de existir !
Os caminhos foram tantos ,
os lamentos e as lágrimas ...
alguns momentos felizes .
O prazer e a dor ,
na eterna dualidade ...
coabitaram fraternalmente ,
numa ambiguidade sem fim ...
O eterno amor , amor de sempre .
Amor de minha vida ,
amor da tua vida ...
vidas bem vividas ,
até a hora da partida .
Assim deve ser , assim será ,
a lei da vida ,
a trajetória vivida ,
vencida e inacabada ...

Sandra Waihrich Tatit
Meus Poemas de Improviso

Monday, November 09, 2009

* CORPOS EM HARMONIA *

CORPOS EM HARMONIA
Sandra Waihrich Tatit

Corpos em harmonia ...
desfilam uma coreografia de paz e equilíbrio ,
nesta dança das horas ,
uma dança improvisada ...
uma arte implantada e suave ,
se mistura ao momento ,
no aumento desta luz vazia ...
eterno e indescritível .
Esquecidos os lugares , as censuras e pudores ,
restando somente a clave dos amores ,
na escuridão iluminados ,
desamados , nesta longa noite fria ,
vazia e sombria , diante de tanta nostalgia ,
de tantos desamores de outrora ...
que vêm mansamente
iluminar esta aurora ...

Sandra Waihrich Tatit
Meus Poemas de Improviso

Sunday, November 08, 2009

A NUDEZ DO SILÊNCIO


* A NUDEZ DO SILÊNCIO *
Sandra Waihrich Tatit

O silêncio me fala e me embala ,
embarga a minha fala ,
aquece a minha prece ,
quando anoitece ...
O silêncio é meu alento ,
meu arrependimento e meu lamento ,
o silêncio é tormento ...
silêncio é retórica suprema ,
definitiva e plena .
Corroi a minha pele ,
de tão quente que a encontra ,
meu silêncio em meu ventre ,
novo ser se fez presente !
sou silêncio , sou jornada ,
sou canção de minha estrada ,
sou agora tua prece ,
me enternece ... e amanhece !



Sandra Waihrich Tatit
Meus Poemas de Improviso

SILÊNCIO

Silêncio antes da alvorada,
silêncio no sono noturno,
silêncio na hora da morte,
doce silêncio profundo.
Silêncio no leito dos que choram,
amargo silêncio imundo,
silêncio onde os anjos moram,
silêncio é o legado do mundo.
O silêncio é o enigma dos monges,
um aprendizado profundo,
que lava a alma deixando-a brilhante,
o silêncio soturno.
1 minuto de silêncio, para os que já se foram,
1 minuto de silêncio, para os miseráveis;
1 minuto de silêncio, para os que entoam,
1 minuto de silêncio, para os portadores da coragem.
No silêncio há sabedoria,
o silêncio é estar com Deus,
no silêncio o amor nasce de uma lira,
da música de Orpheu.
Oh! doce silêncio sombrio,
oh! amor ébrio escarlate!
Quero-te sempre comigo,
e que tu nunca te apagues!
Quero-te como o silêncio antes da alvorada,
silêncio noturno,
silêncio na hora da morte,
meu doce silêncio profundo.


(Silêncio - texto por: Fernando Sehvenn, escritor e poeta).

Saturday, November 07, 2009

No interior do indivíduo, o fator decisivo da liberdade ...

No interior do indivíduo, o fator decisivo da liberdade
Dr.Flávio Gikovate, médico, psicoterapeuta e escritor

A idéia que defendo é de que o processo de libertação individual é perfeitamente passível de ser iniciado dentro de uma sociedade repressiva. Isso principalmente porque os poderes de que o meio externo dispõe para nos oprimir são bastante mais modestos que aqueles com os quais nos ameaçam. Se as pessoas livres forem criaturas mais livres e serenas, elas influirão sobre as outras através do exemplo pessoal, de modo a compor uma corrente que abalará rapidamente os alicerces de uma sociedade como a nossa, principalmente porque os que a governam são criaturas infelizes, amarguradas e insatisfeitas, apesar de se empenharem muito para se mostrar realizadas e contentes.Dessa forma, há muito tempo acredito que a grande revolução que nós, como geração, podemos fazer é a de buscar nos entendermos e saber dos mecanismos de nossa vida psíquica, sempre com o objetivo de construir um modo de vida interior consistente e o mais possível coerente com nossas condutas. A liberdade, para mim, consiste na alegria interior derivada desta coerência entre pensamento e conduta, alegria que só pode ser atingida no final de uma longa e penosa introspecção, através da qual teremos de nos deparar com muitas dolorosas verdades das quais sempre tentamos nos esquivar.Liberdade não é um tipo determinado de pensar ou agir. Se se definir a liberdade dessa maneira, se estará imediatamente contradizendo sua efetiva significação. Liberdade é o prazer erótico – talvez a mais genuína e gratificante manifestação da vaidade humana – derivado da coerência. A perda da coerência entre pensamento e conduta implica a impossibilidade de experimentar este prazer fundamental, ainda que ela seja derivada de complexas e sofisticadas racionalizações. Como cada cérebro é composto de bilhões de células e foi submetido a experiências peculiares, nada mais provável que cada pessoa chegar a resultados de reflexão muito próprios e essencialmente diferentes das outras. Para ser livre a pessoa terá de se governar por suas conclusões, num processo de permanentes mudanças, posto que novas experiências determinam alterações em nossas convicções.Dessa forma, uma sociedade que contenha seres livres terá de se acostumar ao respeito pelas diferenças individuais, dado que definitivamente não somos todos iguais. Pessoas livres são antes de tudo respeitadoras do modo de ser e de pensar das outras. De nada adianta certas pessoas fazerem um discurso louvador da liberdade se o próprio conteúdo de suas falas deixa absolutamente claro o desrespeito – e até mesmo a irritação – pelas diferenças de opinião. Tais pessoas são liberais desde que todo o mundo concorde com seus pontos de vista, de modo que é mais que evidente que vivem uma grave contradição, regidas por uma idéia de superioridade através da qual consideram suas idéias mais brilhantes e mais justas.E são essas pessoas, portadoras de forte tendência totalitária derivada de uma espécie de convicção messiânica (os escolhidos para salvar seus povos) que lhes confere uma significância toda especial, as que mais acreditam nos poderes repressores da sociedade, que passa a ser, portanto, o objeto de seu ódio. Sem perceber, acabam por superestimar tais poderes, o que na prática significa amedrontar as pessoas no sentido de que aquelas que tentarem ousar condutas não convencionais estariam mesmo sujeitas a fortes represálias, nas quais, diga-se de passagem, não acredito. Gostaria de reafirmar mais uma vez minha convicção de que contribuir à sociedade, à família e até mesmo às experiências traumáticas da infância poderes que elas não possuem implica fazer o jogo da ordem social estabelecida, uma vez que serve para acovardar as pessoas – especialmente os jovens – para busca de soluções individuais mais consistentes, num espaço de liberdade que uma sociedade como a nossa é obrigada a deixar, ainda que contra sua vontade.

Dr. Flávio Gikovate , médico , psicoterapeuta e escritor .

Thursday, November 05, 2009

* UM AMOR PARA A ETERNIDADE *

Um Amor Para a Eternidade
Sandra Waihrich Tatit

Neste poema , neste momento ...
para alguém em meu pensamento ,
uma doce homenagem de gratidão ,
pela amizade tão querida ,
sonho maior dessa vida ,
tão sublime sentir assim ...
tu sabes de teu valor ,
eu sei de tua dor .
Nossas dores e amores
compartilhados .
Somamos assim nossos dias ,
vivemos na constante ânsia , de renascer sempre
na nossa arte , sentirmos a vida crescer ...
em cada sublime amanhecer .
Tão bom sentir assim ,
neste carinho e amizade ,
um amor para a eternidade .


Sandra Waihrich Tatit
Meus Poemas de Improviso

Wednesday, November 04, 2009

* A LENDA PESSOAL *

... A lenda pessoal é aquilo que você sempre desejou fazer.
Todas as pessoas, no começo da juventude, sabem qual é sua lenda pessoal.
Nesta altura da vida, tudo é claro, tudo é possível, e não temos medo de sonhar e de desejar tudo aquilo que gostaríamos de fazer.
Entretanto, à medida em que o tempo vai passando,
uma misteriosa força começa a tentar provar que é impossível realizar a Lenda Pessoal.
Esta força que parece ruim, na verdade está ensinando a você como realizar sua Lenda Pessoal.
Está preparando seu espírito e sua vontade,
porque existe uma grande verdade neste planeta:
seja você quem for, quando quer com vontade alguma coisa,
é porque este desejo nasceu na alma do Universo.
É sua missão na Terra.

(O Alquimista)

Monday, November 02, 2009

* OS QUE NUNCA PARTEM *

OS QUE NUNCA PARTEM

Mensagem de Esperança

Eu me lembro que quando era muito jovem,
ouvia os adultos comentarem:
fulano partiu.
Esta era a forma que eles achavam
menos sofrida de falar que alguém
havia morrido,
principalmente quando estavam perto de crianças.

Era um jeito delicado que eles tinham
de citar a morte sem que ela parecesse
tão chocante.
Cresci e comecei também a falar assim
- fulano partiu -
acabei achando menos dolorido,
menos violento se referir à morte dessa maneira.

Quando se diz que alguém morreu,
dá a impressão que se acabou,
desapareceu e imaginar que alguém que queremos
bem acabou ou desapareceu pra
sempre é terrível.

Dói mil vezes mais do que precisar enfrentar
a sua própria ausência.
Partiu já é diferente,
dá uma sensação de que em algum
ponto da vida nos reencontraremos com
essa pessoa querida novamente.

Fica mais fácil imaginar que ela viajou,
uma viagem sem data pra voltar,
mas com retorno garantido.

Enfim,
descobri recentemente,
que existe uma outra categoria dentro
desse universo.
São aqueles que nunca morrem e,
portanto, jamais partem.

São aqueles que embora desapareçam
de nossas vistas,
eternamente se fazem presentes em
nossa memória e nosso coração.
Os que nunca partem são as pessoas que
nortearam nossos dias,
colocaram um significado importante neles
e deixaram uma marca tão profunda em nós
que não importa onde estejam,
porque ao nosso lado,
de alguma forma,
sempre estarão.

Morrer, partir, são coisas simples,
coisas do dia-a-dia.
Acontece toda hora,
em todo lugar,
com todas as pessoas.

Os que nunca partem e os que nunca
passam pela dor de assistir alguém
querido partir são os felizardos dessa vida.

Dores momentâneas,
saudades e ausências à parte,
felizes daqueles que amaram
alguém nessa vida a ponto de jamais
deixá-los partir de seus corações.

Se quando eu me for,
por desígnio de Deus,
uma única pessoa não me deixar
partir me guardando dentro do seu peito,
eu direi que valeu a pena ter
passado por aqui e que minha estada
nessa vida não foi em vão.

Mas enquanto ainda estou por aqui,
só tenho a dizer que dentro de mim moram
pessoas que nunca deixei que
partissem verdadeiramente,
assim,
como não deixarei que partam,
jamais,
algumas que ainda estão por aqui.

Os que nunca partem são aqueles que
descobriram o segredo de brilhar na terra,
mesmo antes de chegarem ao céu

e se tornarem estrela.


Silvana Duboc